O Gás LP é, em média, 50% mais barato do que o Gás Natural no Estado de São Paulo. No Rio de Janeiro, a diferença de preços é ainda maior - o GN chega a custar o dobro do preço do Gás LP dependendo da faixa de consumo. Os dados fazem parte do levantamento do Sindigás, que se baseia no programa de monitoramento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente a junho de 2010, e das informações contidas nos sites das empresas Distribuidoras de GN.
Em relação aos preços praticados pela Comgas, em SP, para as três faixas de consumo (15,73m3, 198,44m3 e 496,1m3), a diferença de preços do GN para o Gás LP é muito grande: em média, 53,5% mais caro. Para o equivalente a um botijão de 13kg de Gás LP, que custa R$ 37,53, o consumidor paulista paga R$ 58,77 por optar pelo GN, desembolsando R$ 21,24 a mais.
A Gás Brasiliano, outra distribuidora de GN no Estado, também cobra mais caro para o consumo equivalente ao botijão P-13, segundo monitoramento da ANP. Para a faixa de consumo de 15,73m3, o preço do GN em relação ao Gás LP chega a ser 28,8% maior. Nesse caso, o consumidor paulista gasta R$ 48,35 com o gás encanado, contra R$ 37,53 que pagaria pelo botijão de 13kg de Gás LP, que corresponde ao consumo equivalente de gás natural.
No Estado do Rio, a diferença de preços cresce na mesma proporção do consumo. Em escala comercial, por exemplo, paga-se mais que o dobro pelo gás encanado. Dentro da faixa de consumo de 496,1 m3 de GN – o que equivale a 410 kg de Gás LP - o gasto com o produto fornecido pela GEG Rio é de R$ 2.552,48, contra R$ 1.209,82 pago pelo Gás LP, de acordo com a média de preços cobrados pelas distribuidoras. A economia seria de cerca de R$ 1.300,00 se os comerciantes optassem por cilindros.
O preço do gás natural para o consumo residencial também é superior ao do Gás LP: R$ 56,38 por 15,73 m3 de GN contra R$ 38,36 para o botijão de 13 kg.
O alerta já está na rede. Em seu twitter, o Sindigás, entidade que congrega as principais distribuidoras de Gás LP no país, dá o seu recado: “Gás LP: energia em botijão até a porta do cliente, pela metade do preço do Gás Natural e sem pagar taxa mínima mensal”.
Para o presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, “a decisão de compra de energéticos deve seguir todo um pacote de análise de produto e serviço, mas o consumidor precisa fazer as contas antes de decidir o energético que melhor lhe atende. O Gás LP é mais barato, fácil de armazenar e tem ampla oferta. Além disso, o consumidor residencial ou comercial tem como pesquisar o melhor serviço entre os diversos concorrentes, o que não existe no mercado de GN, que é um monopólio natural”.