Energia

Itaipu atinge produção de 50 milhões de MWh no primeiro semestre

Hidrelétrica repete façanha de 2012.

Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria
02/07/2013 10:48
Itaipu atinge produção de 50 milhões de MWh no primeiro semestre Imagem: Vertedouro área 3. Itaipu Binacional Visualizações: 505

 

Em um ano atípico, com cenários hidrológicos extremos, a usina de Itaipu conseguiu um feito: repetiu a façanha de 2012 e, pela segunda vez, ultrapassou a marca dos 50 milhões de megawatts-hora (MWh) em um semestre, de forma consecutiva.
“Com segurança, vamos buscar no segundo semestre os outros 50 milhões de MWh para bater nosso novo recorde anual”, diz o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek.
Em 29 anos de operação, desempenho similar só foi registrado em 2012, quando obteve uma produção histórica anual de 98,2 milhões de Mwh.
Apesar das restrições de operação, por causa do cenário hidrológico e foco na segurança energética do país, Itaipu alcançou os 50 milhões de MWh às 22h45 do último domingo (30). E com um dia a mais que 2012, ano bissexto.
Recordista mundial de geração de energia, Itaipu tem como meta anual atingir os 100 milhões de MWh. Chegar à metade do ano com o índice de 50 milhões de MWh é um bom indicativo, mas não é garantia de novo recorde anual em 2013.
Variáveis
A produção de 2013 é praticamente a mesma de 2012, o que os administradores da hidrelétrica consideram muito bom. No primeiro semestre de 2013 foram 50.012.693 de MWh, ante 50.105.855 MWh no mesmo período de 2012. Em alguns momentos deste ano, a usina poderia ter produzido mais, mas, como o sistema elétrico brasileiro tem como base principal a hidroeletricidade, o seu desempenho depende de muitas variáveis. Entre elas, condições hidrológicas favoráveis, boa disponibilidade dos equipamentos e, sobretudo, gestão eficiente.
Entre o final de 2012 e o começo de 2013 era a seca que preocupava; agora, é a cheia, uma das maiores já registradas na região. As enchentes deixam em alerta especialmente populações ribeirinhas. Para a Itaipu, se a estiagem é ruim, muita água não significa produção maior de energia. O excesso diminui o nível normal de queda da água e, portanto, a produção (quanto maior a queda, maior a capacidade de geração). Uma cena bastante apreciada pelos turistas, o vertimento, que no caso da Itaipu não acontecia de forma ininterrupta e tão intensa há dois anos e meio, é um exemplo disso.
Como não é possível aproveitar o excedente para a produção e essa água não pode ser armazenada, o vertedouro está escoando o equivalente à produção de uma Itaipu inteira. Para produzir em capacidade máxima, Itaipu utiliza em torno de 13 a 14 mil metros cúbicos de água por segundo (m³/s). O vertedouro chegou a escoar mais de 15 mil m³/s. O cenário de cheias deve permanecer por mais duas semanas.
Desempenho
Para o superintendente de Operação de Itaipu, Celso Torino, fechar o semestre com 50 milhões de MWh tem como uma das explicações a qualidade do desempenho operacional da Itaipu, que vem progredindo ano a ano desde o início de sua operação, em maio de 1984.
“Questões como disponibilidade hidrológica do Rio Paraná, onde está instalada a usina de Itaipu, demanda por energia do Brasil e do Paraguai, alta disponibilidade dos equipamentos da hidrelétrica e qualidade técnica das equipes da empresa sempre foram e continuam sendo determinantes na conquista de grandes resultados”, avalia Torino.
O superintendente explica que atingir essa marca pela segunda vez “reforça a crença de que as medidas adotadas ao longo de 2012, na busca pela eficiência operacional, seguem fazendo efeito e, portanto, nos permitem concluir que efetivamente foram estruturantes e sustentáveis”. Ele destaca, entre essas medidas, a entrada em operação de transformadores na subestação da margem direita (lado paraguaio da usina) e da linha de transmissão de 500 KV Foz-Cascavel, pertencente à Copel; a otimização do plano de manutenções, que aumentou a disponibilidade das unidades geradoras em 36 dias por ano; e a implantação de lógicas de atuação automática na geração-transmissão dos setores de 60 hertz e 50 hertz, até o aprimoramento da metodologia e do plano de produção.
Comparações
A energia produzida por Itaipu nos primeiros seis meses deste ano seria suficiente para suprir o consumo de energia elétrica do Brasil por cerca de 40 dias; do Estado de São Paulo por cerca de quatro meses e 16 dias; do Estado do Paraná por cerca de um ano e dez meses.
A cidade do Rio de Janeiro seria suprida por três anos, um mês e 15 dias; e a cidade de São Paulo por um ano, sete meses e 17 dias. O Paraguai, parceiro do Brasil na Itaipu, seria suprido com eletricidade por quatro anos e dois meses e o mundo todo por um dia inteiro.

Em um ano atípico, com cenários hidrológicos extremos, a usina de Itaipu conseguiu um feito: repetiu a façanha de 2012 e, pela segunda vez, ultrapassou a marca dos 50 milhões de megawatts-hora (MWh) em um semestre, de forma consecutiva.


“Com segurança, vamos buscar no segundo semestre os outros 50 milhões de MWh para bater nosso novo recorde anual”, diz o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek.


Em 29 anos de operação, desempenho similar só foi registrado em 2012, quando obteve uma produção histórica anual de 98,2 milhões de Mwh.


Apesar das restrições de operação, por causa do cenário hidrológico e foco na segurança energética do país, Itaipu alcançou os 50 milhões de MWh às 22h45 do último domingo (30). E com um dia a menos que 2012, ano bissexto.


Recordista mundial de geração de energia, Itaipu tem como meta anual atingir os 100 milhões de MWh. Chegar à metade do ano com o índice de 50 milhões de MWh é um bom indicativo, mas não é garantia de novo recorde anual em 2013.



Variáveis


A produção de 2013 é praticamente a mesma de 2012, o que os administradores da hidrelétrica consideram muito bom. No primeiro semestre de 2013 foram 50.012.693 de MWh, ante 50.105.855 MWh no mesmo período de 2012. Em alguns momentos deste ano, a usina poderia ter produzido mais, mas, como o sistema elétrico brasileiro tem como base principal a hidroeletricidade, o seu desempenho depende de muitas variáveis. Entre elas, condições hidrológicas favoráveis, boa disponibilidade dos equipamentos e, sobretudo, gestão eficiente.


Entre o final de 2012 e o começo de 2013 era a seca que preocupava; agora, é a cheia, uma das maiores já registradas na região. As enchentes deixam em alerta especialmente populações ribeirinhas. Para a Itaipu, se a estiagem é ruim, muita água não significa produção maior de energia. O excesso diminui o nível normal de queda da água e, portanto, a produção (quanto maior a queda, maior a capacidade de geração). Uma cena bastante apreciada pelos turistas, o vertimento, que no caso da Itaipu não acontecia de forma ininterrupta e tão intensa há dois anos e meio, é um exemplo disso.


Como não é possível aproveitar o excedente para a produção e essa água não pode ser armazenada, o vertedouro está escoando o equivalente à produção de uma Itaipu inteira. Para produzir em capacidade máxima, Itaipu utiliza em torno de 13 a 14 mil metros cúbicos de água por segundo (m³/s). O vertedouro chegou a escoar mais de 15 mil m³/s. O cenário de cheias deve permanecer por mais duas semanas.



Desempenho


Para o superintendente de Operação de Itaipu, Celso Torino, fechar o semestre com 50 milhões de MWh tem como uma das explicações a qualidade do desempenho operacional da Itaipu, que vem progredindo ano a ano desde o início de sua operação, em maio de 1984.


“Questões como disponibilidade hidrológica do Rio Paraná, onde está instalada a usina de Itaipu, demanda por energia do Brasil e do Paraguai, alta disponibilidade dos equipamentos da hidrelétrica e qualidade técnica das equipes da empresa sempre foram e continuam sendo determinantes na conquista de grandes resultados”, avalia Torino.


O superintendente explica que atingir essa marca pela segunda vez “reforça a crença de que as medidas adotadas ao longo de 2012, na busca pela eficiência operacional, seguem fazendo efeito e, portanto, nos permitem concluir que efetivamente foram estruturantes e sustentáveis”. Ele destaca, entre essas medidas, a entrada em operação de transformadores na subestação da margem direita (lado paraguaio da usina) e da linha de transmissão de 500 KV Foz-Cascavel, pertencente à Copel; a otimização do plano de manutenções, que aumentou a disponibilidade das unidades geradoras em 36 dias por ano; e a implantação de lógicas de atuação automática na geração-transmissão dos setores de 60 hertz e 50 hertz, até o aprimoramento da metodologia e do plano de produção.



Comparações


A energia produzida por Itaipu nos primeiros seis meses deste ano seria suficiente para suprir o consumo de energia elétrica do Brasil por cerca de 40 dias; do Estado de São Paulo por cerca de quatro meses e 16 dias; do Estado do Paraná por cerca de um ano e dez meses.


A cidade do Rio de Janeiro seria suprida por três anos, um mês e 15 dias; e a cidade de São Paulo por um ano, sete meses e 17 dias. O Paraguai, parceiro do Brasil na Itaipu, seria suprido com eletricidade por quatro anos e dois meses e o mundo todo por um dia inteiro.

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