Investimentos

Holanda anuncia maior interesse no Brasil

A Holanda pretende ser uma das principais parceiras do Brasil no desenvolvimento dos setores de petróleo e gás, naval e offshore. A estimativa é que, ao todo, o investimento holandês na indústria petroleira e marítima no país seja de US$ 9 bilhões, de 2007 a 2012.

Da Redação
01/09/2010 20:56
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A Holanda pretende ser uma das principais parceiras do Brasil no desenvolvimento dos setores de petróleo e gás, naval e offshore. Nos últimos quatro anos, sessenta novas empresas holandesas se instalaram no Rio de Janeiro, atraídas, principalmente, por oportunidades nesses setores.

A estimativa é que, ao todo, o investimento holandês na indústria petroleira e marítima no país seja de US$ 9 bilhões, de 2007 a 2012. Deste total, ao menos US$ 1 bilhão é proveniente de pequenas e médias companhias, recém-chegadas, mas com disposição de ampliar ainda mais seus investimentos, à medida que fecharem novos contratos. “Obviamente, os investimentos poderão aumentar com as descobertas de petróleo na camada do pré-sal”, comentou o cônsul-geral dos Países Baixos no Rio de Janeiro, Paul Comenencia durante evento para jornalistas promovido, hoje, no Rio de Janeiro.

Segundo Comenencia, há entre essas empresas dois grupos bem definidos: o primeiro, de investidores com atuação no país e dispostos a intensificar a atividade local; o segundo, de entrantes, algumas delas antigas fornecedoras, mas sem atuação direta no Brasil e que, atualmente, iniciam o processo de instalação e desenvolvimento de suas atividades em território nacional. “Para ambos, é grande a expectativa com o pré-sal, o fortalecimento da indústria naval e o crescimento da economia como um todo”, destaca.

O diferencial das fornecedoras holandesas é a tecnologia de ponta. Segundo o Economist Intelligence Unit 2009 – braço de pesquisas da revista Economist –, a Holanda está entre os dez países que mais desenvolvem inovação tecnológica no planeta.

“Com uma tradição secular e grande experiência, a partir das descobertas de reservas de gás na Holanda e da exploração de petróleo no Mar do Norte, as empresas holandesas pretendem contribuir com os esforços brasileiros na atividade exploratória e de produção offshore”, avalia o cônsul. “Há um grande espaço para parcerias”.

Tradicional fornecedora para a Petrobras e outras petroleiras, presente no Brasil há 30 anos, a Fugro, em junho, inaugurou sua base em Rio das Ostras. O core business da empresa é a coleta de dados para o desenvolvimento dos campos de petróleo. “Investimos US$ 10 milhões na base em Rio das Ostras. A operação no Brasil é considerada, hoje, a maior do grupo. Estamos aqui para ficar”, ressaltou a presidente da Fugro, Mathilde Scholtes.

Fabricante de sistemas marítimos, com subsidiárias na Dinamarca, Romênia, Ucrânia, Vietnã e China, recém chegada no Brasil, a Alewijnse pretende se associar a uma empresa brasileira. “A intenção é atingir 95% de conteúdo local”, comentou o gerente geral no país, Tom Musters. Segundo o executivo, os investimentos previstos até 2011 estão na faixa dos 1 milhão de euros.

Vencedora de licitação para fornecimento de dez compressores para quatro refinarias da Petrobras, a Thomassen Compressores está disposta a valer-se de seu avanço tecnológico para absorver uma fatia expressiva dos contratos de fornecimentos para refinarias e complexos petroquímicos a serem instalados no Brasil.

“Estamos estudando a melhor estratégia para consolidar sua presença no Brasil, se a construção de uma unidade própria, a aquisição de uma unidade brasileira ou associação com uma companhia nacional”, comentou o diretor comercial da Thomassen, Francisco Edgar da Silva Filho. “As perspectivas de crescimento são arrojadas dentro do mercado brasileiro”, afirmou. O executivo frisou que a Thomassen Brasil é a primeira empresa do grupo holandês a montar compressores fora da Holanda. “A idéia é atender o Brasil e o Mercosul”.
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