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Governo sinaliza ações convergentes com agenda do setor de petróleo, diz Jorge Camargo

Agência Brasil/Redação
03/06/2016 13:13
Governo sinaliza ações convergentes com agenda do setor de petróleo, diz Jorge Camargo Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado Visualizações: 1089 (0) (0) (0) (0)

O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Jorge Camargo, disse que o setor está animado com os sinais do governo do presidente interino Michel Temer, que representam convergência com a agenda dos empresários da área. Segundo Camargo, havia a conclusão no segmento de que o cenário mundial de petróleo passou por uma mudança e era preciso ajustar o ambiente de negócios e as questões regulatórias.

“O que veio com esse governo é que ele tem um senso de urgência maior e uma convicção da importância dessas mudanças muito grande. A gente sentiu nessas conversas com o ministro [de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho], mas a agenda nossa não mudou, é a mesma. Agora parece que é uma agenda que encontrou seu tempo”, disse

Para o empresário, que esteve na cerimônia de transmissão de cargo do presidente da Petrobras, Pedro Parente, na sede da empresa no centro do Rio, o fato de o governo se mostrar favorável ao projeto em tramitação na Câmara que modifica a Lei de Partilha e pode liberar a Petrobras da obrigação de investir 30% nos projetos de exploração e produção do pré-sal é um sinal importante, ainda que dependa de aprovação no Congresso.

"A posição do governo favorável à liberação da Petrobras é um fator que permite se fazer um leilão de áreas do pré-sal. A indústria está esperando o leilão de área unitizáveis [reservas que são interligadas com campos já leiloados e que podem ter produção unificada], que é uma oportunidade que está pronta”, destacou.

De acordo com Camargo, o setor torce para que o projeto seja aprovado no Congresso e o governo tenha condições de fazer ainda este ano o leilão. Ele lembrou, no entanto, que, se o texto aprovado no Senado sofrer alterações na Câmara, terá que retornar à apreciação dos senadores. Na fase atual, o texto está sendo avaliado em uma comissão da Câmara para depois, se for aprovado, seguir para o plenário da Casa. “A informação é que a comissão pretende conduzir a discussão até meados de julho e levar ao plenário”, afirmou o presidente do IBP.

Segundo o empresário, a agenda do setor favorece o investimento privado e isso é bem visto pela Petrobras diante das dificuldades por que passa a companhia. “Eles veem o setor de óleo e gás como um alavancador da economia brasileira, porque é um setor que não depende de recuperação da economia para se recuperar. O setor de construção depende da economia voltar a funcionar e crescer, este não, ele tem um caminho independente. É muito interessante a materialidade que ele tem, o que pode atrair de investimentos e de empregos, com essas mudanças que estão na nossa agenda”, ressaltou.

Investimentos em 2016

De acordo com Camargo, as estimativas para este ano de investimentos da indústria do petróleo, que considera a Petrobras e o setor privado, estão calculadas na faixa entre US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões, o que ele considera muito baixo. “O Brasil tem condições de duplicar. Se comparar os investimentos globais de exploração e de produção, que caíram muito e estão na faixa de US$ 700 bilhões, o Brasil ter [de] US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões é muito pouco. Ele poderia ter facilmente 10% desses investimentos.”

Segundo o empresário, a retomada dos investimentos, no entanto, vai depender muito da mudança regulatória e dos investidores. “É uma coisa de cada vez. Temos que criar um ambiente favorável aos investimentos. Nós do IBP estamos convencidos de que, esse ambiente se tornando favorável, os investimentos no Brasil vão aumentar muito.”

O ministro Fernando Coelho Filho, que também participou da cerimônia, disse que o projeto de futuro para o setor energético do país passa pelo restabelecimento da plena capacidade da Petrobras de investir e exercer a sua vocação natural de liderar. "Superar as dificuldades do presente é uma missão de todos nós", afirmou. "Se desejamos crescer e nos desenvolver vamos precisar de mais energia, seja na forma de combustíveis, biocombustíveis, gás ou eletricidade", completou.

 

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