<P>O Governo do Paraná resolveu criar uma Companhia Paranaense de Dragagem para, entre outros serviços, fazer a dragagem no canal da Galheta, em Paranaguá, no Litoral do Paraná. A iniciativa foi anunciada na manhã desta terça-feira (19) pelo governador Roberto Requião, durante a reunião sema...
Gazeta do Povo/PRO Governo do Paraná resolveu criar uma Companhia Paranaense de Dragagem para, entre outros serviços, fazer a dragagem no canal da Galheta, em Paranaguá, no Litoral do Paraná. A iniciativa foi anunciada na manhã desta terça-feira (19) pelo governador Roberto Requião, durante a reunião semanal com o secretariado, após uma frustrada tentativa de licitação, que só teve uma proposta.
O governador, assim como o superintendente dos portos, Eduardo Requião, explicou a dificuldade que o governo vem encontrando para contratar uma empresa para fazer a dragagem no canal da Galheta. Os irmãos Requião, Eduardo e Roberto, acreditam que há um cartel no segmento no Brasil. O Porto de Paranaguá está sendo vítima de um lobby de empresas internacionais de dragagem que querem cobrar um verdadeiro absurdo para uma dragagem que deveria ter um preço relativamente razoável, disse o governador. Segundo dados do governo, das 23 empresas que participaram da licitação internacional para dragagem no canal da Galheta, três delas apresentaram a caução exigida e apenas uma apresentou proposta, mas solicitando um valor maior do que o oferecido no edital.
A criação da Companhia, segundo informações do site oficial do governo do estado, acontecerá com a união de esforços entre a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o Governo do Estado e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). O procurador Carlos Marés afirmou que a empresa poderá oferecer serviços para outros portos. É importante ressaltar que, apenas com as campanhas de dragagem no Porto de Paranaguá, a empresa mantém-se financeiramente, comentou.
A idéia do projeto, segundo Eduardo Requião, era antiga, mas até então não foi viabilizada por impedimentos do Ministério dos Transportes e pela gestão anterior da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). Nós estamos tentando criar essa Companhia há cinco anos. Mas estes lobbies e estes grupos são muito fortes. Tentamos diversas vezes adquirir uma draga e executar os serviços de forma direta. Fomos impedidos, mas as coisas estão mudando, afirmou Eduardo.
A dragagem
O serviço de dragagem no canal da Galheta prevê a retirada de quase 17 milhões de metros cúbicos de sedimentos, que serão usados na engorda da praia de Matinhos, na criação de dois Distritos Industriais Alfandegados e três ilhas artificiais (duas em Antonina e uma em Paranaguá). Parte do material também deverá ser despejado em frente à Praça Central de Antonina, preparando o local para a construção do terminal para navio de passageiros.
Fonte: Gazeta do Povo/PR
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