A implantação do Gás Natural Veicular no Distrito Federal deve acontecer este ano. Prevista para 2006, ela não se concretizou por causa de um impasse entre o governo passado e a CEB Gás, quanto ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incidiria sobre o produto.
Assessoria
O Governo do DF estudava a possibilidade de estabelecer uma taxa de 12%, enquanto a CEB Gás e a Gasol, responsáveis pela implantação do GNV no DF, defendiam uma porcentagem de 7%, o que viabilizaria a comercialização por um preço mais acessível, segundo Paulo Gomes, diretor-técnico da CEB Gás.
Gomes afirma que o atual governo deu abertura para novas negociações e passou a aceitar o ICMS de 7%, contudo a alíquota ainda deve ser aprovada pelo Conselho de Política Fazendária (Confaz). A reunião para decidir a questão está marcada para 30 de março. Como Brasília não possui gasoduto, o combustível terá que ser transportado, não havia como o imposto ser de 12%. Encareceria o produto. Acredito que o Confaz não fará objeção e poderemos ter o GNV dentro do prazo previsto, explica Gomes.
A expectativa da população é grande. O consultor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (SINCODIV/DF), Rubens Alves dos Anjos, diz que o quadro é otimista. A Disbrave, única concessionária credenciada pelo Inmetro para instalar os equipamentos que comportam o GNV, converte, em média, seis veículos por mês. As vantagens econômicas e ambientais que o gás oferece fazem com que tenhamos uma expectativa bastante positiva, argumenta.
Inicialmente dois postos comercializarão o gás no DF. Um ficará localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e o outro no Setor de Postos e Motéis, na Candangolândia, com capacidade para armazenar 40 mil metros cúbicos. De início, espera-se atingir 1% da frota de carros do DF, cerca de sete mil veículos.
A Petrobrás, em parceria com a White Martins, investiu 50 milhões de dólares na estrutura, que tornará possível a comercialização do GNV em Brasília. O gás passará por um processo de liqüefação, onde ele será refrigerado a uma temperatura de 160º negativos e armazenado em Paulínea SP. As carretas sairão do interior paulista e abastecerão os postos do DF, que também terão de investir para poder armazenar o GNV adequadamente.
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