O Grupo Georadar, especializado na prestação de serviços onshore e offshore de levantamentos geofísicos, diagnósticos ambientais e geotécnicos para a indústria petrolífera e mineração, fechou acordo para receber um aporte de R$ 100 milhões do FIP Óleo e Gás, primeiro fundo brasileiro dedicado a investir em empresas da cadeia de óleo e gás, gerido pelo Modal Private Equity.
Com mais de 12 anos de mercado, a Georadar, que é líder brasileira no mercado de sísmica onshore, atua principalmente nos estados do norte do país - no Amazonas, Maranhão, Acre, Pará, para a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e operadoras como OGX, Petrobras e BP.
Entre 2009 e 2010, a Georadar, que também possui como sócios a Angra Infra e a Sociedade de Investimentos Rioforte, controlado pelo Grupo Espírito Santo, expandiu as áreas de atuação da companhia. Segundo o presidente de Novos Negócios e do Conselho da Georadar Celso Magalhães, a empresa, que já era líder de mercado em pesquisa sísmica em terra, iniciou naquele período investimentos nas atividades marítimas na área ambiental e de engenharia, com a aquisição da subsidiária Geodata e a criação da Geonavegação.
A Geodata é especializada no fornecimento de serviços de pesquisas, levantamentos e monitoramento ambiental marítimo, ligados à exploração de petróleo no mar. Oferece, ainda, serviços para aquisição, processamento e interpretação de dados geofísicos, geológicos, geotécnicos, oceanográficos e ambientais.
Já a Geonavegação objetiva atender a demanda de empresas do segmento de óleo e gás, por meio do afretamento de embarcações de apoio e gerenciamento das operações, tanto de apoio quanto de prospecção e pesquisa. Desde 2011, a Geonavegação possui linhas aprovadas de financiamento junto ao Fundo da Marinha Mercante (FMM) de aproximadamente R$ 1 bilhão para a construção de nove embarcações de apoio marítimo voltadas às atividades de exploração e produção de petróleo e gás.
A mais recente empresa a integrar o Grupo Georadar é a GEORXT, com o foco em aquisição de dados geofísicos marítimos especializada em OBC - Ocean Bottom Cable (aquisição sísmica por cabo de fundo oceânico), tecnologia detentora do recorde mundial de trabalho em águas profundas (1,6 mil metros).
“Com a entrada do novo capital, a intenção é ampliar cada vez mais a atuação da empresa no mar e também no cenário internacional. O desafio do grupo é chegar ao faturamento de R$ 1,2 bilhão em dois anos, e a partir daí teremos potencial para abertura de capital”, diz Celso Magalhães.
Para John Michael Streithorst, gestor do fundo de participações Óleo e Gás FIP o fato da Georadar buscar a internacionalização e a diversificação das linhas de negócios foi fator determinante para o fundo apostar no grupo.