Biocombustíveis

Gabrielli diz que falta cana para etanol e sinaliza investimento

Agência Reuters
17/08/2011 15:47
Visualizações: 796
O grande problema no setor de etanol, cujo mercado está apertado atualmente no Brasil, é a quantidade de cana disponível para produzir o biocombustível, disse nesta quarta-feira (17) o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que indicou que a estatal fará um anúncio de investimento no final da tarde.

"O problema é ter área plantada para produzir cana. A situação hoje é essa. Falta cana e sem cana não tem como produzir e não tem como fazer estoque", disse Gabrielli a jornalistas após participar de audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara.

Afetada por problemas climáticos e pelo envelhecimento dos canaviais, a safra de cana do centro-sul do Brasil vem sendo reduzida nos últimos tempos, e a produção na temporada atual cairá, segundo as previsões do setor.

Ele afirmou ainda que a Petrobras Biocombustível, braço da estatal para o setor de renováveis, fará um anúncio de investimento envolvendo a produtora de etanol e açúcar São Martinho, com quem a empresa já tem parceria.

"Vão anunciar alguma coisa positiva no etanol", afirmou ele, sem dar mais detalhes sobre o negócio.

As ações da São Martinho reduziram queda após a afirmação de Gabrielli. As da Petrobras operavam em baixa de 0,2%, enquanto o Ibovespa operava com leve alta, por volta das 13h05.

O executivo reiterou que a estatal pretende aumentar sua participação no mercado brasileiro de etanol de 5,3% para 12% em 2015.

A Petrobras Biocombustível prevê investir 30% do orçamento de 1,9 bilhão de dólares que dispõe para etanol - ou cerca de 570 milhões de dólares - em aquisições no setor, afirmou o presidente da subsidiária, Miguel Rossetto, na semana passada.

E, para isso, a empresa pode investir em novas plantas próprias ou aumentar os investimentos nos parceiros com os quais a Petrobras já atua nesse mercado, como a São Martinho e a Guarani, segundo Gabrielli.

Mais investimentos em etanol são vistos como prioridade pelo governo Dilma Rousseff, na medida em que os preços do biocombustível chegaram a afetar a inflação na última entressafra.

Além disso, o governo determinou que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) regule o setor, com o objetivo de garantir uma oferta satisfatória.

O governo está elaborando duas Medidas Provisórias para estimular tanto a formação de estoques quanto o aumento da produção de etanol.

Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse à Reuters que as medidas em análise contemplam desonerações tributárias e financiamentos em melhores condições.
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