Seminário

Firjan e OAB: novo Repetro traz avanços significativos para a indústria fluminense

Redação/Assessoria
28/02/2018 20:30
Firjan e OAB: novo Repetro traz avanços significativos para a indústria fluminense Visualizações: 1193 (0) (0) (0) (0)

Representantes de empresas do mercado de petróleo e gás defenderam, em evento realizado em 27 de fevereiro na Firjan, a importância do novo Repetro para garantir um ambiente mais competitivo ao seu encadeamento produtivo. O evento debateu as alterações tributárias promovidas com a recente edição da Lei nº 13.586/17 e da Instrução Normativa (IN) nº 1.781/17, que regulamentaram o Repetro-Sped, como agora é chamado, bem como os impactos para a indústria.

“O novo regime equiparou as condições de importação e aquisição interna de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem voltados para a produção de petróleo e gás. Antes, só a compra no mercado externo tinha a suspensão do pagamento dos tributos federais”, explicou Lycia Braz Moreira, membro da Comissão de Direito Aduaneiro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ).

De acordo com Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Federação, melhores condições apenas para produtos importados não incentivavam a compra no mercado interno. “O Repetro é uma pauta fundamental para a expansão e o desenvolvimento do mercado de petróleo, e precisa estar alinhado com outras ferramentas de incentivo à indústria, privilegiando a escolha do melhor arranjo produtivo e a maximização das oportunidades de negócios localmente. Agora, nossas empresas ganharam um instrumento que garante mais competitividade”, ponderou. Karine informou que as apresentações feitas no seminário estariam à disposição no site da Federação.

Outro benefício implementado pela nova lei é a dispensa apresentação de garantia financeira para plataformas e embarcações, bem como para os bens admitidos em decorrência de contratos de prestação de serviços de empreitada global. A legislação também traz como novidade a figura da importação definitiva, com suspensão do pagamento dos tributos federais, que poderão se converter em isenção e alíquota zero para os tributos federais, após 5 anos de permanência em território nacional.

Priscila Sakalem, coordenadora da divisão jurídica Tributária e Fiscal da Federação, ressaltou também a maior segurança jurídica do novo Repetro, já que foi implementado por lei federal. “O regime que tínhamos antes, o “Repetro antigo” era baseado em normas infralegais, ou seja, apenas em decretos e instruções normativas. As alterações às regras, então, vinham da Receita Federal e da presidência da República, com eficácia imediata, e sem passar pelo legislativo”, observa.

Visão das operadoras

Gerente de Relacionamento Externo Federal da Petrobras, Ana Paula Zettel detalhou como a empresa avalia os impactos da nova legislação. Como benefícios, ela destacou a redução do volume de bens sujeitos ao processo de liberação para entrada ou saída do país na alfândega e a simplificação dos procedimentos para habilitação e concessão do regime.

Ainda assim, Ana Paula afirma que é preciso ter atenção a alguns pontos em aberto. Um deles é a vigência conjunta do Repetro antigo e do Repetro-Sped, que acontecerá até 31 de dezembro de 2020: “Ainda não há regras claras de transição. Não sabemos, por exemplo, como se darão os procedimentos de migração dos bens amparados pelo regime antigo para o atual”. Essas condições devem ser regulamentadas pela Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana).

A eliminação de dúvidas quanto à prorrogação do Repetro e a da imprevisibilidade quanto à carga tributária para investimentos de longo prazo foram os principais ganhos com a regulamentação do novo regime, de acordo com Giselle Brito, coordenadora de Exportação e Importação da Modec, empresa japonesa que presta serviços para a indústria de petróleo e gás natural. “Agora, com a extensão do prazo para 31 de dezembro de 2040, o ambiente de negócios é mais previsível, o que permite maior planejamento para as empresas do mercado”, observou ela.

Institucional

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Combustíveis
Fiscalização: ANP realiza novo debate sobre medida repar...
27/06/25
Margem Equatorial
Capacidade de inovação da indústria de O&G impulsiona es...
27/06/25
Biocombustíveis
Sifaeg comemora aprovação do E30 e destaca ganhos para o...
27/06/25
Transição Energética
Sebrae Rio promove Seminário sobre Transição Energética ...
27/06/25
Austral Engenharia
Austral Engenharia aposta em eficiência energética e sus...
27/06/25
Asfalto
Importação de asfaltos: ANP prorroga data para adequaçõe...
27/06/25
Gás Natural
Comgás recebe 41 propostas em chamada pública para aquis...
27/06/25
Offshore
Petrobras assina convênio para desenvolver operações off...
27/06/25
RenovaBio
ANP publicará lista de sanções a distribuidores de combu...
26/06/25
Logística
Gás natural: a ANP fará consulta pública sobre Plano Coo...
26/06/25
Transição Energética
ENGIE Day celebra 10ª edição com debates sobre regulação...
26/06/25
PPSA
Leilão da PPSA comercializa 74,5 milhões de barris de pe...
26/06/25
Combustíveis
Governo aprova aumento de etanol na gasolina de 27% para...
26/06/25
Royalties
Valores referentes à produção de abril para contratos de...
26/06/25
Margem Equatorial
Em Belém, presidente do IBP defende pesquisas na Margem ...
26/06/25
ANP
Publicado edital do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2025
26/06/25
Leilão
PPSA espera uma arrecadação potencial de R$25 bilhões n...
25/06/25
Combustíveis
ICL alerta para riscos à qualidade dos combustíveis com ...
25/06/25
Oportunidade
CNPEM e USP fazem acordo para oferecer bolsas a pesquisa...
25/06/25
Transpetro
Transpetro reforça investimentos em frota, eficiência e ...
25/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Zinga Metall Brasil participa do Bahia Oil & Gas Energy ...
25/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22