Redação/Assessoria
A borracha nitrílica é um material utilizado em vários produtos como, por exemplo, luvas cirúrgicas e em diversos ramos da indústria, entre eles a petrolífera. Entretanto, nesse último caso, o material tem limitações. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), da Universidade de Rostock (Alemanha) e da Southwest Petroleum University (China) desenvolveram um estudo que altera as propriedade desse tipo de borracha, melhorando seu desempenho. Os resultados foram publicados no conceituado periódico internacional Journal of Applied Polymer Science do mês de abril.
Na indústria petrolífera, a borracha nitrílica é utilizada principalmente em situações em que é exigida barreira entre os gases, boa adesibilidade e resistência química a óleos. Entretanto, por não apresentar alta propriedade termomecânica, a borracha perde a resistência em altas temperaturas, o que obriga a troca do material periodicamente.
Para resolver o problema, os pesquisadores sintetizaram nanopartículas híbridas baseadas em óxido de grafeno e dióxido de silício e as adicionaram de forma homogênea na matriz da borracha nitrílica. Também foram adicionados na matriz da borracha só o grafeno e, posteriormente, só a sílica. "Os testes mostraram que a adição das nanopartículas híbridas apresentaram melhor resultado quando comparados com a adição das partículas do grafeno e da sílica, em separado", explica Alisson Mendes Rodrigues, que desenvolve pesquisa de pós-doutorado no Laboratório de Materiais Vítreos (LaMav) da UFSCar.
Segundo o pesquisador, a melhora apresentada pelo "novo material" está relacionada à absorção das nanopartículas híbridas pela borracha nitrílica, na qual foram formados fortes pontos de reticulação. Dessa forma, a borracha passou a apresentar melhor resistência ao calor.
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