Estudo

Empresas brasileiras não aproveitam o sistema da Propriedade Intelectual

Também não acreditam na inovação tecnológica como competitividade.

Ascom FGV
20/05/2013 17:56
Visualizações: 1142

 

A maioria das empresas brasileiras não aproveita o sistema da Propriedade Intelectual, tampouco acredita na inovação tecnológica como fonte de competitividade. Essas são as conclusões na visão do especialista em Tecnologia e Propriedade Intelectual pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), Benny Spiewak, sócio do escritório sócio do escritório ZCBS - Zancaner Costa, Bastos e Spiewak Advogados, a partir da análise dos dados de um documento a ser apresentado, em Genebra, pelos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), durante a 11ª edição do Comitê de Desenvolvimento e Propriedade Intelectual (CDPI), organizada pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), agência da Organização das Nações Unidas dedicada à administração do sistema de Propriedade Intelectual.
As empresas brasileiras subutilizam o sistema patentário, o que acaba por afetar substancialmente a importância econômica do país no campo da inovação, de acordo com dados extraídos de bases da própria OMPI e da Pesquisa de Inovação (PINTEC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
“A participação brasileira na contagem internacional de patentes é muito baixa, com taxa próxima dos 0.36%. Empresas com inovações de alta tecnologia são as menos expressivas dentro desse já baixo indicador, que é liderado, no Brasil, por empresas no segmento de maquinários e produtos químicos”, exemplifica Benny Spiewak.
A nova edição do CDPI, segundo o especialista, discutirá as intersecções entre o desenvolvimento sócio econômico e os mecanismos da Propriedade Intelectual, que visa valorizar a inovação tecnológica. “Forte apoiador de mecanismos favoráveis às flexibilidades no emprego do sistema da Propriedade Intelectual, o Brasil permanece frágil ao não valorizar o potencial inovador de sua indústria. Focando na necessidade de apenas inovar, o Brasil perde competitividade e torna-se incapaz de inserir produtos com maiores valores agregados, na medida em que parte do seu parque dito inovador é, de fato, transformador, no qual técnicas mais recentes (mas não inéditas) são incorporadas. Por sua vez, os países que apoiam o sistema da Propriedade Intelectual e que, portanto, detém mais destaque no desenvolvimento primário de tecnologias de ponta, geram indústrias mais inovadoras” avalia.
Os indicadores do Ipea, que são baseados em números e não em tendências político-institucionais, reforçam a necessidade da composição de interesses entre a política indústria nacional e as oportunidades da real inovação, aquela desenvolvida em centros de pesquisa e desenvolvimento e laboratórios. “É incompatível que a 6ª maior economia mundial não valorize a enorme capacidade do intelecto criativo brasileiro, que poderia ser um enorme ativo inovador. 0.36% nunca mais”, conclui Benny Spiewak.

A maioria das empresas brasileiras não aproveita o sistema da Propriedade Intelectual, tampouco acredita na inovação tecnológica como fonte de competitividade. Essas são as conclusões na visão do especialista em Tecnologia e Propriedade Intelectual pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), Benny Spiewak, sócio do escritório sócio do escritório ZCBS - Zancaner Costa, Bastos e Spiewak Advogados, a partir da análise dos dados de um documento a ser apresentado, em Genebra, pelos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), durante a 11ª edição do Comitê de Desenvolvimento e Propriedade Intelectual (CDPI), organizada pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), agência da Organização das Nações Unidas dedicada à administração do sistema de Propriedade Intelectual.


As empresas brasileiras subutilizam o sistema patentário, o que acaba por afetar substancialmente a importância econômica do país no campo da inovação, de acordo com dados extraídos de bases da própria OMPI e da Pesquisa de Inovação (PINTEC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).


“A participação brasileira na contagem internacional de patentes é muito baixa, com taxa próxima dos 0.36%. Empresas com inovações de alta tecnologia são as menos expressivas dentro desse já baixo indicador, que é liderado, no Brasil, por empresas no segmento de maquinários e produtos químicos”, exemplifica Benny Spiewak.


A nova edição do CDPI, segundo o especialista, discutirá as intersecções entre o desenvolvimento sócio econômico e os mecanismos da Propriedade Intelectual, que visa valorizar a inovação tecnológica. “Forte apoiador de mecanismos favoráveis às flexibilidades no emprego do sistema da Propriedade Intelectual, o Brasil permanece frágil ao não valorizar o potencial inovador de sua indústria. Focando na necessidade de apenas inovar, o Brasil perde competitividade e torna-se incapaz de inserir produtos com maiores valores agregados, na medida em que parte do seu parque dito inovador é, de fato, transformador, no qual técnicas mais recentes (mas não inéditas) são incorporadas. Por sua vez, os países que apoiam o sistema da Propriedade Intelectual e que, portanto, detém mais destaque no desenvolvimento primário de tecnologias de ponta, geram indústrias mais inovadoras” avalia.


Os indicadores do Ipea, que são baseados em números e não em tendências político-institucionais, reforçam a necessidade da composição de interesses entre a política indústria nacional e as oportunidades da real inovação, aquela desenvolvida em centros de pesquisa e desenvolvimento e laboratórios. “É incompatível que a 6ª maior economia mundial não valorize a enorme capacidade do intelecto criativo brasileiro, que poderia ser um enorme ativo inovador. 0.36% nunca mais”, conclui Benny Spiewak.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 reúne mais de 23 mil pessoas no Rio de J...
31/10/25
Premiação
Empresa baiana atendida pelo Sebrae vence Prêmio Melhore...
31/10/25
Energia Solar
Axial Brasil inicia montagem de trackers solares em usin...
31/10/25
Bacia de Santos
bp avança nos planos para a significativa descoberta de ...
31/10/25
OTC Brasil 2025
Seagems conquista pela quarta vez o Prêmio Melhores Forn...
31/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil conecta potencial da Margem Equatorial a inve...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Nova versão do Painel Dinâmico de Emissões de Gases de E...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Porto do Açu e IKM avançam em parceria para criação do p...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Ambipar participa da OTC Brazil 2025 com foco em soluçõe...
30/10/25
Fenasan 2025
Merax marcou presença na Fenasan 2025 com equipamentos p...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Inteligência Artificial, CCUS e descomissionamento sinal...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Vallourec impulsiona o setor de óleo e gás com tecnologi...
30/10/25
ANP
Seminário debate estudos geoeconômicos do Polígono do Pr...
30/10/25
OTC Brasil 2025
ONIP e Firjan promovem reunião com a Transpetro
30/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 destaca alto potencial energético do paí...
30/10/25
OTC Brasil 2025
Porto do Açu e SISTAC assinam acordo para fornecer servi...
29/10/25
Royalties
Valores referentes à produção de agosto para contratos d...
29/10/25
OTC Brasil 2025
iUP Innovation Connections conecta estratégia de inovaçã...
29/10/25
ANP
Oferta Permanente de Partilha: inscritas podem declarar ...
29/10/25
OTC Brasil 2025
Firjan oferece soluções de tecnologia e de inovação para...
29/10/25
OTC Brasil 2025
Exploração de O&G é chave para o desenvolvimento social ...
28/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.