O Brasil precisa desenvolver um pólo industrial capaz de produzir equipamentos utilizados em projetos eólicos, defendeu o presidente da EDP no Brasil, António Pita de Abreu. A criação de um "cluster de eólica", de acordo com Pita de Abreu, substituirá a atual necessidade de importação de eq
Agência LusaO Brasil precisa desenvolver um pólo industrial capaz de produzir equipamentos utilizados em projetos eólicos, defendeu o presidente da EDP no Brasil, António Pita de Abreu. A criação de um "cluster de eólica", de acordo com Pita de Abreu, substituirá a atual necessidade de importação de equipamentos, diminuindo o custo de construção de futuros projetos eólicos.
"Acreditamos que o Brasil é um mercado com grande potencial que precisa ser desenvolvido", disse o empresário, em uma entrevista coletiva que celebrou os dois anos da aquisição da norte-americana Horizon pela EDP.
"Há questões de regulação a resolver (…) Há um caminho para que o Brasil se afirme como grande produtor de energia eólica", ressaltou.
Pita de Abreu disse que o estímulo oferecido pelo governo norte-americano para a produção de energia eólica deverá representar um boom no setor, com a consequente queda na oferta internacional de equipamentos.
A criação de um polo industrial, no Brasil, estimulará a exploração eólica e poderá transformar o país num exportador mundial de equipamentos, com o aumento da demanda internacional.
Projetos
O presidente da EDP Renováveis no Brasil, Miguel Setas, declarou que o grupo português planeja participar de um leilão de energia eólica eu será promovido em novembro. O grupo português apresentará pelo menos sete projetos nesse concurso público, onde espera ter uma "presença significativa", num total de 234 MW, no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul.
Não está descartada a possibilidade de realização de "parcerias fundamentais" da EDP com as empresas estatais Petrobras e Cemig (pertencente ao Estado de Minas Gerais) na produção de energia eólica.
"Num mercado em formação, não excluímos outras oportunidades de negócios que podem eventualmente surgir", afirmou Miguel Setas.
Atualmente, a EDP Renováveis controla no Brasil um parque eólico de 14 MW, adquirido em junho de 2008, em Santa Catarina, num investimento de 20 milhões de euros (R$ 55 milhões).
O grupo português tem um conjunto de projetos de 800 MW no Brasil, país que detém um potencial de produção de 143 GW de energia eólica.
No Brasil, a EDP detém ativos nos setores de distribuição (Bandeirante e Escelsa), de comercialização (Enertrade) e de produção de energia (Energest, Enerpeixe e EDP Lajeado).
Fale Conosco
22