Pré-Sal

Edital limita presença chinesa em leilão de Libra

Que terão que estar em um mesmo consórcio.

Valor Online
01/10/2013 10:51
Visualizações: 764

 

As estatais chinesas CNOOC e CNPC e a hispano-chinesa Repsol Sinopec terão que estar em um mesmo consórcio para participar do leilão do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, marcado para 21 de outubro. Isso porque as três empresas, já habilitadas para a concorrência, têm o governo chinês como parte integrante do seu grupo societário. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmou a informação ao 'Valor'.
A questão está no edital da licitação, que determina que sociedades empresariais do mesmo grupo societário não poderão fazer lances diferentes pelo mesmo ativo. A Comissão Especial de Licitação, formada para a concorrência, está alertando as empresas chinesas para essa regra. Caso não seja cumprida, a comissão vai impugnar as ofertas.
A comissão também instruiu a Superintendência de Promoção a Licitação da ANP a solicitar esclarecimentos quanto ao organograma societário da Repsol Sinopec e da CNOOC. A questão pode envolver ainda a portuguesa Petrogal (ainda não habilitada para o leilão), já que 30% dela pertence à Sinopec.
Até agora, oito das onze empresas inscritas para participar da licitação foram habilitadas, são elas: a Petrobras, a anglo-holandesa Shell, a hispano-chinesa Repsol Sinopec, a japonesa Mitsui & CO, a indiana ONGC Videsh, a malaia Petronas e as chinesas CNOOC e CNPC.
Apenas a colombiana Ecopetrol, a portuguesa Petrogal e a francesa Total ainda não foram habilitadas para o leilão. Hoje, a comissão de licitação fará uma nova reunião onde poderá dar por encerrada a fase de habilitação das empresas.
O próximo passo para a licitação do campo de Libra será a apresentação das garantias de oferta, cujo prazo termina em 7 de outubro. Também nesta data termina o prazo para esclarecimentos sobre questões do edital. Após o leilão, a assinatura do contrato deverá acontecer em novembro, segundo a ANP.
Das habilitadas até agora, apenas duas foram classificadas como "Nível B", com experiência em águas rasas e em terra: a Repsol Sinopec e a Mitsui. As demais inscritas foram classificadas como nível A, por possuírem experiência em águas profundas, ultraprofundas, rasas e em terra. Todos os consórcios formados deverão ter pelo menos uma licitante nível A.
Será a primeira licitação brasileira sob regime de partilha de produção realizada pela ANP. A Petrobras terá que ter pelo menos 30% de participação no campo de Libra. Entretanto, ela só poderá fazer parte de um consórcio no leilão. Desta forma, consórcios formados sem a presença da Petrobras também deverão, necessariamente, ter a presença de um licitante nível A, pelo menos.
Adi Karev, líder global da Deloitte para a indústria de óleo e gás, afirmou que é difícil saber como as empresas chinesas estão se organizando para participar do leilão. Karev, residente em Hong Kong, reforçou que a importância que a China está colocando no Brasil é muito grande. Entretanto, ele ficou surpreso com a inscrição das três chinesas.
Segundo ele, as empresas globais e também sul-americanas eram aguardadas para o leilão. "Mas isso era esperado", diz. Para Karev, as três chinesas é que são a surpresa. "Não estou surpreso com a ausência das americanas e da BP, que estão focadas nos locais onde já têm presença", disse o executivo.
A afirmação está de acordo com declarações de agentes do mercado que dizem que durante os cinco anos em que o Brasil ficou sem novas licitações de blocos exploratórios de petróleo, a indústria mundial não parou. As chamadas gigantes do petróleo deram continuidade aos seus negócios onde acharam oportuno.
Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, acredita que a presença das chinesas nos leilões deverá ser constante a partir de agora. "Os únicos que hoje têm muito dinheiro e disposição para investimento são os chineses", afirmou. "Nós não temos poupança interna para investir e eles têm". Segundo Tang, a Sinopec já investiu cerca de R$ 13 bilhões no país.

As estatais chinesas CNOOC e CNPC e a hispano-chinesa Repsol Sinopec terão que estar em um mesmo consórcio para participar do leilão do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, marcado para 21 de outubro. Isso porque as três empresas, já habilitadas para a concorrência, têm o governo chinês como parte integrante do seu grupo societário. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmou a informação ao 'Valor'.

A questão está no edital da licitação, que determina que sociedades empresariais do mesmo grupo societário não poderão fazer lances diferentes pelo mesmo ativo. A Comissão Especial de Licitação, formada para a concorrência, está alertando as empresas chinesas para essa regra. Caso não seja cumprida, a comissão vai impugnar as ofertas.

A comissão também instruiu a Superintendência de Promoção a Licitação da ANP a solicitar esclarecimentos quanto ao organograma societário da Repsol Sinopec e da CNOOC. A questão pode envolver ainda a portuguesa Petrogal (ainda não habilitada para o leilão), já que 30% dela pertence à Sinopec.

Até agora, oito das onze empresas inscritas para participar da licitação foram habilitadas, são elas: a Petrobras, a anglo-holandesa Shell, a hispano-chinesa Repsol Sinopec, a japonesa Mitsui & CO, a indiana ONGC Videsh, a malaia Petronas e as chinesas CNOOC e CNPC.

Apenas a colombiana Ecopetrol, a portuguesa Petrogal e a francesa Total ainda não foram habilitadas para o leilão. Hoje, a comissão de licitação fará uma nova reunião onde poderá dar por encerrada a fase de habilitação das empresas.

O próximo passo para a licitação do campo de Libra será a apresentação das garantias de oferta, cujo prazo termina em 7 de outubro. Também nesta data termina o prazo para esclarecimentos sobre questões do edital. Após o leilão, a assinatura do contrato deverá acontecer em novembro, segundo a ANP.

Das habilitadas até agora, apenas duas foram classificadas como "Nível B", com experiência em águas rasas e em terra: a Repsol Sinopec e a Mitsui. As demais inscritas foram classificadas como nível A, por possuírem experiência em águas profundas, ultraprofundas, rasas e em terra. Todos os consórcios formados deverão ter pelo menos uma licitante nível A.

Será a primeira licitação brasileira sob regime de partilha de produção realizada pela ANP. A Petrobras terá que ter pelo menos 30% de participação no campo de Libra. Entretanto, ela só poderá fazer parte de um consórcio no leilão. Desta forma, consórcios formados sem a presença da Petrobras também deverão, necessariamente, ter a presença de um licitante nível A, pelo menos.

Adi Karev, líder global da Deloitte para a indústria de óleo e gás, afirmou que é difícil saber como as empresas chinesas estão se organizando para participar do leilão. Karev, residente em Hong Kong, reforçou que a importância que a China está colocando no Brasil é muito grande. Entretanto, ele ficou surpreso com a inscrição das três chinesas.

Segundo ele, as empresas globais e também sul-americanas eram aguardadas para o leilão. "Mas isso era esperado", diz. Para Karev, as três chinesas é que são a surpresa. "Não estou surpreso com a ausência das americanas e da BP, que estão focadas nos locais onde já têm presença", disse o executivo.

A afirmação está de acordo com declarações de agentes do mercado que dizem que durante os cinco anos em que o Brasil ficou sem novas licitações de blocos exploratórios de petróleo, a indústria mundial não parou. As chamadas gigantes do petróleo deram continuidade aos seus negócios onde acharam oportuno.

Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio Brasil-China, acredita que a presença das chinesas nos leilões deverá ser constante a partir de agora. "Os únicos que hoje têm muito dinheiro e disposição para investimento são os chineses", afirmou. "Nós não temos poupança interna para investir e eles têm". Segundo Tang, a Sinopec já investiu cerca de R$ 13 bilhões no país.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
BRANDED CONTENT
Aquamar Offshore se consolida como fornecedora estratégi...
21/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
PetroSupply Meeting impulsionará negócios no Mossoró Oil...
21/11/25
Premiação
Infotec Brasil é premiada na edição histórica do Ranking...
21/11/25
Resultado
Produção de petróleo da União foi de 174 mil barris por ...
21/11/25
Financiamento
Unicamp inaugura supercomputador de IA financiado pela S...
19/11/25
Combustíveis
Ineep: preços dos combustíveis resistem e não acompanham...
19/11/25
Energia Elétrica
Firjan solicita vetos a artigos do PLV 10/2025, que refo...
19/11/25
Asfalto
Importação de asfaltos: ANP amplia prazo para atendiment...
18/11/25
Bacia de Campos
Petróleo de excelente qualidade é descoberto na Bacia de...
18/11/25
Oferta Permanente
ANP aprova nova versão do edital com a inclusão de 275 b...
18/11/25
Reconhecimento
Copa Energia avança no Ranking 100 Open Startups e é rec...
18/11/25
Reciclagem
Coppe e Petrobras inauguram planta piloto de reciclagem...
18/11/25
Firjan
Rio de Janeiro tem superávit de US$ 8,7 bilhões na balan...
18/11/25
Petrobras
Região da RPBC irá receber R$ 29 milhões em projetos soc...
18/11/25
COP30
Setor de biocombustíveis lança Carta de Belém na COP30 e...
17/11/25
COP30
Caminhão 100% a biodiesel cruza o Brasil rumo à COP30 e ...
17/11/25
Gás Natural
Decisão da ANP sobre revisão tarifária de transporte vai...
17/11/25
COP30
Inovação com coco de piaçava em usina de biodiesel na Ba...
17/11/25
COP30
Alerta na COP30: sem eletrificação, indústria não cumpri...
17/11/25
Etanol
Hidratado e anidro fecham a semana valorizados
17/11/25
COP30
Setor de óleo e gás usa tecnologia para acelerar a desca...
15/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.