O diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho, recebeu nesta quinta-feira (18), na sede da Agência, em Brasília, o gerente geral de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Transpetro, Paulo Carvalho, o gerente executivo de Desenvolvimento de Logística para o Pré-Sal da empresa, Paulo Penchiná, e a advogada da companhia, Mariana Haft. A reunião teve como objetivo discutir os projetos de apoio às atividades de exploração de petróleo da Petrobras ao longo da costa brasileira.
O gerente executivo de Desenvolvimento de Logística para o Pré-Sal da Transpetro, Paulo Penchiná, informou que a Petrobras está revendo todo o seu trabalho de exploração de petróleo na costa do país por causa do pré-sal. E por conta também das recentes descobertas, a Transpetro criou uma gerência-executiva exclusivamente para cuidar do assunto.
Hoje, a Petrobras já conta com terminais para atendimento ao pré-sal no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, além de outras bases de apoio. Mas vai precisar de muitos mais, segundo o gerente geral de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Transpetro, Paulo Carvalho, já que a intenção da Petrobras é perfurar 40 novos poços na costa até 2014.
Carvalho informou que a empresa também já atuando em Pecém, no Ceará, e brevemente iniciará operações nos portos de Belém (PA) e Ilhéus (BA). Também é intenção da empresa operar em São Luís, no Maranhão, no Porto Grande, um antigo terminal pesqueiro que passará ao controle estadual, através da Empresa Maranhense de Portos (EMAP).
O diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho, defendeu a incorporação de novos terminais de uso privativo misto na estratégia para ampliar a logística de apoio à exploração offshore da empresa. “Essa modalidade de instalação portuária se encaixa como uma luva para a Petrobras, porque traz maior independência para a empresa. Além disso, os portos públicos, em geral, já estão comprometidos com a movimentação de outros tipos de cargas, não restando, portanto, mais muito espaço para a atividade offshore”, observou.
Para Fialho, a empresa poderia, inclusive, incentivar a construção de terminais de terceiros. A ideia, segundo ele, seria fazer algo parecido com o que a empresa está fazendo para incentivar a construção de navios petroleiros, ou seja, credenciar o mercado para construir grandes bases de suporte à exploração offshore. “Com isso, a empresa ganharia maior independência logística, além de poupar recursos, que ser iam direcionados para outras atividades”, explicou o diretor-geral da Antaq.
Os executivos da Transpetro informaram ainda que a Petrobras pretende recorrer ao Plano Geral de Outorgas dos Portos, elaborado pela Antaq, para subsidiar o seu projeto de instalação de novos terminais.