Em seu primeiro fundo de Corporate Venture Capital, companhia recém privatizada vai financiar energy techs ligadas a tese de impacto ambiental
Redação TN Petróleo/AssessoriaA Companhia Paranaense de Energia - Copel - está dando um passo adiante no movimento de inovação no setor de energia nacional e, após a oferta pública de ações que a transformou em corporação, acaba de registrar seu primeiro fundo de Corporate Venture Capital em parceria com a VOX Capital, gestora pioneira em investimento de impacto positivo. O fundo tem R$ 150 milhões e todo o capital será investido em startups nacionais e internacionais que contribuam com a transição energética.
Chamado de Copel Ventures I, o novo fundo vai perseguir startups nos estágios Seed e Série-A que tenham soluções de tecnologia em si e também soluções que integrem diferentes partes da cadeia de valor do setor de energia.
A tese de investimento tem 5 verticais principais: energias renováveis e limpas, processos internos inovadores alinhados às boas práticas ESG, energy as a service (soluções de acessibilidade e democratização dos serviços relacionados a energia), cidades inteligentes (gestão de ativos e instalações e tecnologia para as cidades) e gestão de ativo e instalações (eficiência energética e operacionais).
“O nosso grande objetivo é aliar oportunidades econômicas, financeiras, próprias de venture capital, com oportunidades estratégicas para a companhia”, destaca o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel, Cássio Santana (foto). “Para isso, o fundo vai perseguir negócios novos, serviços não regulados, e de soluções para tornar mais eficientes os serviços que a Copel já presta”, acrescenta.
Para Rafael Campos, sócio e diretor de venture capital na VOX e à frente do Copel Ventures I pela gestora, o momento é oportuno para apostar em novas soluções no setor, que passará por significativas transformações nos próximos anos, influenciadas por mudanças tanto na regulação como na mentalidade dos consumidores.
“Nossa vida gira em torno da energia, e inovações no setor estão buscando ampliar o acesso à energia renovável e limpa enquanto melhoram a experiência dos consumidores, que gradativamente passarão a ter mais liberdade para escolher de onde comprar energia e estão cada vez mais sensíveis aos desafios climáticos”, analisa.
A estimativa é que os aportes sejam entre BRL 2 e 10 milhões por empresa e que o portfólio do fundo tenha cerca de 15 startups investidas. Os primeiros investimentos devem acontecer ainda em 2023. O fundo já está registrado na CVM e apto a operar.
Inovação para a Transição Energética
O Copel Ventures I é o terceiro CVC no portfólio da VOX, que já tem cerca de R$ 900 MM de ativos sob gestão (AuM). Inclusive, foi essa experiência no modelo de CVC, a proposta de valor comercial e sua tese de investimento que levou a VOX a vencer a chamada pública para ser gestora do primeiro CVC da Copel.
O fundo marca um novo momento da estratégia de inovação da Copel, que em 2021 lançou o Copel Volt, programa de inovação aberta da companhia que já está em sua segunda edição e acumula inscrições de mais de 500 startups de todos os continentes. O programa pode auxiliar a encontrar oportunidades de investimento, como mais uma porta de entrada para as startups, além do pipeline contínuo do CVC.
“Um dos eventos que podem trazer boas oportunidades para o fundo é o Demo Day — momento de apresentação de resultados — da segunda edição do Copel Volt, que ocorrerá em setembro”, explica Santana. As startups que participaram do Volt e apresentarem soluções adequadas aos objetivos do fundo podem ser escolhidas e receber investimentos por meio do CVC.
Tanto o programa de inovação Copel Volt quanto o CVC, Copel Ventures I, estão conectados à agenda global dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.
Além de soluções eficazes e escaláveis, com modelos de negócio atraentes, as startups analisadas deverão contribuir com ODS como Energia Limpa e Acessível (ODS 7), Trabalho Decente e Crescimento Econômico (ODS 8), Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9), Cidades e Comunidades Sustentáveis (ODS 11), Consumo e Produção Sustentável (ODS 12), e Ação contra Mudança Global do Clima (ODS 13).
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