Pré-Sal

Contrato para produção em Libra fica pronto neste mês

Um dos negócios mais aguardados e concorridos da indústria de petróleo no país.

Estado de São Paulo
22/09/2014 12:50
Visualizações: 816 (0) (0) (0) (0)

 

Um dos negócios mais aguardados e concorridos da indústria de petróleo no País, a contratação da primeira unidade de produção a operar em Libra, no pré-sal, deverá ser formalizada até o final do mês, segundo o presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Simões. As negociações entre o consórcio, formado com a Teekay, e a Petrobras foram concluídas no início do mês e o contrato já foi encaminhado à diretoria da estatal.
“Em 34 anos de atuação, nunca vi uma concorrência tão apertada”, descreveu o executivo. A concorrência envolveu outros dois consórcios com uma diferença mínima entre o valor cobrado pelo afretamento diário da unidade de produção.
Segundo Simões, o foco em Libra levou a companhia a desistir de outra concorrência da Petrobras, para afretamento de uma unidade no campo de Tartaruga Verde, na bacia de Campos. A retirada da proposta aconteceu há cerca de três semanas, segundo ele. O objetivo era preservar a capacidade técnica e financeira da empresa para a unidade de Libra.
“São unidades com complexidade enorme, tanto nafmancia-bilidade quanto no aspecto técnico. Parte dos equipamentos nunca foram feitos aqui e os prazos são curtos”, avaliou.
A FPSO terá capacidade para produzir 50 mil barris de óleo por dia e 4 milhões de m3/dia de gás. O contrato tem duração prevista de oito anos, com possibilidade de prorrogação por mais quatro anos. Aunidade será utilizada para Testes de Longa Duração (TLD) na área, a primeira a ser leiloada no pré-sal.
“Assim que assinarmos o contrato, assinaremos com o estaleiro simultaneamente”, disse Simões, na sede da empresa, no Rio. A construção da unidade será quase inteiramente no exterior, em função da baixa exigência de conteúdo local. “No caso de Libra, o conteúdo local é de apenas 5% e vamos fazer, é basicamente a âncora. O resto será tudo lá fora”, afirmou Simões.
O executivo não comentou qual é o estaleiro responsável pela construção, mas o mercado dá como certa a contratação do Jurong, em Cingapura.
Simões também não detalhou as condições comerciais do contrato final, que permitiu, segundo ele, maior “flexibilidade” por se tratar de um consórcio. “Algumas das condições foram definidas pelos acionistas do consórcio, com perfil de empresa privada.” Um ponto importante foi a incerteza quanto à possibilidade de tributação diferenciada para os contratos de afretamento e prestação de serviços da unidade. A Receita Federal e a Petrobrás divergem sobre o cálculo de impostos de renda, e o fisco tem exigido o pagamento da diferença nos valores, o que implicaria na revisão dos contratos antigos. Os valores protestados pela Receita somariam mais de US$ 100 bilhões.
A Petrobrás chegou a encaminhar uma carta de “administração contratual” alertando às empresas que poderia repassar a conta final dos tributos. A atitude causou grande mau estar na indústria. O tema ainda está em debate com a Receita, a estatal e o governo, e a expectativa da indústria é que haj a uma definição ainda este ano. “A Petrobrás deixou claro que apresentássemos a proposta para Libra sem considerar o risco dessa tributação”, afirmou Simões.
A Odebrecht Óleo e Gás não descarta participar de outras concorrências, mas serão “seletivos”. “A tendência é ficar com aquilo que achamos que temos mais condição de fazer.”
• Capacidade
50 mil
barris de óleo é quanto a unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) poderá produzir diariamente

Um dos negócios mais aguardados e concorridos da indústria de petróleo no país, a contratação da primeira unidade de produção a operar em Libra, no pré-sal, deverá ser formalizada até o final do mês, segundo o presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Simões.

As negociações entre o consórcio, formado com a Teekay, e a Petrobras foram concluídas no início do mês e o contrato já foi encaminhado à diretoria da estatal.

“Em 34 anos de atuação, nunca vi uma concorrência tão apertada”, descreveu o executivo.

A concorrência envolveu outros dois consórcios com uma diferença mínima entre o valor cobrado pelo afretamento diário da unidade de produção.

Segundo Simões, o foco em Libra levou a companhia a desistir de outra concorrência da Petrobras, para afretamento de uma unidade no campo de Tartaruga Verde, na bacia de Campos.

A retirada da proposta aconteceu há cerca de três semanas, segundo ele. O objetivo era preservar a capacidade técnica e financeira da empresa para a unidade de Libra.

“São unidades com complexidade enorme, tanto nafmancia-bilidade quanto no aspecto técnico. Parte dos equipamentos nunca foram feitos aqui e os prazos são curtos”, avaliou.

A FPSO terá capacidade para produzir 50 mil barris de óleo por dia e 4 milhões de m3/dia de gás.

O contrato tem duração prevista de oito anos, com possibilidade de prorrogação por mais quatro anos. Aunidade será utilizada para Testes de Longa Duração (TLD) na área, a primeira a ser leiloada no pré-sal.

“Assim que assinarmos o contrato, assinaremos com o estaleiro simultaneamente”, disse Simões, na sede da empresa, no Rio. A construção da unidade será quase inteiramente no exterior, em função da baixa exigência de conteúdo local. “No caso de Libra, o conteúdo local é de apenas 5% e vamos fazer, é basicamente a âncora. O resto será tudo lá fora”, afirmou Simões.

O executivo não comentou qual é o estaleiro responsável pela construção, mas o mercado dá como certa a contratação do Jurong, em Cingapura.

Simões também não detalhou as condições comerciais do contrato final, que permitiu, segundo ele, maior “flexibilidade” por se tratar de um consórcio. “Algumas das condições foram definidas pelos acionistas do consórcio, com perfil de empresa privada.”

Um ponto importante foi a incerteza quanto à possibilidade de tributação diferenciada para os contratos de afretamento e prestação de serviços da unidade.

A Receita Federal e a Petrobrás divergem sobre o cálculo de impostos de renda, e o fisco tem exigido o pagamento da diferença nos valores, o que implicaria na revisão dos contratos antigos.

Os valores protestados pela Receita somariam mais de US$ 100 bilhões.

A Petrobrás chegou a encaminhar uma carta de “administração contratual” alertando às empresas que poderia repassar a conta final dos tributos.

A atitude causou grande mau estar na indústria. O tema ainda está em debate com a Receita, a estatal e o governo, e a expectativa da indústria é que haj a uma definição ainda este ano.

“A Petrobrás deixou claro que apresentássemos a proposta para Libra sem considerar o risco dessa tributação”, afirmou Simões. A Odebrecht Óleo e Gás não descarta participar de outras concorrências, mas serão “seletivos”. “A tendência é ficar com aquilo que achamos que temos mais condição de fazer”. 

Capacidade

50 milbarris de óleo é quanto a unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) poderá produzir diariamente

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Sergipe Oil & Gas 2025
Potencial de Sergipe na produção de óleo e gás é destaqu...
23/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergas tem participação no Sergipe Oil & Gas 2025 com fo...
23/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Quarta edição do Sergipe Oil & Gas destaca Sergipe no me...
23/07/25
PD&I
ANP realiza workshop sobre Fundo de Investimento em Part...
23/07/25
Bacia de Campos
ANP aprova acordo de individualização da produção do pré...
23/07/25
Fenasucro
Fenasucro & Agrocana impulsiona economia regional e gera...
23/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Eneva celebra 5 anos do Hub Sergipe durante o Sergipe Oi...
23/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sebrae e rede Petrogas levam soluções e serviços de pequ...
22/07/25
Resultado
Compagas registra resultados históricos e acelera expans...
21/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Governo do Estado apoia 4ª edição de Sergipe Oil & Gas e...
21/07/25
Gás Natural
Sergipe lidera debate nacional sobre redes estruturantes...
21/07/25
Fenasucro
Brasil ocupa posição de destaque mundial na cogeração re...
21/07/25
Resultado
Revap alcança recordes históricos no 1º semestre com die...
21/07/25
Combustíveis
Etanol registra nova queda, segundo Cepea/Esalq
21/07/25
RenovaBio
Primeira lista de distribuidores de combustíveis inadimp...
19/07/25
Energia Solar
Transpetro inaugura usina solar para abastecer o Termina...
17/07/25
Internacional
IBP participa do World Oil Outlook da OPEP com análise s...
17/07/25
BRANDED CONTENT
20 Anos de Merax – Histórias que Norteiam o Futuro
16/07/25
Fenasucro
Bioenergia ganha força no debate global sobre energia li...
16/07/25
Gás Natural
Gasmig: 39 anos de energia, inovação e compromisso com M...
16/07/25
Combustíveis
Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de ...
15/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22