INEC de agosto aumentou 0,8% frente a julho, puxado pela melhora das expectativas em relação à inflação, ao emprego e à renda pessoal. Mas o consumidor ainda está cauteloso com compras de bens de maior valor.
Agência CNI de Notícias/RedaçãoO Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) aumentou 0,8% em agosto na comparação com julho e alcançou 102 pontos. No entanto, o indicador continua 6,3% abaixo da média histórica, de 109 pontos, informa a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O aumento da confiança dos brasileiros é resultado da melhora das perspectivas sobre a inflação, o desemprego e a renda pessoal nos próximos seis meses. Além disso, os consumidores acreditam que a situação financeira melhorou nos últimos três meses. Em agosto, o indicador de expectativa de inflação aumentou 2,7%, o de desemprego subiu 1,4% e o de renda pessoal cresceu 2,5% na comparação com julho. De acordo com a pesquisa, quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que espera a queda da inflação e do desemprego e o aumento da renda pessoal.
O indicador de situação financeira aumentou 1,1% frente a julho. "A desaceleração da inflação e a expectativa de recuperação da economia melhoram a percepção das pessoas sobre a renda pessoal e a situação financeira", afirma a economista da CNI, Flávia Ferraz.
Mesmo assim, os brasileiros ainda estão cautelosos com as compras de bens de maior valor, como automóveis, imóveis e outros. O indicador de expectativa de compras de maior valor caiu 1,3% em relação a julho e foi o único componente do INEC que registrou queda na comparação mensal.
O INEC é importante porque antecipa tendências de consumo. Consumidores confiantes, com perspectivas positivas em relação ao emprego e à situação financeira, tendem a comprar mais, o que aquece a atividade econômica.
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