Rio Grande do Sul

Consórcio do Cais Mauá diz que quer operação de embarcações

A direção da empresa Porto Cais Mauá do Brasil S/A (PCMB), que venceu a concorrência para arrendar o Cais Mauá em Porto Alegre por 25 anos, assegurou que a navegação turística está no modelo de revitalização comercial da reg

Jornal do Commercio
21/01/2014 11:31
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A direção da empresa Porto Cais Mauá do Brasil S/A (PCMB), que venceu a concorrência para arrendar o Cais Mauá em Porto Alegre por 25 anos, assegurou que a navegação turística está no modelo de revitalização comercial da região. Diante de críticas sobre restrições de acesso ao local devido ao começo das obras e por questões de segurança, o presidente do consórcio, André Albuquerque, tranquilizou que a intenção é manter a operação do barco Cisne Branco no atual local e demais serviços. Os empreendedores informaram que visitarão, a partir do fim do mês, quatro portos revitalizados no mundo que devem influenciar o mix local de exploração comercial e que têm como trunfos o atrativo dos passeios e serviços de embarcações.

Serão visitados os portos de Baltimore, nos Estados Unidos, Cape Town, na África do Sul, Gênova, na Itália, e Barcelona, na Espanha. A intenção é verificar o que deu certo nesses projetos. Segundo o presidente da PCMB, a iniciativa influenciará a operação na capital. “Os gaúchos falam do Porto Madero, em Buenos Aires, mas não é nosso benchmark. O nosso será 30 vezes melhor e maior. O modelo de Baltimore, melhor operação de revitalização portuária comercial em 2009, é o que mais atrai”, adianta Albuquerque. Além disso, uma pesquisa com moradores da capital especificará a expectativa sobre o que encontrar no cais. Na sexta-feira passada, o consórcio e a Uniritter firmaram convênio para que alunos registrem fotos das obras e das mudanças na região.

Sobre o acesso à área, o presidente do consórcio declarou, na sexta-feira, que o ideal seria fechar a entrada principal diante do maior ritmo das obras civis. Mas o executivo considerou difícil o bloqueio completo devido ao funcionamento de órgãos públicos. “Deslocamos a obra para outro lado até resolver este fluxo. O que tem de ficar claro é que ou a gente faz a obra ou permite a entrada indiscriminada de pessoas”, ressaltou o representante da empresa, que reforçou o interesse em manter um navio de turismo, “em especial o Cisne Branco, pela sua tradição”. Em dezembro passado, o consórcio comunicou aos donos da embarcação que o abastecimento de combustível e materiais não poderia mais ser feito naquele ponto.

Os embarques e desembarques continuarão e terão apoio da segurança nos momentos de ingresso e saída da área. O barco solicitou à direção da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) um novo local para movimentações. “Viram o acidente na Arena do Corinthians, quando morreram duas pessoas? Se na arena tivesse um Cisne Branco ou um catamarã, teriam morrido 500 pessoas”, compara Albuquerque, chamando a atenção para supostos riscos. Sobre o futuro prédio dos bombeiros, que ocupa hoje o armazém C-5, Albuquerque mostrou-se surpreso com a discordância da corporação de erguer a instalação no cais Marcílio Dias, que teria sido indicação do comando da Brigada Militar, formalizada em ofício da SPH. “Estamos fazendo o projeto arquitetônico, queremos começar as obras o quanto antes”. O edital de concessão prevê que novas sedes da SPF e oficinas, dos bombeiros e dos trabalhadores do porto serão erguidas pela PCMB.

Os gestores confirmaram que a meta é concluir dois armazéns para a Copa do Mundo, com jogos em junho na Capital, exigência do governo estadual. São os dois vizinhos ao pórtico – o A e o B, que integram o patrimônio histórico nacional. Segundo Albuquerque, a fase de demolição de construções que não são do conjunto arquitetônico e a limpeza fo entorno chegou a 50%. “Isso significa que metade dos puxadinhos foi demolida”, citou, tranquilizando que não são edificações de patrimônio. Até abril, deve ser concluída esta etapa, que abrange a derrubada do armazém 7, próximo à Usina do Gasômetro. Antes disso, a restauração dos primeiros prédios deve começar, com pintura e recuperação da estrutura de metal.

A fase de revitalização, que deve se completar até dezembro e inclui infraestrutura e a construção de uma praça, custará R$ 150 milhões. Também faltam as últimas licenças do município para as obras de infraestrutura. Albuquerque não detalhou o que ainda está pendente e disse que espera as autorizações para os próximos dias. Os gestores negociam com o patrimônio municipal a abertura de janelões nas faces voltadas ao lago Guaíba. “Estamos negociando e pedindo a benção”, definiu Albuquerque. Os empreendedores também projetam assinar até o fim do mês os primeiros contratos com operadores dos dois armazéns da primeira fase. A intenção é que as unidades sejam ocupadas por serviços de gastronomia.


Dono de catamarã e autoridades são barrados no cais

As restrições ao acesso interno que coincidem com as obras de revitalização do Cais Mauá geraram novo desconforto na sexta-feira passada. Antes da inauguração do novo catamarã da travessia Porto Alegre-Guaíba, o Cat V, o diretor-presidente do grupo Ouro e Prata e dono da CatSul, Hugo Fleck, não teve permissão para entrar no estacionamento do cais. Passaram a ser frequentes os impasses entre a direção do consórcio da Porto Cais Mauá do Brasil S/A (PCMB) desde dezembro de 2013, quando foi vetado o ingresso de veículos. Segundo Fleck, a medida provoca prejuízos, com queda no número de usuários. “O maior impacto é nos fins de semana”, diz o empresário, citando que as viagens aos sábados e domingos que têm caráter turístico foram reduzidas em 20%. O número equivale a menos 600 passageiros a cada fim de semana.

“Isso se dá porque pessoas idosas e famílias com crianças não querem ficar caminhando para chegar até aqui. Muitas alegam que têm medo pela insegurança no acesso na passagem subterrânea existente no largo da estação do Trensurb, em frente ao Mercado Público. O secretário estadual de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, Luis Carlos Busato, preveniu que o consórcio terá de “rever seus conceitos”. Busato adiantou que esta semana o governo do Estado tentará interceder junto à direção da concessionária para “flexibilizar a medida”.

Na sexta-feira, nem o vice-prefeito da Capital, Sebastião Melo, pôde ingressar no cais com seu veículo oficial. Sob protesto, o presidente da Câmara Municipal, vereador Professor Garcia (PMDB), foi embora da solenidade ao ser barrado no pórtico de entrada. Na semana passada, os presidentes da Cais Mauá do Brasil, André Albuquerque, e do clube Grêmio Náutico União (GNU), Francisco Schmidt, reuniram-se para discutir o acesso de sócios na área não portuária. O embarque rumo à sede do clube na Ilha do Pavão se dá apenas por meio do cais.
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