O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) está fazendo uma consulta eletrônica com 40 mil pesquisadores brasileiros e outros profissionais do governo e da iniciativa privada para redefinir o posicionamento estratégico da instituição no processo de expansão e consolidação do chamado Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O questionário, enviado pela internet para ser respondido até o dia 17 de abril (23h59), inclui questões em sete tópicos: modelo de gestão; avaliação, acompanhamento e indicadores; integração com parceiros e proatividade; compromisso social; transversalidade; e internacionalização da pesquisa e inovação.
“Nós precisamos aperfeiçoar nossa atuação, olhar para o futuro e interagir forças, pois há vários atores que participam do sistema”, disse Rita Scardine, chefe da Assessoria de Planejamento do CNPq. Segundo a técnica, a intenção é melhorar a qualidade da gestão, aumentar o impacto e a relevância das pesquisas financiadas e garantir a sustentabilidade dos projetos.
Para ela, o reposicionamento estratégico é uma necessidade dos tempos. “O modelo de governança precisa ser melhorado, mudou o paradigma do sistema. Um plano de ciência, tecnologia e inovação tem que identificar metas compartilhadas entre diversas partes e tem que atender demandas além da academia”, disse ao incluir na consulta instituições da sociedade civil e agências semelhantes ao CNPq em outros países.
A expectativa de Rita Scardine é que os resultados do questionário sejam tabulados em um mês após o término da aplicação. Além da pesquisa eletrônica, a avaliação envolverá a realização de entrevistas aprofundadas com especialistas em ciência e tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento; a formação de grupos de trabalhos; e a apresentação de papers (relatórios científicos).
O levantamento situacional do CNPq é feito pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma organização social (OS) que tem contrato de gestão com o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) e tem como objetivo, segundo decreto presidencial, a promoção e realização de estudos e pesquisas; avaliação de estratégias e de impactos econômicos e sociais das políticas, programas e projetos científicos e tecnológicos.