Brasil ampliou produção de hidrelétricas, parques eólicos e usinas solares, e menor necessidade das termelétricas reduziu o custo operacional do sistema
Redação TN Petróleo/AssessoriaDados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE mostram um aumento significativo no volume de energia elétrica gerada a partir de hidrelétricas, usinas solares e parques eólicos no início do ano, em relação ao mesmo período em 2021. O cenário mais favorável ajudou o país a reduzir o uso de termelétricas que, embora garantam o fornecimento de energia para a população em momentos mais críticos, são empreendimentos com maior custo.
"A diversidade da matriz brasileira é uma das principais características do setor de energia e uma vantagem incomparável em relação aos outros países. O desafio é modernizar o nosso parque térmico com usinas mais baratas e buscar soluções para otimizarmos todo o potencial que o Brasil tem na geração de energia renovável", afirma Rui Altieri (foto), presidente do Conselho de Administração da CCEE.
Ao todo, o país gerou 69.748 megawatts médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN) entre janeiro e abril deste ano. A maior parte (54.010 MW médios) foi entregue pelas hidrelétricas, volume 8,4% maior no comparativo anual. Na avaliação da CCEE, o avanço é sinal da recuperação gradual do nível dos reservatórios de água, resultado do volume de chuva expressivo registrado desde o final de 2021.
A geração eólica, já considerada a terceira principal fonte de energia do país, produziu 6.505 megawatts médios, crescimento de 7,5% em relação aos quatro primeiros meses do ano passado. Complementando a oferta de energia ao SIN, foram gerados 1.172 megawatts médios por solares fotovoltaicas, aumento de 66,8% no comparativo anual. As altas podem ser explicadas por um cenário mais favorável de ventos e insolação nos locais que concentram a maioria dos empreendimentos, além do próprio aumento no volume de usinas em operação.
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