Efe
A China pode se transformar no principal emissor de dióxido de carbono (CO2) do mundo, ultrapassando os EUA em 2008, dois anos antes do previsto, segundo cálculos divulgados nesta quarta-feira (28/02).
"Talvez possa acontecer no próximo ano, segundo nossos estudos", disse Yang Fuqiang, vice-presidente da Fundação para a Energia, uma ONG americana que dá apoio ao governo chinês em questões energéticas e de poluição.
Segundo a Fundação, no próximo ano a China emitirá 6 bilhões de toneladas de CO2 - contra as menos de 3 bilhões na década de 90 -, mesma quantidade que os EUA.
No entanto, as emissões de CO2 per capita da China em 2008 representarão 60% da quantidade que, segundo previsões, será produzida pelos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2030.
"O governo chinês terá de responder a muitas perguntas da comunidade internacional, e está preocupado em encontrar formas de enfrentar a questão", afirmou Yang, em um encontro com a imprensa estrangeira.
Pequim havia fixado metas ambientais de contenção de emissões para 2006, que não foram cumpridas.
"Em 2006, o objetivo não foi alcançado, mas deve-se dar tempo ao Governo chinês", declarou Yang.
Outro objetivo relacionado à questão ambiental são a redução da intensidade energética (quantidade de energia necessária para produzir US$ 1 do PIB) em cerca de 20%.
Segundo informações publicadas pelo Escritório Nacional de Estatísticas chinês, a intensidade energética da China diminuiu 1,23% em 2006.
A eficiência energética será um dos pontos principais de debate na próxima semana, no plenário anual do legislativo chinês.
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