Barreiras do financiamento à eficiência energética no Brasil.
Redação / AssessoriaO Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), por meio de suas Câmaras Temáticas de Finanças Sustentáveis e de Energia e Mudança do Clima, lançaram o estudo Destravando o financiamento à eficiência energética no Brasil: soluções financeiras e não-financeiras para os agentes de mercado, nessa terça-feira, 09, durante a Conferência Climática das Nações Unidas, a COP 20, em Lima (Peru).
O side event intitulado “Climate Finance: What are the Challenges for the Private Setor” aconteceu, durante o Voices for Climate, organizado pelo Governo Peruano, e teve como principal discussão o financiamento para a questão climática, colocando bancos e empresas para conversarem sobre as possíveis soluções para as dificuldades existentes. Estiveram presentes no debate Marina Grossi, presidente do CEBDS; Tania Consentino, Presidente da Schneider América Latina; Anne Bolle, Diretora da Statkraft, e Claire Tutenuit, Diretora Geral do BCSD da França.
O projeto surgiu do reconhecimento do CEBDS e suas associadas do papel chave do setor financeiro e empresas no desenvolvimento de um mercado de eficiência energética no país e transição para uma economia verde.
Investimentos em projetos de eficiência energética contribuem para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e do consumo de energia elétrica, colaborando com as metas nacionais de redução de emissões e economia de recursos financeiros por parte das empresas. O tema ganha ainda mais relevância com a atual crise hídrica e os recentes desafios na expansão da capacidade de geração do setor elétrico. Somente no primeiro semestre de 2014, houve um aumento da participação da geração térmica não renovável de 43,5% em relação ao igual período de 2013. Ou seja, a matriz elétrica brasileira passou a emitir 58% mais de emissões de carbono, chegando a 0,1440 tCO2/MWh.
Entretanto, o país apresenta baixos índices de eficiência energética quando comparado com as principais economias do mundo. Segundo o Procel, o potencial de redução de consumo chega a 46 mil GWh, representado um potencial de economia de R$ 20 bilhões por ano. A American Council for an Energy-Efficiency Economyestima que o país utiliza menos de 30% do seu potencial de eficiência energética ficando na 15ª posição entre 16 economias analisadas, somente a frente do México.
A publicação apresenta os principais entraves que impedem ou dificultam o acesso do setor empresarial aos recursos disponíveis para financiamentos em sustentabilidade, com foco em eficiência energética. Através de benchmarks internacionais e entrevistas com alguns dos principais agentes de mercado e associadas do CEBDS, o estudo traz uma proposta de mudanças e soluções que minimizem essas dificuldades.
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