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Cattalini amplia em 80% a capacidade em Paranaguá

A Cattalini Terminais Marítimos se prepara para quase duplicar a capacidade de armazenagem de cargas líquidas no porto de Paranaguá (PR) até 2017. A empresa, que já tem o maior parque de tancagem para líquidos da América Latina concentrado em um mesmo

Valor Econômico
06/09/2013 14:22
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A Cattalini Terminais Marítimos se prepara para quase duplicar a capacidade de armazenagem de cargas líquidas no porto de Paranaguá (PR) até 2017. A empresa, que já tem o maior parque de tancagem para líquidos da América Latina concentrado em um mesmo porto, vai investir R$ 450 milhões para aumentar em 80% a oferta atual de armazenamento: de 380 mil metros cúbicos para 680 mil metros cúbicos.

Para tanto a empresa irá construir a quarta instalação de tanques, em um terreno de 57 mil m². Hoje o complexo da Cattalini é composto por três unidades: um terminal interligado por dutos aos píeres público e privado e mais duas áreas na retroárea, de onde saem dutos que acessam o terminal. Todas as operações estão concentradas no porto sulista.

A obra será dividida em duas etapas. O projeto executivo da primeira fase, que terá 140 mil m³ de tanques, está pronto. "Já temos a maior parte dos provedores selecionados e linhas de crédito aprovadas", diz o presidente da empresa, José Paulo Fernandes.

O cronograma previa o início das obras em julho, mas atrasou por conta do licenciamento ambiental ainda em curso e do projeto de impacto de vizinhança, em análise na prefeitura. O investimento na primeira fase é de R$ 240 milhões, para o qual a Cattalini conta com financiamento do BNDES e de banco privado. A ideia é iniciar a operação em 2015 e, logo em seguida, começar a segunda etapa, que adicionará 160 mil metros cúbicos de tancagem.

A expansão em Paranaguá é uma das três linhas de crescimento da Cattalini que, em alguns momentos, já chega a 100% da capacidade ocupada. "Enxergamos o crescimento nos volumes dos nossos clientes", diz Fernandes. Entre as cargas que exigem mais oferta de capacidade estão o metanol e a gasolina, que tem sido importada dada a falta de capacidade de refino no Brasil.

A Cattalini foi fundada em Paranaguá há 30 anos. A capacidade estática atual equivale a 54% da oferta para líquidos do porto, que conta ainda com importantes terminais, como o da Transpetro, Vopak, CPA e o terminal público. Em termos de movimentação efetiva, a participação da Cattalini é de 35% - pois o volume da Transpetro é muito grande -, tendo escoado 2 milhões de toneladas em 2012.

A estratégia de crescimento prevê incorporar novos produtos e serviços. A intenção é ter um terminal especializado na movimentação de petróleo bruto, carga que a empresa não opera. Neste ano a Cattalini assinou com o grupo holandês VTTI um acordo para tentar entrar nesse segmento. "Não precisa ser em Paranaguá. Temos um terreno em Pontal do Paraná (PR), mas pode ser em outra região. Ainda é um projeto embrionário", diz Fernandes.

A terceira frente de expansão é a geográfica. A ideia é participar tanto de concorrências de novos arrendamentos como de projetos "do zero" de portos privados. As áreas de interesse são o Norte, Sul e Sudeste, "especificamente Santos", afirma Fernandes. Neste ano a companhia desistiu da licitação para arrendar o antigo terminal da Vopak, no porto de Santos. A Cattalini foi declarada vencedora da concorrência em maio de 2012, com ágio de R$ 80,7 milhões para arrendar o terminal. Meses depois o governo publicou a MP dos Portos, que mudou o critério para definir o vencedor da licitação - deixou de ser o maior valor de outorga e passou a ser a maior movimentação com o menor preço.

Segundo Fernandes, a decisão de deixar a licitação deveu-se ao imbróglio jurídico. As empresas perdedoras apresentaram recursos administrativos e judiciais que retardaram a homologação da Cattalini como vencedora.
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