Redação/Assessoria InfraRoi
O ano de 2018 vai ficar marcado em telecomunicações como o da chegada de uma nova leva de cabos submarinos de fibra óptica. O mais recente deles é o SACS, da Angola Cables, que interliga o país africano à capital cearense. Com capacidade de comunicação mínima de 40Tb/s, ele terá uma escala no complexo industrial de Pecém, que vai ser interligado ao data center da companhia africana também em Fortaleza. O SACS do nome do nome é a sigla para South Atlantic Cables System ou sistema de cabos do Atlântico Sul. O nome faz sentido, pois se trata do primeiro cabo submarino a ser instalado nessa região do globo.
“O SACS é mais que um projeto de infraestruturas submarinas de telecomunicações. Trata-se de uma ponte digital que liga o hemisfério Sul e que proporcionará para Brasil e Angola o surgimento de diversos negócios relacionados com a quarta industrialização”, explica António Nunes, CEO da Angola Cables. A nova infraestrutura se junta ao outro cabo submarino da companhia – Monet – e ao centro de dados da capital cearense.
Segundo a companhia, o SACS a instalação do SACS em alto mar levou cerca de dois meses e envolveu a participação de engenheiros, profissionais de TI e mergulhadores profissionais para que o cabo realmente fosse fixado com segurança em solo marítimo. “Dessa forma, definimos o melhor caminho a ser percorrido, evitando possíveis rupturas que ele pudesse ter sofrido devido às movimentações rochosas do solo”, explica Nunes.
Com a etapa da chegada do SACS concluída a Angola Cables passará a cuidar do processo de aterramento do cabo, instalação na sua estação, localizada na Praia do Futuro, realização de uma série de testes e, por fim, sua conexão no Data Center de Fortaleza, que se encontra em fase adiantada de construção. A previsão para início das operações do SACS está mantida para o primeiro semestre desse ano.
O evento marcou ainda a assinatura de um memorando de entendimentos entre o governo do Ceará e a Angola Cables para viabilizar a infraestrutura que interligará o Data Center de Fortaleza ao Complexo Industrial do Pecém.
Além do SACS, a Angola Cables conta com outros dois grandes empreendimentos no Brasil, totalizando US$ 300 milhões em investimentos. São eles: o cabo Monet, já em operação, conectando Miami, nos Estados Unidos a Santos, passando também por Fortaleza. E o segundo projeto é a construção de um Data Center internacional, em Fortaleza, que será um agregador de cabos submarinos de fibra óptica e tem previsão de início das operações no fim do primeiro semestre deste ano.
Quando toda a rede internacional estiver concluída, Nunes ressalta que haverá uma grande mudança nas telecomunicações globais, já que a troca de dados intercontinentais passará a ser mais rápida levando cinco vezes menos o tempo atual para que o continente africano tenha acesso aos conteúdos produzidos nas Américas, região que concentra os maiores centros de produção do mundo.
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