A Brasil Terminal Portuário (BTP) vai construir um terminal de contêineres na área do antigo Lixão Alemoa, com início do projeto de remediação ambiental da área previsto para o próximo mês de setembro. O investimento total da empres
RedaçãoA Brasil Terminal Portuário (BTP) vai construir um terminal de contêineres na área do antigo Lixão Alemoa, com início do projeto de remediação ambiental da área previsto para o próximo mês de setembro. O investimento total da empresa será de R$ 1,6 bilhão, segundo informou o diretor-geral da BTP, Henry James Robinson, na tarde desta quarta-feira (26), durante a realização da 7ª edição do Santos Export – Fórum Nacional para Expansão do Porto de Santos.
“A Cetesb já deu parecer favorável ao projeto executivo e a primeira fase, que inclui obras de remediação (limpeza do solo) e que precedem à construção do terminal, deve começar nas próximas semanas. Serão 50 anos de poluição eliminados em dois anos de trabalho de recuperação ambiental”, destaca Henry Robinson.
A empresa estima que o novo terminal vá gerar mais de 13 mil empregos diretos e indiretos, incluindo as etapas de construção e operação do terminal. O empreendimento deve recolher aos cofres públicos, em média, R$ 193 milhões por ano em impostos nos níveis federal, estadual e municipal.
O início das operações vai proporcionar um aumento de 1,2 milhão toneladas/ano de granéis líquidos na capacidade de movimentação do Porto de Santos. O Porto vai poder contar também, nessa primeira fase, com 1.100 metros adicionais de cais acostável e área de armazenamento para 1,1 milhão de TEU’s. “O principal valor agregado, entretanto, será a operação no “estado-da-arte” em termos de produtividade e segurança para os trabalhadores, comunidade e terminal”, ressalta Robinson.
Da área total do empreendimento, a BTP vai preservar um espaço de cerca de 30 mil metros quadrados anexo às margens do Rio Saboó, como forma de viabilizar o retorno das aves aos ninhais, abandonados por elas nas últimas estações, e preservar porção de mangue não atingida pelos contaminantes existentes no restante da área.
Sem crise
Apesar dos desafios que a crise econômica vem impondo às empresas dos diversos setores, a APM Terminals mantém seu otimismo em relação aos investimentos. A estimativa da empresa é concluir os planos para o biênio 2008/2009 com recursos de US$ 2 bilhões. “Nossa base de clientes, aliada à crescente importância dos portos na retomada do crescimento da economia, nos dão essa confiança. No Brasil, com nossas duas unidades de negócios, esperamos ampliar nossas atividades”, destaca Paulo Simões, gerente-geral de Investimentos e Projetos da APM Terminals na América do Sul.
Com 50 Terminais espalhados em vários países, a APM Terminals não interrompeu seu cronograma de construção ou mesmo de expansão de seus terminais distribuídos em vários países. No Brasil, a APM tem uma unidade no Porto de Itajaí, em Santa Catarina, e já desenvolveu estudo de viabilidade econômica para um projeto em Santos, localizado no Distrito Industrial da Alemoa. “Para Santos, estão previstos investimentos de US$ 875 milhões, com geração de cerca de seis mil postos de trabalho diretos, indiretos e TPAs, agregando mais renda e tributos para cidade”, revela Simões. A empresa agora aguarda a abertura do processo de licitação pública.
Futuro positivo para o etanol
No encerramento do Fórum Santos Export, o presidente da Associação Internacional do Comércio de Etanol (da sigla em inglês, IETHA), Joseph Sherman, disse que, apesar da queda nas exportações de etanol no primeiro semestre de 2009, a expectativa do setor é de recuperação. “Como as exportações do setor de commodities é cíclico, esperamos um novo “boom” para 2011, talvez 2012. Da mesma forma, a demanda mundial por fontes de energia renovável devem continuar”, destaca Sherman. O presidente da IETHA alerta, no entanto, que o Brasil deve preparar seus portos para o provável aumento das exportações. “Ainda temos problemas de infraestrutura no País, que dificultam o atendimento da demanda”.
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