<P>O governo brasileiro não tem intenção de abrir o mercado de cabotagem - transporte de cargas no interior do país por vias fluviais ou marítimas - a operadores estrangeiros, afirmou ontem (1º) o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito. Nós não temos no Brasil uma conso...
Diário de CuiabáO governo brasileiro não tem intenção de abrir o mercado de cabotagem - transporte de cargas no interior do país por vias fluviais ou marítimas - a operadores estrangeiros, afirmou ontem (1º) o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito. Nós não temos no Brasil uma consolidação no mercado que nos permita abrir as portas para os armadores internacionais, disse.
A abertura definitiva da cabotagem aos estrangeiros significaria, na avaliação de Brito, matar o embrião que existe da cabotagem no Brasil. O ministro destacou que o país precisa avançar com cautela nessa área, dando condição para que a indústria naval brasileira possa produzir com competência os navios de que nós precisamos e que a cabotagem com bandeira brasileira se estruture para, depois, abrir [o mercado].
O ministro explicou que o mercado de cabotagem é dominado por poucas empresas em nível mundial. Os quatro gigantes armadores do mundo detêm 50% do mercado mundial da navegação de longo curso. Por isso, não dá para pegar empresas locais e colocar numa concorrência aberta com eles.
A idéia, disse Brito, é estruturar primeiro o mercado nacional de cabotagem, que apresenta grande potencial de crescimento. Principalmente quando nós incorporarmos a possibilidade da navegação interior, com a construção de eclusas nas principais hidrovias e a interligação das hidrovias com os principais portos do país, como está ocorrendo no Nordeste brasileiro, explicou.
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