Conhecido como “Blended Finance”, modelo reúne diferentes fontes de recursos e diversos instrumentos financeiros.
Redação TN Petróleo/Assessoria BNDESO Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está lançando uma nova abordagem para apoio a projetos e programas nas áreas de bioeconomia florestal, economia circular e desenvolvimento urbano. Conhecido como blended finance o modelo representa uma solução financeira híbrida, com diferentes fontes de recursos e instrumentos distintos (financiamentos, investimentos, garantias, doações, ações e outros).
O foco do Banco está na seleção de estruturas financeiras capazes de atrair diferentes tipos de investidores para viabilizar o crescimento econômico incentivando projetos e empresas carentes de acessibilidade a soluções financeiras mais completas e impactantes, como pequenas cooperativas, projetos de desenvolvimento de comunidades carentes ou recicladores de resíduos sólidos.
Nesta segunda-feira (09/05), foi lançado o edital para selecionar estruturadores de modelos financeiros focados no apoio aos projetos socioambientais. O BNDES desembolsará até R$ 90 milhões em recursos não reembolsáveis para os escolhidos, que ficarão responsáveis por buscar captar junto a terceiros, ao menos, mais R$ 3 para cada R$ 1 aportado pelo Banco, o que resultaria em cerca de R$ 400 milhões de apoio a projetos com forte impacto socioambiental e que atendam a parâmetros ASG. Estes aportes de terceiros é que podem ser feitos através das diferentes ferramentas financeiras.
“Com a abertura do edital hoje, o BNDES passa a operar com o Blended Finance. Trata-se de uma ferramenta inovadora, com grande potencial de juntar recursos comerciais e filantrópicos, multiplicando o impacto do BNDES. Reduzir o descarte de resíduos no meio ambiente, prover infraestrutura para zonas urbanas carentes e apoiar atividades sustentáveis na floresta são resultados que buscamos. Vamos, assim, realizar o desenvolvimento sustentável, trazendo qualidade de vida para as pessoas que mais precisam”, explica Bruno Aranha, diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental.
A seleção avaliará propostas inovadoras de estruturas em blended finance. Elas devem apresentar formas de captação e alocação dos recursos em iniciativas que possam gerar impacto positivo no meio ambiente e na vida das pessoas. O impacto potencial das iniciativas apoiadas pelas propostas será determinante para a escolha das estruturas, que também deverão ter adequados monitoramento e avaliação.
O processo levará em conta critérios como a experiência e a capacidade dos estruturadores concorrentes, o desenho proposto (levando em conta a alocação de capital e a dinâmica operacional e de monitoramento) e a estratégia de captação de recursos. O BNDES realizará workshops para que os interessados tirem dúvidas em maio e junho. A divulgação do resultado está prevista para setembro de 2022.
A governança ainda prevê acompanhamento dos indicadores dos projetos junto aos estruturadores, comitê de supervisão e auditoria independente, o que deve contribuir para robustecer e fomentar o ecossistema, além de ajudar a atrair outros parceiros e capitais.
A iniciativa, pioneira no País, fortalece o BNDES como articulador de parcerias entre os setores público e privado, conforme as melhores práticas e tendência entre as instituições de fomento internacionais.
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