Energia

Belo Monte faz 'mutirão' e firma quatro contratos

Hidrelétrica se aproxima de 50% de execução física.

Valor Econômico
14/02/2014 10:58
Visualizações: 679

 

A usina hidrelétrica de Belo Monte, que se aproxima da marca simbólica de 50% de execução física, faz neste mês um "mutirão de supercontratos" para entrar na segunda metade de suas obras. Os dois maiores negócios, no valor total de R$ 1,26 bilhão, envolvem toda a montagem eletromecânica dos equipamentos, nas duas casas de força da usina.
A Norte Energia, concessionária responsável pela construção e operação de Belo Monte, fechou contrato de R$ 1,038 bilhão para a integração dos equipamentos na barragem principal, onde serão gerados 11.000 megawatts (MW) de energia. O compromisso foi firmado ontem (13) com um consórcio formado pela brasileira Engevix (60%) e pela Toyo-Setal (40%), companhia ligada à japonesa Mitsui. No sítio Pimental, local onde está sendo construída a casa de força complementar, com 233,1 MW, foi celebrado um contrato de R$ 222 milhões com a austríaca Andritz.
O diretor-presidente da Norte Energia, Duílio Diniz de Figueiredo, faz uma alusão militar e usa a expressão "blitzkrieg" para descrever a ofensiva para entrar na segunda metade das obras. Segundo ele, os acordos são resultado de dois anos de negociações com as empresas escolhidas e seus valores ficaram "um pouco acima" do orçamento inicialmente planejado, mas sem extrapolar a margem de segurança com que a concessionária trabalha em suas previsões de custos.
No pico, a estimativa é que cerca de 2,2 mil operários vão trabalhar na montagem eletromecânica de Belo Monte e de Pimental, em atividades que vão permitir a colocação das 24 turbinas e toda a preparação para o início do funcionamento do complexo.
Apesar das paralisações frequentes, devido a liminares judiciais e greves de trabalhadores, Figueiredo mantém a previsão de entrada em operação da hidrelétrica de Belo Monte. Ele garante que os testes da primeira turbina vão começar em janeiro de 2016 e, dois meses depois, têm início a operação comercial.
A usina de 11.233 MW de potência instalada vai oferecer, efetivamente, 4.570 MW de garantia física -, mas essa geração, conforme as regras do contrato, será atingida progressivamente. "Não temos nenhum indício de adiamento", assegura o executivo. Em Pimental, que serve como suporte ao projeto principal, a previsão de início de operação permanece fevereiro de 2015.
Outros dois contratos menores estão em fase de ajustes finais e devem ser firmados até o fim deste mês. Eles somam R$ 179 milhões. Ambos são responsáveis por conectar as casas de força com as redes básicas de transmissão, o que engloba obras em subestações, a fim de integrar o complexo hidrelétrico ao sistema interligado nacional.
A usina de Belo Monte precisará de cinco linhas de 13,5 quilômetros, em 500 kV, para chegar à rede básica. Pimental necessitará de uma linha de 60 quilômetros, em 230 kV, para a conexão. Haverá dois contratos. Toda a parte de linhas será feita com a espanhola Isolux; as obras em subestações estão sendo fechadas com a São Simão, uma subsidiária da Cobra, com matriz na Espanha. "Esses contratos estão redigidos. Só falta assinar", afirma Figueiredo.
Até o fim de dezembro, segundo a concessionária, 45% das obras civis já haviam sido concluídas. Em janeiro e nas duas primeiras semanas de fevereiro, estima-se que a execução física já tenha alcançado cerca de 50%.
As turbinas, que estão chegando em partes a Altamira (PA), já haviam sido objeto de contratos que totalizavam R$ 4,3 bilhões. Um dos acordos para produzir as unidades de geração foi firmado com um consórcio de três grandes fornecedores - a alemã Voith, a austríaca Andritz e a francesa Alstom - com valor de R$ 3,57 bilhões. O contrato prevê a fabricação de 20 turbinas, incluindo as seis máquinas do tipo bulbo que serão usadas em Pimental. O segundo contrato, de R$ 816 milhões, foi fechado com a argentina Impsa, que deverá entregar outras quatro turbinas.

A usina hidrelétrica de Belo Monte, que se aproxima da marca simbólica de 50% de execução física, faz neste mês um "mutirão de supercontratos" para entrar na segunda metade de suas obras. Os dois maiores negócios, no valor total de R$ 1,26 bilhão, envolvem toda a montagem eletromecânica dos equipamentos, nas duas casas de força da usina.

A Norte Energia, concessionária responsável pela construção e operação de Belo Monte, fechou contrato de R$ 1,038 bilhão para a integração dos equipamentos na barragem principal, onde serão gerados 11.000 megawatts (MW) de energia. O compromisso foi firmado ontem (13) com um consórcio formado pela brasileira Engevix (60%) e pela Toyo-Setal (40%), companhia ligada à japonesa Mitsui. No sítio Pimental, local onde está sendo construída a casa de força complementar, com 233,1 MW, foi celebrado um contrato de R$ 222 milhões com a austríaca Andritz.

O diretor-presidente da Norte Energia, Duílio Diniz de Figueiredo, faz uma alusão militar e usa a expressão "blitzkrieg" para descrever a ofensiva para entrar na segunda metade das obras. Segundo ele, os acordos são resultado de dois anos de negociações com as empresas escolhidas e seus valores ficaram "um pouco acima" do orçamento inicialmente planejado, mas sem extrapolar a margem de segurança com que a concessionária trabalha em suas previsões de custos.

No pico, a estimativa é que cerca de 2,2 mil operários vão trabalhar na montagem eletromecânica de Belo Monte e de Pimental, em atividades que vão permitir a colocação das 24 turbinas e toda a preparação para o início do funcionamento do complexo.

Apesar das paralisações frequentes, devido a liminares judiciais e greves de trabalhadores, Figueiredo mantém a previsão de entrada em operação da hidrelétrica de Belo Monte. Ele garante que os testes da primeira turbina vão começar em janeiro de 2016 e, dois meses depois, têm início a operação comercial.

A usina de 11.233 MW de potência instalada vai oferecer, efetivamente, 4.570 MW de garantia física -, mas essa geração, conforme as regras do contrato, será atingida progressivamente. "Não temos nenhum indício de adiamento", assegura o executivo. Em Pimental, que serve como suporte ao projeto principal, a previsão de início de operação permanece fevereiro de 2015.

Outros dois contratos menores estão em fase de ajustes finais e devem ser firmados até o fim deste mês. Eles somam R$ 179 milhões. Ambos são responsáveis por conectar as casas de força com as redes básicas de transmissão, o que engloba obras em subestações, a fim de integrar o complexo hidrelétrico ao sistema interligado nacional.

A usina de Belo Monte precisará de cinco linhas de 13,5 quilômetros, em 500 kV, para chegar à rede básica. Pimental necessitará de uma linha de 60 quilômetros, em 230 kV, para a conexão. Haverá dois contratos. Toda a parte de linhas será feita com a espanhola Isolux; as obras em subestações estão sendo fechadas com a São Simão, uma subsidiária da Cobra, com matriz na Espanha. "Esses contratos estão redigidos. Só falta assinar", afirma Figueiredo.

Até o fim de dezembro, segundo a concessionária, 45% das obras civis já haviam sido concluídas. Em janeiro e nas duas primeiras semanas de fevereiro, estima-se que a execução física já tenha alcançado cerca de 50%.

As turbinas, que estão chegando em partes a Altamira (PA), já haviam sido objeto de contratos que totalizavam R$ 4,3 bilhões. Um dos acordos para produzir as unidades de geração foi firmado com um consórcio de três grandes fornecedores - a alemã Voith, a austríaca Andritz e a francesa Alstom - com valor de R$ 3,57 bilhões. O contrato prevê a fabricação de 20 turbinas, incluindo as seis máquinas do tipo bulbo que serão usadas em Pimental. O segundo contrato, de R$ 816 milhões, foi fechado com a argentina Impsa, que deverá entregar outras quatro turbinas.

 

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