Workshop

ANTAQ aponta Engenharia Costeira como aliada da integração do transporte brasileiro

<P>A Engenharia Costeira deve ser entendida como um importante fator para a integração do transporte brasileiro. Essa é a opinião do superintendente de Navegação Interior da ANTAQ, Alex Oliva, que participou, nesta quarta-feira (9), do segundo dia do workshop Panorama Atual e Futuro da Engenha...

Assessoria
10/07/2008 00:00
Visualizações: 911 (0) (0) (0) (0)

A Engenharia Costeira deve ser entendida como um importante fator para a integração do transporte brasileiro. Essa é a opinião do superintendente de Navegação Interior da ANTAQ, Alex Oliva, que participou, nesta quarta-feira (9), do segundo dia do workshop Panorama Atual e Futuro da Engenharia Costeira no Brasil. O evento termina hoje (10) e é realizado na sede da Agência, em Brasília.

O superintendente afirmou que, ao formar profissionais capacitados, a Engenharia Costeira irá contribuir para a multimodalidade do transporte brasileiro. “Esses especialistas poderão auxiliar na integração entre transporte marítimo, transporte fluvial e porto. Essa integração é importante para o desenvolvimento do país”, ressaltou.
Alex Oliva aproveitou a presença de representantes dos meios acadêmico, governamental e empresarial e enalteceu a importância da construção de eclusas para garantir a navegabilidade dos rios brasileiros. Disse, também, que a hidrovia deve ser entendida como mitigação ambiental. “É preciso acabar com esse pensamento de que a implementação de hidrovias prejudica o meio ambiente. Isso é uma falácia, uma má interpretação da técnica. O transporte por hidrovia precisa de matas ciliares, emite menos gás carbônico do que os outros modais, é mais seguro e mais econômico.”

Durante seu discurso, o superintendente de Navegação Interior lembrou que a Bélgica tem uma malha hidroviária de 1450km e, no país europeu, os especialistas afirmam que investir em hidrovia é investir em meio ambiente. “No Brasil, só o rio Parnaíba tem 1440km de extensão. Portanto, precisamos investir no potencial hidroviário brasileiro e ajudar o meio ambiente e as nossas futuras gerações”, afirmou.

Temas

No workshop, até hoje (10), os participantes irão debater quatro temas: normatização e regulamentação técnica para a engenharia costeira; fomento à educação, à pesquisa e à inovação tecnológica; relacionamento entre universidade e empresa e criação de redes cooperativas.

Em relação ao primeiro tema, a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Nara Rosauro, propôs diversas ações para desenvolver a Engenharia Costeira no Brasil, entre elas a criação de uma Associação Brasileira de Engenharia Costeira e Portuária, de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e de um grupo de trabalho junto ao Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea).

De acordo com Nara Rosauro, a criação da associação, da Oscip e do grupo de trabalho facilitará a comunicação com outros atores relacionados à Engenharia Costeira. “Isso iria aumentar a facilidade de contato com o Ministério do Meio Ambiente, com o Confea e outros órgãos governamentais”, citou.

Sobre o fomento à educação, os debatedores chegaram ao consenso de que existe a necessidade de implantação de políticas/programas de incentivo específicos para a Engenharia Costeira; de inclusão de conteúdos em cursos de graduação de Engenharia Civil; de programa de pós-graduação interinstitucional no âmbito nacional; de produção de material bibliográfico em língua portuguesa atendendo aos níveis de graduação e pós-graduação; e de apoio a curso de formação interinstitucional e à distância.

Universidade e empresa

Já no tema “relacionamento entre universidade e empresa”, o professor André Guimarães, da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), apontou outras sugestões para o desenvolvimento da Engenharia Costeira no Brasil. Uma delas seria incentivar as universidades a abrirem concurso e aumentar salários de forma a estimular a procura pela área de Engenharia Costeira. Outras propostas apresentadas foram a de incentivar o repasse do conhecimento da universidade à iniciativa privada e a inserção de profissionais de Engenharia Costeira em prefeituras de cidades litorâneas.

Durante o workshop, os participantes também detectaram a necessidade de se fazer uma rede cooperativa visando ao desenvolvimento da Engenharia Costeira. De acordo com os especialistas, essa rede seria dividida em sub-redes, que abordariam diversos temas, entre eles o monitoramento dos processos oceanográficos costeiros, dragagem portuária e disposição final do material dragado e integração entre bacias hidrográficas e sistemas costeiros. 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Etanol
Anidro cai 2,48% e hidratado fecha em alta pela 2ª seman...
14/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória Petroshow 2025 consolida-se como o maior evento ...
13/04/25
Rio de Janeiro
Promoção Firjan e Infis, 3º Seminário Tributação em óleo...
11/04/25
Apoio Marítimo
Abastecimento inédito de HVO é realizado por efen e Wils...
11/04/25
Oportunidade
Presidente do IBP defende formação profissional para 400...
10/04/25
Vitória PetroShow 2025
Noite dos Âncoras celebra o sucesso do Vitória Petroshow...
10/04/25
Energia Solar
Parque Solar da Acelen está com 50% das obras concluídas
10/04/25
Etanol
Enersugar estabelece meta de 1,7 milhão de toneladas par...
10/04/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Bahia Oil & Gas Energy 2025 está com inscrições abertas
10/04/25
Internacional
Atvos fecha parceria com startup japonesa Tsubame BHB pa...
10/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória Petroshow movimenta quase R$ 1 bilhão em negócio...
09/04/25
Vitória PetroShow 2025
Primeiro Dia do Vitória PetroShow 2025: Petrobras anunci...
09/04/25
Negócio
SBM Offshore assina contrato de Sale and Leaseback de US...
09/04/25
Gasoduto
Cabedelo: João Azevêdo entrega gasoduto e prepara municí...
09/04/25
Resultado
BRAVA Energia registra aumento de 80% na produção do pri...
09/04/25
Gás Natural
Naturgy debate perspectivas e desafios do setor de gás n...
09/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória PetroShow 2025 reforça protagonismo do Espírito ...
09/04/25
Biocombustíveis
MME participa de semana de reuniões técnicas sobre combu...
09/04/25
Combustíveis
ETANOL/CEPEA: Preços iniciam nova safra em recuperação
09/04/25
Meio Ambiente
"Mercado de carbono precisa ser mais transparente e aces...
09/04/25
Combustíveis
Entenda por que o preço dos combustíveis está variando c...
09/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22