Energia Solar

Alemã Conergy chega ao Brasil de olho no potencial solar

Participação da energia solar está atraindo o interesse de empresas internacionais.

Valor Online
04/11/2014 11:53
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O foco do governo em incentivar a participação da energia solar na matriz brasileira está atraindo o interesse de empresas internacionais pelo Brasil. De olho no potencial da nova fonte, a alemã Conergy chega neste mês no país, de olho no potencial de desenvolvimento de novas usinas solares e num segmento ainda praticamente inexplorado por aqui: a instalação de placas solares nos tetos de prédios residenciais, comerciais e galpões industriais.
A regulamentação para esse tipo de construção ainda engatinha, mas a ideia é se estabelecer no Brasil para se antecipar aos concorrentes. "Com a crise hídrica, o governo tem dado mais atenção a esse tipo de energia e a tendência é que a regulamentação seja mais ágil", afirma Daniel Ades, sócio fundador da gestora Kawa Capital, que comprou o controle da Conergy em agosto de 2013.
O executivo é brasileiro, mas o fundo de investimento está baseado em Miami. Seu país natal voltou a entrar no radar com o interesse do Planalto em diversificar a matriz energética. O desempenho da fonte no Leilão de Energia de Reserva (LER), realizado na sexta-feira, contribuiu para reforçar o ânimo. O deságio de 18% em relação ao preço-teto de R$ 262 por megawatt-hora (MWh) surpreendeu o governo e especialistas.
A Conergy chegou a participar do leilão, com a oferta de 60 MW em um parque solar que seria instalada na Paraíba, mas não levou nenhum lote. "Os preços foram muito agressivos, esperávamos algo entre R$ 240 e R$ 245 por MWh. Abaixo disso, pela nossa modelagem, quem entrou vai perder dinheiro", avalia Ades. A companhia chegou a firmar um memorando de investimentos com uma fornecedora de equipamentos internacional, que passaria a montar as placas no Brasil - uma das exigências para o acesso ao crédito financiado do BNDES.
Apesar do fracasso no leilão, a contratação de mais de 1 GW por parte do governo na sexta-feira abriu um novo mercado a ser explorado pela Conergy. Ela aposta na experiência na instalação de mais de 300 parques solares em todo o mundo para assessorar outras empresas no país. "O leilão colocou o Brasil no mapa da energia solar", disse Ades. Ele não descarta a participação em novos certames, inclusive os estaduais. Ainda não há previsão do montante a ser investido. "É um mercado novo e ainda estamos avaliando o potencial", ressalta o executivo.

O foco do governo em incentivar a participação da energia solar na matriz brasileira está atraindo o interesse de empresas internacionais pelo Brasil.

De olho no potencial da nova fonte, a alemã Conergy chega neste mês no país, de olho no potencial de desenvolvimento de novas usinas solares e num segmento ainda praticamente inexplorado por aqui: a instalação de placas solares nos tetos de prédios residenciais, comerciais e galpões industriais.

A regulamentação para esse tipo de construção ainda engatinha, mas a ideia é se estabelecer no Brasil para se antecipar aos concorrentes. "Com a crise hídrica, o governo tem dado mais atenção a esse tipo de energia e a tendência é que a regulamentação seja mais ágil", afirma Daniel Ades, sócio fundador da gestora Kawa Capital, que comprou o controle da Conergy em agosto de 2013.

O executivo é brasileiro, mas o fundo de investimento está baseado em Miami. Seu país natal voltou a entrar no radar com o interesse do Planalto em diversificar a matriz energética.

O desempenho da fonte no Leilão de Energia de Reserva (LER), realizado na sexta-feira, contribuiu para reforçar o ânimo. O deságio de 18% em relação ao preço-teto de R$ 262 por megawatt-hora (MWh) surpreendeu o governo e especialistas.

A Conergy chegou a participar do leilão, com a oferta de 60 MW em um parque solar que seria instalada na Paraíba, mas não levou nenhum lote. "Os preços foram muito agressivos, esperávamos algo entre R$ 240 e R$ 245 por MWh. Abaixo disso, pela nossa modelagem, quem entrou vai perder dinheiro", avalia Ades.

A companhia chegou a firmar um memorando de investimentos com uma fornecedora de equipamentos internacional, que passaria a montar as placas no Brasil - uma das exigências para o acesso ao crédito financiado do BNDES.

Apesar do fracasso no leilão, a contratação de mais de 1 GW por parte do governo na sexta-feira abriu um novo mercado a ser explorado pela Conergy.

Ela aposta na experiência na instalação de mais de 300 parques solares em todo o mundo para assessorar outras empresas no país. "O leilão colocou o Brasil no mapa da energia solar", disse Ades.

Ele não descarta a participação em novos certames, inclusive os estaduais. Ainda não há previsão do montante a ser investido. "É um mercado novo e ainda estamos avaliando o potencial", ressalta o executivo.

 

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