Internacional

Agências divergem sobre petróleo necessário para atender demanda

Bloomberg, 16/07/2021
16/07/2021 18:55
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A Opep+ precisa aumentar a produção para equilibrar o mercado global nos próximos meses. Com isso, todos concordam. Mas não há unanimidade sobre o volume de petróleo que a aliança terá que bombear.

A Agência Internacional de Energia, a Administração de Informações sobre Energia dos Estados Unidos e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo afirmam que a demanda global continuará a se recuperar pelo menos até o fim do próximo ano.

Nesse ponto, as três veem o consumo ultrapassando os níveis comparáveis de 2019 e atingindo novas máximas. Mas ainda há divergências sobre os caminhos que serão percorridos para chegar lá.

DivulgaçãoA Administração de Informações sobre Energia dos Estados Unidos, ou EIA na sigla em inglês, é a mais otimista das três principais agências de previsão.

Ao contrário da AIE e da Opep, a EIA não vê uma queda sazonal significativa da demanda no início do próximo ano, pois a contínua recuperação econômica compensaria quase todos os efeitos sazonais que normalmente afetam o consumo de petróleo no primeiro semestre.

Como resultado, a agência governamental dos EUA vê a demanda global por petróleo acima do nível comparável pré-Covid já no segundo trimestre de 2022.

A Opep prevê que o consumo atingirá esse patamar no trimestre seguinte, sendo que a AIE tem uma visão mais cautelosa sobre a recuperação, com a mesma estimativa consolidada apenas nos últimos três meses de 2022.

Os três grupos esperam que o crescimento da demanda por petróleo desacelere para níveis vistos antes de 2020 diante do menor impacto da pandemia de Covid-19, que já não influenciaria as comparações anuais.

Nenhuma agência vê a demanda por petróleo atingir um pico em uma base global, mas a AIE se destaca como a única das três a prever que o consumo nas nações desenvolvidas da OCDE cairá abaixo dos níveis do ano anterior no último trimestre de 2022, com a Europa sendo a primeira região a registrar queda.

Mas a normalização das taxas de crescimento da demanda não significa que o mercado de petróleo esteja se equilibrando, longe disso.

Tendo feito um trabalho impressionante em cumprir as metas de produção durante a primeira fase de recuperação do petróleo, a Opep+ agora precisa mostrar a mesma coesão durante a próxima fase. Por enquanto, o grupo teve de enfrentar uma recuperação mais lenta do que o previsto no acordo de abril de 2020, exigindo atrasos na flexibilização de metas e cortes adicionais da Arábia Saudita.

Isso deve mudar. O acordo original não previa nenhum aumento da produção até expirar no final de abril de 2022, mas isso deixará o mercado global com falta de petróleo, pois os estoques excedentes acumulados durante o auge da pandemia se esgotaram.

Que a Opep+ precisa elevar a produção não é contestado. Mas o quanto mais precisa bombear depende de compartilhar a visão mais otimista sobre a demanda da EIA ou as perspectivas mais cautelosas da AIE e da Opep.

A diferença é de 2 milhões a 3 milhões de barris por dia por até seis meses. Isso vai exigir uma gestão prática de suprimentos por parte do grupo de produtores.

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