Redação/Assessoria
Com o calendário de leilões e outros programas de estímulo, a indústria de petróleo vive um novo momento. Nesse contexto, conhecer as principais perspectivas, desafios e tendências desse mercado é primordial para a tomada de decisões das empresas. A fim de apresentar informações e análises especializadas sobre o mercado de petróleo, o Sistema Firjan lançou a 2ª edição do Anuário da Indústria de Petróleo no Rio de Janeiro, em um evento que reuniu os principais atores desse segmento.
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Federação, ressaltou a importância da indústria de petróleo e gás para a economia fluminense. “O petróleo tem um grande potencial de agregar valor, emprego e renda. É primordial que possamos trabalhar na produção de petróleo rapidamente. Nosso estado é privilegiado e tem toda a capacidade de entregar bens e serviços para esse mercado”, afirmou.
Décio Oddone, diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), falou sobre as rodadas de licitação programadas para este ano e seu potencial para atração de investidores nacionais e internacionais. Contudo, ele pontuou que é necessário adotar ações de fomento no curto prazo: “Há cerca de 50 projetos de produção paralisados pelas mais diferentes razões. Devemos resolver essas questões para abrir espaço de crescimento para o mercado”.
Neste ano estão programadas a 14ª Rodada de Blocos para Exploração e Produção, em 27 de setembro, e a 2ª e 3ª Rodadas do Pré-sal, em 27 de outubro. Márcio Félix, secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), destacou que os leilões abrem perspectivas para o estado do Rio. “Temos a maior oportunidade de petróleo do mundo, com cinco bilhões de barris descobertos, inclusive no litoral do estado. É uma reserva com alta produtividade”, detalhou.
Já o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Jorge Camargo, pontuou que o desenvolvimento desse mercado demanda que o país proporcione condições favoráveis e segurança jurídica às empresas.
“Vivemos uma janela de oportunidades extraordinária no estado do Rio. É a unidade federativa que tem mais a oferecer e receber da indústria de petróleo. Temos que aproveitar para fazer as economias fluminense e nacional avançarem”, defendeu Camargo.
Visão do mercado
A 2ª edição do Anuário da Indústria de Petróleo no Rio de Janeiro é dividida em quatro capítulos, que abordam os temas Exploração e Produção; Abastecimento; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; e Reflexos Socioeconômicos. Reunindo artigos dos principais atores do mercado, o Anuário traz a visão de especialistas sobre os desafios e oportunidades das atividades de petróleo, além de dados e informações qualificadas sobre a indústria fluminense. De acordo com o documento, esse mercado contribuiu com US$ 10 bilhões de saldo positivo para as contas públicas do estado do Rio em 2016.
“As empresas voltaram a apresentar lucro e discutir investimentos. Temos, agora, que trabalhar para agregar valor aos nossos ativos. Precisamos atuar em conjunto para que o operador possa produzir óleo, a indústria fornecedora oferecer bens e serviços e a sociedade se beneficiar dessa riqueza”, disse Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval do Sistema Firjan.
O evento contou com um segundo painel de debates, em que representantes da indústria e da academia apresentaram sua visão sobre o mercado.
Participaram Bruno Musso, diretor-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip); Telmo Ghiorzi, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Petróleo (ABESPetro); Fernando Borges, gerente executivo de Libra da Petrobras; e Adilson de Oliveira, membro do Conselho Curador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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