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Um chamado da área de tecnologia às mulheres, por Gabriela Vicari

Redação TN Petróleo/Assessoria
07/03/2023 11:20
Um chamado da área de tecnologia às mulheres, por Gabriela Vicari Imagem: Divulgação Visualizações: 1236 (0) (0) (0) (0)

Até 2025, o Brasil terá uma demanda de 797 mil vagas para profissionais de TI, segundo o último levantamento da Brasscom, a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais. Mas o relatório, além de mostrar o quanto esse mercado está aquecido no País, também aponta um problema: falta mão de obra especializada para preencher essas vagas. De acordo com a entidade, a demanda anual de profissionais da área é de 159 mil, porém apenas 53 mil pessoas têm se formado em cursos de perfil tecnológico, o que gera um déficit de 106 mil talentos.

Nesse cenário, onde a busca por profissionais técnicos é incessante, um jeito de preencher essas vagas é incluir mais mulheres, que buscam igualdade e oportunidades no setor de tecnologia.

Nos últimos anos, as mulheres passaram a ocupar mais espaço nessa área ainda dominada por homens. Um levantamento realizado pela Catho, em 2022, mostrou que houve um aumento de 2,1% na presença feminina em cargos de tecnologia em comparação ao ano anterior. Pelo estudo, as mulheres ocupavam 23,1% dos postos de trabalho nesse setor – os homens ficavam com 76,9% das vagas.

Os dados revelam que as mulheres começaram a se empoderar também nessa área tida como masculina. Fomos por muito tempo excluídas do mercado de trabalho, mas fato é que sempre tivemos habilidades em matemática e cálculos. É só olhar a história. Ada Lovelace, nascida em 1815, foi uma matemática e escritora inglesa e hoje é reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina. Ou seja, foi a primeira programadora do mundo, antes mesmo de existir computadores.

Durante a 2ª Guerra Mundial, o primeiro computador foi operado por um grupo de seis programadoras, que toparam fazer parte do projeto ENIAC do exército norte-americano. Elas trabalharam incessantemente para oferecer dados para que os militares tomassem decisões mais estratégicas. Ou seja, pensamento lógico, conhecimentos de matemática e habilidades técnicas sempre habitaram corpos femininos.

Além das competências técnicas, muitas mulheres desenvolveram também os “soft skills”, como comunicação, escuta ativa e empatia, “super poderes” esses que podem transformar problemas em soluções inovadoras, tornando as mulheres excelentes líderes em suas empresas.

De acordo com um estudo da McKinsey, companhias com mais mulheres em posições de liderança, obtiveram um resultado operacional 48% maior e uma força de crescimento no faturamento 70% superior, quando comparado com a média da indústria. Isso se deve aos modos de visão que as mulheres trazem no momento de tomar decisões, baseadas em seus soft skills.

Mas nem tudo são flores e ainda há grandes desafios a se enfrentar.

Durante a pandemia de COVID-19, muitas mulheres assumiram uma jornada de trabalho extensa, perderam seus empregos ou optaram por deixar a carreira de lado para cuidar dos filhos e/ou idosos, como pais e sogros. As que se mantiveram no trabalho, lidam diariamente com a descrença de suas capacidades e habilidades e outras situações que provocam uma sensação de esgotamento. Esse cenário elevou a 73% o número de casos de burnouts em mulheres em relação aos homens, segundo estudo FEEx – FIA Employee Experience.

Apesar de todo estresse, mulheres ainda continuam crescendo como líderes mais fortes, empáticas, inovadoras e inclusivas, apoiando mais e mais suas equipes e promovendo ações de diversidade, equidade e inclusão em todos os setores, principalmente em tecnologia.

Portanto, vamos assumir o nosso lugar, mostrar nossa competência e exigir igualdade de salários e oportunidades. Por isso, é preciso que as mulheres ocupem cada vez mais os espaços da formação técnica e usem (e abusem) de seus soft skills. Um tsunami digital e transformação no jeito de se relacionar se aproxima e estaremos preparadas para surfar esse onda e sermos protagonistas nessa revolução. 

Sobre a autora: Gabriela Vicari, sócia-diretora da IT Mídia

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