Redação TN Petróleo/Assessoria
A Vestas lança um programa pioneiro para verificar de que maneira o primeiro navio de transferência de tripulação (CTV, em inglês) movido a hidrogênio verde do mundo pode contribuir para a redução das emissões de carbono de suas operações offshore. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Windcat Workboats.
O CTV é alimentado por uma solução bicombustível, movida a hidrogênio combinado à gasóleo marítimo. O hidrogênio combustível não contém carbono, o que mostra o potencial de reduzir significativamente as emissões de CO2 e com a mesma potência.
A solução, que será lançada em 15 de julho, é parte de um programa piloto no parque eólico Norther no Mar do Norte belga. Em execução até o final de 2022, o programa irá oferecer a oportunidade para a Vestas explorar as abordagens mais escaláveis para incorporar esse hidrocarboneto em sua configuração operacional. O objetivo do teste será coletar informações sobre as oportunidades e limitações das embarcações movidas a hidrogênio verde nas operações diárias.
“Setores de difícil descarbonização, como o transporte marítimo, serão a fronteira final em nossa jornada global rumo à descarbonização. O hidrogênio é uma tecnologia crucial para avançarmos nesse caminho e é por isso que a Vestas está ansiosa para testar seu potencial para reduzir as emissões de nossas operações de serviço. A aplicação mais ampla de tecnologias de descarbonização só poderá progredir com o apoio de líderes do setor e é por isso que a Vestas tem orgulho de conduzir esse piloto”, afirma Christian Venderby, vice-presidente executivo de Serviços da Vestas.
As emissões de carbono associadas às operações offshore representam atualmente um terço das emissões de escopo 1 e 2 da Vestas, portanto, a implantação de embarcações movidas a hidrogênio será crucial para a jornada de sustentabilidade da companhia. O novo CTV tem potencial para deixar de emitir 158 toneladas de CO2 na atmosfera, uma redução estimada de 37% do que é observado de uma embarcação tradicional. Essa economia será validada durante o piloto, além de explorar como a solução pode ser ampliada caso se prove o impacto nas difusões de escopo 1 e 2 da Vestas.
Atualmente, o navio está projetado para ser alimentado principalmente por hidrogênio cinza devido à falta de sua variante verde disponível nas quantidades necessárias. Por meio do teste, a Vestas visa amadurecer um caminho para o hidrogênio verde em suas operações offshore, que pode ser aproveitado quando ele atingir o nível de maturidade necessário.
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