Importante para compreender a dinâmica da indústria do gás no
Brasil e no mundo, a publicação, lançada ontem (27) na sede do
Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) é dos
autores Edmar de Almeida e Marcelo Colomer, do Grupo de
Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).
O livro trata dos motores do processo de mudança que a indústria
brasileira de gás está passando, mas também traz um panorama
da situação internacional, onde o gás também se encontra em
transição.
Durante o lançamento da publicação, Marcelo Colomer lembrou
que até a década de 70 o gás era um"figurante" e que o mesmo
nasceu para ajudar a indústria do petróleo. A partir da década de
80, os choques do petróleo que abriram espaço para as novas
energias e as inovações tecnológicas, contribuíram para a
mudança na indústria do gás. "Inovações essas como, a
disseminação das plantas de ciclo combinado do setor
termoelétrico, que abrem um imenso espaço para o setor de gás
se expandir no mundo; o aperfeiçoameno de tecnologias para o
transporte de Gás natural liquefeito (GNL), como liquefação e
regaseificação; e no caso dos países em desenvolvimento, a
difusão do gás no uso veicular", ressaltou.
Segundo Colomer, essas mudanças estruturais e regulatórias
foram determinantes para este novo momento da indústria de gás -
que fizeram de fato o gás se tornar um negócio - e de acordo com
ele, alguns elementos que explicam a transição do gás no mundo
são a descoberta dos reservatórios não convencionais, o
descolamento do preço do gás, o gás competitivo frente ao
petróleo, as pressões ambientais que favorecem o gás natural e as
metas ousadas da participação do gás na matriz energética
chinesa.
"O gás não-convencional pode ter um papel protagonista na
transição energética. Entretanto, ainda persistem muitas incertezas
quanto à dinâmica econômica, política e regulatória da indústria do
gás", informou ele.
Na ocasião, o pesquisador Edmar de Almeida, falou sobre a
situação brasileira do gás, que foi reestruturada recente. Almeida
apontou que a indústria nacional de gás teve um desenvolvimento
tardio e foi caracterizada por três questões básicas: a escassez de
gás doméstico e dependência das importações, o papel central da
Petrobras na estruturação da cadeia produtiva, e a inserção do
gás na matriz elétrica através de usinas térmicas que operam em
complementação à produção hidrelétrica.
"O gás natural também pode ser uma ótima oportunidade para o
Brasil. Pelo lado da oferta, devido ao grande potencial das bacias
terrestres com novas tecnologias e ao pré-sal. E pelo lado da
demanda, contribuindo para melhorar a eficiência energética,
aumentar a competitividade da indústria e melhorar a segurança
do abastecimento elétrico", indicou.
No entado, Almeida disse que a oferta doméstica só será
abundante se a produção de gás natural for um negócio
interessante e rentável para as empresas. E os desafios são a
criação de um novo modelo: uma política para promoção do
investimento em produção e transporte de gás, o acesso
competitivo aos mercados existentes e a melhoria das condições
da inserção do gás na geração elétrica.
"O gás tem que sair da lógica de subproduto. Com dois
ingredientes, acreditamos que conseguiremos avançar nesses
desafios: falta vontade política e regulação forte", enfatizou.
Essas foram algumas das motivações que levaram os
pesquisadores a escrever o livro. A publicação, da Editora
Synergia, contou ainda com o apoio da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
Importante para compreender a dinâmica da indústria do gás no Brasil e no mundo, a publicação, lançada ontem (27) na sede do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) é dos autores Edmar de Almeida e Marcelo Colomer, do Grupo de Economia da Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O livro trata dos motores do processo de mudança que a indústria brasileira de gás está passando, mas também traz um panorama da situação internacional, onde o gás também se encontra em transição.
"O gás não-convencional pode ter um papel protagonista na transição energética. Entretanto, ainda persistem muitas incertezas quanto à dinâmica econômica, política e regulatória da indústria do gás", informou o pesquisador Marcelo Colomer.
Na ocasião, o pesquisador Edmar de Almeida, falou sobre a situação brasileira do gás, que foi reestruturada recente. Ele disse que o gás natural também pode ser uma ótima oportunidade para o Brasil, tanto pelo lado da oferta, quanto pelo lado da demanda.
"No entanto, a oferta doméstica só será abundante se a produção de gás natural for um negócio interessante e rentável para as empresas. E os desafios são a criação de um novo modelo: uma política para promoção do investimento em produção e transporte de gás, o acesso competitivo aos mercados existentes e a melhoria das condições da inserção do gás na geração elétrica", apontou.
Segundo os autores, o gás tem que sair da lógica de subproduto. E eles acreditam que só conseguiremos isso se avançarmos nesses desafios: falta vontade política e regulação forte.
Essas foram algumas das motivações que levaram os pesquisadores a escrever o livro. A publicação, da Editora Synergia, contou ainda com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).