Portos

Terminal Ponta do Felix tenta recuperar tempo e clientes perdidos

"Estamos 10 anos atrasados." A frase do diretor-presidente do Terminais Portuários da Ponta do Félix, Luiz Henrique Dividino, sinaliza que há pressa para colocar uma série de medidas em ação, após alterações societárias

Valor Econômico
12/05/2010 14:03
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"Estamos 10 anos atrasados." A frase do diretor-presidente do Terminais Portuários da Ponta do Félix, Luiz Henrique Dividino, sinaliza que há pressa para colocar uma série de medidas em ação, após alterações societárias acertadas no fim do ano que resultaram na saída da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e do fundo de pensão Funbep do negócio. As participações dos dois, que somavam 59%, foram compradas pela Equiplan, dona do operador portuário Fortesolo, de Paranaguá, que atua com fertilizantes e cargas gerais. A intenção agora é trazer de volta clientes que usaram o terminal no passado e conquistar novos, em especial das áreas de congelados, celulose e siderurgia.

 

 

 

 A cabotagem também entrou no alvo, após desconto tarifário de 50% aprovado recentemente pelo Conselho de Autoridade Portuária de Antonina, onde fica o Ponta do Félix e o porto público Barão de Teffé, que está parado. O plano prevê que o transporte marítimo na costa nacional tire cargas das rodovias e represente 40% da movimentação de mercadorias no local. "Deixamos de ser o porto da Previ. Viramos a página e passamos a trabalhar na reconstrução", disse Dividino, administrador que havia assumido o cargo um ano antes da transação e foi mantido pela nova administração. Concedido à iniciativa privada em 1995, o terminal começou a funcionar apenas em 2000, porque as obras demoraram mais que o esperado, e recebeu investimentos de cerca de R$ 160 milhões.

 

 

Dividino conta que os fundos ficaram desmotivados e o processo de venda começou em 2003. No processo houve desgaste com o governo do Paraná, que queria tornar o terminal público por meio da compra das ações pela Fundação Copel ou pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Em 2008, havia sete empresas interessadas no negócio, entre elas a canadense Potash Corporation of Saskatchewan (PCS) e também companhias nacionais. A crise econômica e dificuldades nas negociações, após perdas de licenças do terminal, prolongaram o processo e os últimos anos foram de queda na movimentação de mercadorias.

 

 

No ano passado, foram movimentadas 88 mil toneladas e a intenção é voltar, em 2011, ao volume de 1 milhão de toneladas, alcançado em 2005. A meta do terminal é chegar a 2,5 milhões de toneladas por ano em 2014. Para isso, foi feita uma dragagem inicial emergencial para resgatar o calado de 8,1 metros e o trabalho terá de ter continuidade para chegar a 9,5 metros. Está previsto o investimento de R$ 16 milhões com recursos do próprio terminal em equipamentos e na construção de um ramal ferroviário com 2,4 quilômetros, em parceria com a América Latina Logística (ALL).

 

 

A Equiplan teria pago cerca de R$ 40 milhões pelas ações dos antigos sócios. O terminal tem dois berços de atracação de navios, mas Dividino explica que é possível aumentar esse espaço e também ampliar o pátio e as instalações, para trabalhar também com contêineres. O transporte de veículos é outro item que está nos planos. "O segmento portuário trabalha com confiança", diz o executivo, sobre o trabalho em andamento para fechar contratos. No ano passado, o terminal teve faturamento de R$ 16 milhões e prejuízo de R$ 10,3 milhões. O ano de 2010 ainda vai ser fechado no vermelho. A concessão do terminal vai até 2022 e pode ser prorrogada.  

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