Fiscalização

TCU constata novos atrasos nas tubovias do Comperj

Em 2012 foi detectada irregularidade grave na fase de licitação.

TCU
14/04/2014 17:55
Visualizações: 1255

 

O TCU realizou auditoria para avaliar as medidas implementadas pela Petrobras para compatibilizar o cronograma de execução das obras das tubovias do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) com o planejamento para início da sua operação. A fiscalização revelou que as obras das tubovias estão atrasadas e completamente paralisadas.
As obras de construção e montagem das tubovias do Comperj vêm sendo acompanhadas pelo TCU desde 2012, ano em que foi detectada irregularidade grave na fase de licitação (desclassificação injustificada de três concorrentes), o que ensejaria anulação do procedimento. Ante o risco de danos aos cofres públicos no caso de ser realizada nova licitação, que poderiam atingir a cifra de R$ 1,5 bilhão, o tribunal decidiu pela manutenção do andamento do contrato, sem prejuízo da apuração das responsabilidades pelas irregularidades.
Em nova fiscalização, no ano de 2013, o TCU constatou atrasos de sete meses nas obras das tubovias, em virtude de dificuldades financeiras da empreiteira contratada em pagar seus fornecedores e por impactos causados por chuvas.
Em novo acompanhamento, realizado em dezembro último, foi detectado um descompasso de quase um ano entre o avanço previsto e o efetivamente realizado. Diante do insucesso de medidas de replanejamento e do agravamento do atraso na execução dos serviços, a empresa contratada para realização das obras propôs à Petrobras a formação de consórcio com outras construtoras para assumir o restante das obras. Caso a formação do consórcio seja autorizada, as empresas terão a missão de realizar serviços previstos originalmente para três anos em um período de apenas dois anos.
As tubovias constituem um elemento essencial de interligação entre as diferentes unidades da refinaria do Comperj. O cronograma de conclusão das tubovias interfere diretamente na execução de outras obras e contratos do Complexo, que dependem das interligações para a realização de testes e finalização dos trabalhos de construção. Assim, eventuais atrasos no cronograma das tubovias certamente implicarão aditivos nos demais contratos de construção de unidades dependentes de sua estrutura. Esse potencial atraso ainda pode dar origem a perdas de receita da ordem de R$ 213 milhões mensais, conforme estimativa apresentada pela Petrobras.
A relatora do processo, ministra Ana Arraes, ressaltou o fato de “a estatal ter abdicado de aplicar, até a época da auditoria, sanção mais forte do que cartas de advertência, sem nenhum efeito prático”, apesar do histórico de deficiências e inadimplementos da empresa contratada.
Diante do cenário, o TCU determinou a audiência dos responsáveis pelo contrato de construção das tubovias em razão da ausência de providências para propor aplicação de sanções regulamentares à empresa contratada. O tribunal também solicitará esclarecimentos à presidente e ex-presidente da Petrobras em razão de eventual omissão na defesa dos interesses da estatal e pela ausência de ações efetivas para evitar o aumento dos atrasos já verificados nas obras das tubovias do Comperj.
O tribunal determinou ainda que a Petrobras informe o resultado do pedido de formação do consórcio apresentado pela empresa contratada, juntamente com todas as informações do novo cronograma físico-financeiro da obra.

O TCU realizou auditoria para avaliar as medidas implementadas pela Petrobras para compatibilizar o cronograma de execução das obras das tubovias do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) com o planejamento para início da sua operação. A fiscalização revelou que as obras das tubovias estão atrasadas e completamente paralisadas.

As obras de construção e montagem das tubovias do Comperj vêm sendo acompanhadas pelo TCU desde 2012, ano em que foi detectada irregularidade grave na fase de licitação (desclassificação injustificada de três concorrentes), o que ensejaria anulação do procedimento. Ante o risco de danos aos cofres públicos no caso de ser realizada nova licitação, que poderiam atingir a cifra de R$ 1,5 bilhão, o tribunal decidiu pela manutenção do andamento do contrato, sem prejuízo da apuração das responsabilidades pelas irregularidades.

Em nova fiscalização, no ano de 2013, o TCU constatou atrasos de sete meses nas obras das tubovias, em virtude de dificuldades financeiras da empreiteira contratada em pagar seus fornecedores e por impactos causados por chuvas.

Em novo acompanhamento, realizado em dezembro último, foi detectado um descompasso de quase um ano entre o avanço previsto e o efetivamente realizado. Diante do insucesso de medidas de replanejamento e do agravamento do atraso na execução dos serviços, a empresa contratada para realização das obras propôs à Petrobras a formação de consórcio com outras construtoras para assumir o restante das obras. Caso a formação do consórcio seja autorizada, as empresas terão a missão de realizar serviços previstos originalmente para três anos em um período de apenas dois anos.

As tubovias constituem um elemento essencial de interligação entre as diferentes unidades da refinaria do Comperj. O cronograma de conclusão das tubovias interfere diretamente na execução de outras obras e contratos do Complexo, que dependem das interligações para a realização de testes e finalização dos trabalhos de construção. Assim, eventuais atrasos no cronograma das tubovias certamente implicarão aditivos nos demais contratos de construção de unidades dependentes de sua estrutura. Esse potencial atraso ainda pode dar origem a perdas de receita da ordem de R$ 213 milhões mensais, conforme estimativa apresentada pela Petrobras.

A relatora do processo, ministra Ana Arraes, ressaltou o fato de “a estatal ter abdicado de aplicar, até a época da auditoria, sanção mais forte do que cartas de advertência, sem nenhum efeito prático”, apesar do histórico de deficiências e inadimplementos da empresa contratada.

Diante do cenário, o TCU determinou a audiência dos responsáveis pelo contrato de construção das tubovias em razão da ausência de providências para propor aplicação de sanções regulamentares à empresa contratada. O tribunal também solicitará esclarecimentos à presidente e ex-presidente da Petrobras em razão de eventual omissão na defesa dos interesses da estatal e pela ausência de ações efetivas para evitar o aumento dos atrasos já verificados nas obras das tubovias do Comperj.

O tribunal determinou ainda que a Petrobras informe o resultado do pedido de formação do consórcio apresentado pela empresa contratada, juntamente com todas as informações do novo cronograma físico-financeiro da obra.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
iBEM26
Startup Day vai mostrar tendências e inovações do setor ...
17/12/25
PD&I
Rio ganha novo Centro de Referência em Tecnologia da Inf...
17/12/25
Etanol de milho
Produção de etanol de milho cresce, mas disputa por biom...
17/12/25
Gás Natural
Produção de gás natural bate recorde no Brasil, e consum...
17/12/25
Biodiesel
ANP reúne representantes de laboratórios para discussões...
17/12/25
Pré-Sal
Cerimônia marca início da produção do campo de Bacalhau,...
17/12/25
Logística
Santos Brasil recebe autorização para operar com capacid...
16/12/25
Indicadores
ETANOL/CEPEA: Indicadores são os maiores da safra 25/26
16/12/25
Sergipe
Projeto Sergipe Águas Profundas reforça expansão da ofer...
15/12/25
Etanol
Hidratado sobe pela 9ª semana seguida
15/12/25
Meio Ambiente
Shell Brasil, Petrobras e CCARBON/USP lançam o Carbon Co...
12/12/25
Energia Solar
Desafios de topografia na geração de energia solar: conh...
12/12/25
Oferta Permanente
Seminário da ANP apresenta informações sobre a Oferta Pe...
12/12/25
Drilling
SLB conclui a construção do primeiro poço de injeção de ...
12/12/25
Drilling
Shell assina contrato com a Valaris para uso de sonda of...
12/12/25
Royalties
Estudo revela proporção de royalties na receita municipa...
12/12/25
Sergipe Oil & Gas 2026
SOG26 destaca Sergipe como nova fronteira na produção de...
12/12/25
Biocombustíveis
Sessão especial celebra 8 anos do RenovaBio e reforça su...
12/12/25
Navegação Interior
A Revolução Livre de Graxa no setor de embarcações de se...
12/12/25
Reconhecimento
IBP conquista novamente o "Oscar dos Eventos" com a ROG....
11/12/25
Firjan
Rio pode ganhar mais 676 mil empregos com estímulo a 9 n...
10/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.