Cientistas americanos afirmam que o suco de melancia pode ser a nova fonte de energia renovável. Um estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos indica que o potencial para transformar melancia em biocombustível não afetará a produção de alimentos porque a ideia é usar melancias que foram “descartadas” pelos produtores por apresentar imperfeições.
O açúcar da melancia pode ser fermentado e destilado em álcool para a indústria e servir como combustível para carros.
Todos os anos, os supermercados e varejistas rejeitam 360 mil toneladas de fruta. Cerca de um quinto da safra anual de melancia é deixada no próprio campo porque a superfície da fruta fica danificada ou cresce em um formato diferente do aceito pelos consumidores. Esse “excedente” poderia ser transformado em quase nove milhões de litros de biocombustível.
O estudo foi publicado no jornal Biotecnologia para Biocombustíveis, mostrando que melancias poderiam produzir cerca de 20 galões de combustível por acre, sem desperdício.
A produção de biocombustíveis é uma das metas dos governos de nações desenvolvidas como forma de ampliar seus projetos de fontes renováveis de energia. A União Européia tem como meta que 5,75% do combustível usado em transporte até 2010 venha de fontes renováveis.
No Fórum de Energia Alternativa de Abu Dabi, os biocombustíveis foram a grande ausência. O Brasil tem 45% de fontes renováveis em sua matriz, enquanto taxa de renováveis é de apenas 12% no mundo e pior, apenas 6% entre países ricos. O país já apresentou seu projeto de uso de biocombustível a partir da cana de açúcar aos Estados Unidos, que foi bem recebido pelo governo de Barack Obama, mas enfrenta oposição dos plantadores de milho - apontado até agora como matriz preferencial de biocombustíveis.