Internacional

Southampton se prepara para expansão

O Porto de Southampton, o mais eficiente complexo marítimo do Reino Unido na movimentação de contêineres e o segundo em volume nesse tipo de operação se prepara para investir em infraestrutura, a fim de se preparar para receber a nova geração d

A Tribuna
21/09/2012 14:08
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Os reflexos da crise financeira internacional ainda são percebidos no Porto de Southampton, o mais eficiente complexo marítimo do Reino Unido na movimentação de contêineres e o segundo em volume nesse tipo de operação. Mas isso não o impede de investir em sua infraestrutura, a fim de se preparar para receber a nova geração de navios conteineiros, a dos Ultra Large Container Ships (ULCS, sigla em inglês para navios de contêineres ultragrandes), capazes de transportar 16 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).

A partir do próximo ano cerca de 150 milhões de libras (quase R$ 500 milhões) devem ser aplicadas para que o porto possa atender esses cargueiros.

As principais operações de Southampton - localizado a 126 quilômetros a sudoeste da capital do país, Londres - e seus planos de expansão foram conhecidos na quinta-feira (20) por empresários e autoridades do Porto de Santos que realizam uma série de visitas técnicas aos complexos ingleses. Essas atividades complementam a programação da 10ª edição do Santos Export - Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, que ocorreu nos últimos dias 13 e 14 de agosto, no Guarujá.

Líder no movimento de navios de passageiros e no embarque e desembarque de carros no Reino Unido, Southampton conta com apenas um terminal de contêiner. A instalação é administrada pela Dubai Ports (DP) World, estatal dos Emirados Árabes Unidos que é a terceira maior operadora de terminais de contêineres do mundo. A companhia tem 51% das ações da unidade. O restante é de propriedade da Associated British Ports (ABP), responsável pela gestão de 21 complexos, entre eles, Southampton.

O projeto de expansão do terminal envolve duas ações principais. A primeira é a ampliação de seu cais, atualmente com 1,3 quilômetro de extensão. Essa dimensão permite a atracação simultânea de quatro conteineiros Post Panamax Plus, que têm 335 metros de comprimento, em média, e são capazes de carregar cerca de 8 mil TEUs. Este é o maior tipo de navio a escalar hoje no complexo. Durante a visita da comitiva do Santos Export, uma embarcação como essa, a Vienna Express, estava em um dos berços da empresa.

Como as armadoras que utilizam a instalação anunciaram que vão trazer para Southampton, a partir de 2014, navios do tipo ULCS, que têm 440 metros de comprimento, a DP World e a ABP decidiram aumentar a linha do costado em 500 metros, para 1,8 quilômetro. Dessa forma, será mantida a capacidade para receber quatro navios.

Esse novo trecho de cais terá uma profundidade de 16 metros, suficiente para receber os cargueiros, com 15,5 metros de calado. Atualmente, os berços do terminal apresentam 14 metros de profundidade.


Obras

Os trabalhos de ampliação da infraestrutura devem começar no próximo ano, de acordo com os técnicos da DP World que recepcionaram o grupo do Porto de Santos.

O projeto de expansão do terminal também prevê a compra de cinco portêineres, específicos para a operação de navios ULCS (com lanças maiores). A aquisição deve ser fechada ainda este ano e os equipamentos devem ser entregues no segundo semestre de 2013. Hoje, a instalação conta com 12 portêineres, seis deles para navios post-panamax.

De acordo com a DP World, o projeto ampliará a capacidade operacional de Southampton para 2,8 milhões de TEUs por ano. O potencial atual não foi revelado. Mas a unidade chegou a embarcar ou desembarcar um volume de 1,7 milhão de TEUs em 2007, antes da atual crise financeira, que lançou a economia mundial e o comércio internacional em uma recessão. Seus efeitos ainda são sentidos na movimentação de cargas do terminal, que escoou 1,5 milhão de TEUs no ano passado.

No Reino Unido, o principal porto em movimentação de contêineres é Felixstowe, na costa oeste da Inglaterra. No último ano, o complexo carregou ou descarregou 3,5 milhões de TEUs. Cada navio que atraca em suas instalações embarca ou desembarca 5 mil TEUs, em média. Em Southampton, o segundo maior complexo nesse tipo de operação, são 3 mil TEUs em cada escala.

O porto do Sul da Inglaterra se destaca ainda por sua eficiência. O terminal operado pela DP World registra entre 26 e 28 movimentos por hora na operação de navios.

Em 2011, Santos atingiu a marca de 2,98 milhões de TEUs. Com seu atual projeto de ampliação da profundidade do canal de navegação para 15 metros, ele poderá receber navios de até 9 mil TEUs.
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