Os mais de 7 mil quilômetros de costa e os 32 mil quilômetros de águas navegáveis em rios e bacias fazem do Brasil um cenário altamente promissor para o mercado náutico. Mas, apesar das perspectivas de aumento da atividade no país, o excesso de burocracia e regramentos ambientais comprometem a expansão do segmento na região.
Para o engenheiro naval proprietário da MCP Yachts - com sede em Santos e no Guarujá -, Manoel Chaves, houve uma grande redução da atividade náutica na Baixada. E as perspectivas são de mais queda.
“Não vejo tendência de expansão. Estaleiros fazem barcos melhores, dão emprego, recolhem impostos, mas a falta de uma visão global e o excesso de restrições ambientais afunilam o mercado e espantam as pessoas que amam o mar”, afirma.
Segundo Chaves, as reservas de áreas militares não podem ser visitadas por navegadores, que perdem a oportunidade de conhecer regiões consideradas as mais bonitas para a atividade náutica na Baixada Santista. Exemplos desta restrição é a proibição de aproximação dos fortes do Itaipu, que fica na Praia Grande, e dos Andradas, no Guarujá, assim como a Ilha da Moela, que fica na mesma cidade.