Redação/Assessoria Findes
“O Brasil, nos próximos dez anos, estará entre os cinco maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo. O Espírito Santo se consolida como o terceiro maior produtor de óleo e gás do país e tem um grande potencial de atração de investimentos para este setor”. Essas foram afirmações feitas pelo secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho (foto), durante o lançamento da Rota Estratégica de Petróleo e Gás, produzida pela Findes/Ideies.
O Estudo lançado nesta terça-feira (28) traz os caminhos a serem percorridos para garantir o desenvolvimento do setor. A Rota faz parte do Plano de Desenvolvimento Estratégico da Indústria do Espírito Santo 2035.
Durante a cerimônia online, José Mauro também ressaltou a necessidade de aprovação do Novo Marco Regulatório do setor de Gás natural, o Programa de aprimoramento dos leilões de blocos exploratórios de Petróleo e Gás Natural, o novo cenário do downstream (refere-se à atividades de transporte e distribuição de produtos da indústria do petróleo, desde a refinaria até as empresas de distribuição), as novas oportunidades para investimentos no onshore brasileiro com o Programa REATE e as oportunidades provenientes dos leilões no modelo de Oferta Permanente.
O secretário Estadual de Desenvolvimento, Marcos Kneip, também esteve presente no lançamento da Rota Estratégica e destacou ações do Governo do Estado para atravessar a pandemia e para a retomada da economia. “Vamos conseguir, com a ajuda de todos e mantendo a aproximação com setor produtivo, superar os grandes desafios que passamos por conta da pandemia. O Governo do Estado criou dois fundos, um deles, o Fundo Soberano, onde parte dos recursos ficará como poupança e a outra parte será investida em projetos estruturantes. O governo vem dando também muito apoio ao setor de gás”, ressaltou.
O presidente da Findes, Léo de Castro, destacou a importância da nova concessionária para a distribuição de gás natural canalizado no Espírito Santo, que teve o contrato de concessão assinado na semana passada. “A Federação participou ativamente desse processo, desde 2017. O Estado sai na frente, é o primeiro do país a ter uma companhia totalmente alinhada com as novas diretrizes do segmento. É uma conquista que nós na indústria comemoramos porque tem potencial para dar novo fôlego para o setor, contribuindo para reindustralizar o Espírito Santo e o Brasil”, destacou.
O deputado federal Da Vitória defendeu a votação do Projeto de Lei 6407/13, que estabelece a Nova Lei do Gás, abrindo o mercado do setor e estimulando atração de investimento, empregos e competitividade. Segundo ele, está pautado para esta quarta-feira (29) a votação do requerimento de urgência para apreciação do Projeto de Lei. “O trabalho realizado pela Findes, Ideies, pelo Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, tem colaborado muito. O debate entre o setor privado, o Governo Federal e o Governo do Estado mostra que estamos alinhados. O projeto da Nova Lei do Gás está com a urgência pautada e vou trabalhar para a aprovação do novo marco do setor”, disse o coordenador da bancada capixaba.
O coordenador do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, Durval Vieira de Freitas, recebeu uma homenagem da Findes pelo trabalho realizado ao longo dos últimos três anos e reforçou que o Espírito Santo tem tudo para se tornar uma referência no mercado mundial.
Sobre a Rota Estratégica de Petróleo e Gás
A produção do material contou com a contribuição de 75 especialistas do setor empresarial, governo e academia. Nela, os participantes construíram uma visão de futuro, contemplando os segmentos de Petróleo, Gás Natural e Fornecedores, bem como levantaram barreiras, elencaram fatores críticos de sucesso e propuseram ações de curto, médio e longo prazo.
Entre os destaques apresentados na publicação estão as tendências e tecnologias-chaves que podem contribuir para alavancar o desenvolvimento e a competitividade do setor. A indústria 4.0, por exemplo, aparece como ponto chave para ampliar o desenvolvimento de soluções voltadas ao modelo de produção industrial inteligente, ou seja, autônomo, integrado, flexível e altamente eficiente. Nesse novo modelo, além de trabalhar de maneira automatizada, máquinas, equipamentos, insumos e produtos terão a capacidade de se comunicar entre si, tornando o processo mais ágil, independente e seguro.
As minirrefinarias construídas com capacidade de refinar até 20.000 barris por dia, também foram colocadas como tendência no estudo. Segundo a rota, elas são vantajosas em razão da flexibilidade para atender à demanda, do melhor controle ambiental e operacional e da exigência de pequenos espaços para construção.
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