Biocombustíveis

Setor à espera de estímulos para etanol

Valor Econômico
05/05/2011 10:48
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Enfrentando a segunda safra consecutiva com baixa oferta de cana e pouco interesse por investimentos, as usinas do país aguardam as definições do governo federal sobre as medidas de curto e longo prazos que devem ser anunciadas para estimular a produção de etanol.
 
 
Segundo Antônio de Pádua Rodrigues, diretor-técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), as conversas com o governo começaram no ano passado e a expectativa é de que em breve sejam anunciadas essas novas medidas de estímulo.
 

No curto prazo, o setor espera ser atendido com incentivos que atendam desde o financiamento de estocagem de etanol - com correções de distorções dos programas feitos nos últimas duas safras - até o apoio para renovação de canaviais, tanto por produtores rurais quanto por indústrias.
 

Esse pacote deve significar, no caso dos fornecedores de cana, um aumento do limite de financiamento por produtor, que hoje é de R$ 250 mil, considerado muito baixo pelo segmento.
 

"Além de um plano de renovação de áreas de cana, vemos como importante estimular o crescimento dos projetos que foram construídos entre 2005 e 2008. Com investimento marginal, eles podem crescer expressivamente no curto prazo", diz Pádua.
 
 
Já no longo prazo, espera-se que as medidas contemplem as usinas já existentes e as construídas a partir do zero, segundo o diretor-técnico da Unica.
 

Conforme levantamento da associação, para atender o crescimento da demanda, seria necessário ampliar a oferta de cana destinada ao etanol em mais 400 milhões de toneladas. Isso significaria mais que dobrar o volume destinado ao etanol na última safra, a 2010/11, que foi de 305 milhões de toneladas.
 
 
Segundo o executivo, essa meta poderia ser cumprida entre 2015 e 2020 e demandaria a construção de 120 unidades industriais - com moagem média de 3,5 milhões de toneladas de cana - e investimentos aproximados de US$ 70 bilhões.
 

Mas todas as medidas devem ter como ponto de partida a definição por parte do governo da participação do etanol na matriz de combustíveis do país. "Sabemos que o governo criou um grupo de trabalho para isso e estamos sendo chamados para fornecer algumas informações. Mas, ainda não nos abriram exatamente os detalhes desse pacote", afirma Rodrigues.
 

Nesta safra, a 2011/12, as usinas do Centro-Sul devem processar 568,5 milhões de toneladas, 2,11% mais do que o total processado na temporada 2010/11, que foi de 556,74 milhões de toneladas, segundo dados da Unica. Por causa da seca do ano passado e dos baixos investimentos em canavial nos anos anteriores, o volume de cana está aquém da capacidade do parque industrial do Centro-Sul, que tem condições de processar por volta de 620 milhões de toneladas.
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