Indústria Naval

Sete Brasil eleva capital para financiar sondas da Petrobras

Agência Reuters
30/04/2012 12:30
Visualizações: 867
A Sete Brasil, empresa contratada pela Petrobras para o fornecimento de sondas de perfuração de poços de petróleo, vai aumentar o seu capital dos atuais R$ 1,9 bilhão para R$ 7,6 bilhões. O dinheiro é necessário para financiar parte da construção dos equipamentos, que exigirão US$ 27 bilhões em investimentos.

"Os sócios (da Sete Brasil) têm até a próxima segunda-feira [7] para decidir se acompanham ou não a operação", disse em entrevista à 'Reuters' o presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz.

Dividem o capital da Sete Brasil os fundos de pensão Petros e Funcef, cada um com 19,2%, seguidos pelos bancos Bradesco, BTG Pactual e Santander, com participações individuais de 13,7%; os outros sócios são Previ (10%), Valia (5,5%) e a própria Petrobras (que detém 5%).

A Sete Brasil levou a grande maioria das 33 sondas contratadas pela Petrobras para explorar o pré-sal nos próximos anos. A Ocean Rig ficou com as cinco restantes.

O processo de aumento de capital poderá marcar a entrada de novos sócios na Sete, segundo Ferraz.

Já demonstraram formalmente interesse na empresa, por meio de carta de compromisso, o fundo de equity americano Energy Investment Group (EIG) e a Lucce Drilling.

Se os atuais acionistas não exercerem seu direito de preferência, as duas empresas serão chamadas para ingressar na Sete.

Segundo Ferraz, um dos acionistas já manifestou formalmente que não irá participar do aumento do capital. Ele disse que não poderia adiantar o nome da empresa antes do prazo final de adesão, que termina na segunda.


Carteira

A Sete possui uma carteira de R$ 80 bilhões de encomendas da Petrobras, para o fornecimento de 28 sondas de perfuração de poços de petróleo, com prazos que variam entre 10 e 20 anos.

A Petrobras irá desembolsar esse valor pelo afretamento (aluguel) dos equipamentos. A responsabilidade pela construção é da Sete, que estima o valor da construção das sondas em US$ 27 bilhões de dólares, e que contratará os estaleiros para o serviço.

Segundo Ferraz, nos próximos meses serão fechados os contratos com quatro estaleiros do Brasil que irão terceirizar a construção de 21 sondas - a empresa já tem acordos preliminares com Jurong, Keppel Fels, Enseada Paraguaçu e Rio Grande.


Tecnologia

O primeiro pacote, de sete sondas de um total de 28 encomendadas, ficou a cargo do Estaleiro Atlântico Sul, que passa por problemas após a saída do parceiro Samsung, detentor da tecnologia de construção dos equipamentos.

Ferraz explicou que, mesmo sem a Samsung, o Atlântico Sul não deverá atrasar entrega por falta de conhecimento tecnológico.

Atrasos são a grande preocupação da Petrobras, que corre para elevar a sua produção. Nesta semana, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, disse que será intransigente com os estaleiros, não tolerando entregas de equipamentos após o prazo acordado.

Segundo ele, o estaleiro terceirizou o desenho do projeto dos equipamentos junto às empresas LMG (da Noruega) e Remontowa (Polônia), para evitar atrasos.

Todos os outros estaleiros que irão construir as sondas possuem sócios que detêm o conhecimento tecnológico dos equipamentos, disse o executivo.

Os estaleiros Jurong e Keppel Fels, cada um com um pacote de construção de seis sondas, já possuem a tecnologia de construção e não precisam de sócios.

O estaleiro Enseada Paraguaçu, que também fechou com a Sete pacote de construção de seis sondas, tem parceria com a Gusto para o desenho dos equipamentos, assim como o Rio Grande, que irá construir três sondas, que também fechou com a Gusto.

Mas Ferraz disse que negocia com a OSX, do empresário Eike Batista, a construção de duas sondas, que serviriam como "backup", no caso de atrasos ou problemas na entrega de algum equipamento. No caso da OSX, o sócio tecnológico é a Hyundai.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Leilão
PPSA arrecada cerca de R$ 8,8 bilhões com a alienação da...
04/12/25
Firjan
Novo Manual de Licenciamento Ambiental da Firjan ressalt...
04/12/25
Transição Energética
Óleo & gás continuará essencial até 2050, dizem especial...
04/12/25
PPSA
Leilão da PPSA oferecerá participação da União em áreas...
04/12/25
Asfalto
IBP debate sustentabilidade e novas tecnologias para o f...
03/12/25
Reconhecimento
Casa dos Ventos conquista Medalha Bronze em sua primeira...
03/12/25
Bacia de Santos
PPSA adia leilão de petróleo da União de Bacalhau para o...
03/12/25
Estudo
Firjan lança a 4ª edição do estudo Petroquímica e Fertil...
03/12/25
Biocombustíveis
Porto do Açu e Van Oord anunciam primeira dragagem com b...
02/12/25
Investimento
Indústria de O&> prioriza investimento em tecnologia de ...
02/12/25
Refino
Petrobras irá investir cerca de R$12 bilhões na ampliaçã...
02/12/25
Posicionamento
Proposta de elevação da alíquota do Fundo Orçamentário T...
01/12/25
Gás Natural
Distribuição de gás canalizado é crucial para a modicida...
01/12/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Centro de Formação Profissional da Universidade Tiradent...
01/12/25
Levantamento Sísmico
TGS inicia pesquisa na Bacia de Pelotas
01/12/25
Etanol
Anidro e hidratado fecham a semana em alta
01/12/25
Petrobras
Com um total de US$ 109 bilhões de investimentos o Plano...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Oil States marca presença na Mossoró Oil & Gas Energy 20...
28/11/25
Comemoração
Infotec Brasil completa 40 anos e destaca legado familia...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Petrosupply Meeting realiza 267 encontros e conecta seto...
28/11/25
Gás Natural
Entrega de Gasoduto no Centro-Oeste de Minas Gerais é no...
28/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.