Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
A temporada de migração da espécie Pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) no litoral brasileiro está terminando. Anualmente, de junho a novembro, estes animais realizam movimentos migratórios sazonais para o Brasil e, este ano, até o momento, 6747 pinguins foram registrados pelos Projetos de Monitoramento de Praias (PMPs), executados pela Petrobras para condicionante de licenciamento ambiental do Ibama. Um número 20% maior que o ano passado, quando foram registrados 5.657 pinguins, no mesmo período. Muitos chegam ao litoral brasileiro debilitados ou mortos. Os animais encontrados vivos são avaliados e, quando necessário, são encaminhados para receberem atendimento veterinário.
A diferença não é incomum segundo os pesquisadores, que acompanham este comportamento migratório anualmente e observam uma variação entre um ano e outro. “O encalhe de pinguins normalmente ocorre da costa do Espirito Santo ao Sul do país e este número pode variar de um ano para o outro.”, explica Denise Almeida, consultora em Biodiversidade da Petrobras.
“O Projeto de Monitoramento de Praias é relativamente recente, o primeiro foi implantado em 2009. O PMP da Bacia de Santos, por exemplo, que monitora as regiões de maior incidência de pinguins, existe há seis anos. Esta base de dados que estamos construindo ao longo do tempo é importantíssima, pois contribui para a comunidade cientifica entender as peculiaridades da biodiversidade marinha do nosso litoral e, assim, auxiliar na sua preservação”, afirma Denise.
Santa Catarina é o estado com maior incidência, com 4741 pinguins monitorados; seguido do Paraná, com 1028 e São Paulo, com 869. Os pinguins normalmente chegam nas unidades de tratamento apresentando hipotermia (temperatura abaixo do normal), hipoglicemia (falta de açúcar no sangue) e desidratação. Após a reabilitação, com a estabilização do quadro clínico, retornam ao habitat natural. Antes de serem devolvido ao mar, eles recebem um chip que permite o acompanhamento, caso reapareçam no litoral brasileiro.
As equipes dos Projetos de Monitoramentos de Praias (PMPs) atuam diariamente no monitoramento de mais de três mil quilômetros de praia. Executado pela Petrobras, o projeto é fiscalizado pelo Ibama e compreende o registro, resgate, necropsia, reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo com as políticas públicas para a conservação da biodiversidade marinha.
A Petrobras investe em projetos e ações para ampliar o conhecimento, conservação e recuperação da biodiversidade. Atualmente, a companhia mantém quatro PMPs, que, juntos, atuam em 10 estados litorâneos, em regiões onde a companhia atua.
O objetivo dos PMPs é conhecer a ecologia de animais marinhos como tartarugas, aves, baleias e golfinhos e avaliar se há correlação das atividades de exploração e produção de petróleo e gás. E os dados coletados nos últimos anos mostram que os principais impactos que estes animais sofrem estão relacionados à pesca e ao lixo descartado nas praias e oceanos.
Os PMPs trabalham em parceira com diversas organizações científicas e com as comunidades locais. A sociedade também pode participar, acionando as equipes ao avistar um animal marinho vivo ou morto, pelos telefones abaixo.
PMP-BS Área SC/PR e Área SP – 0800 6423341
PMP-BS Área RJ (Paraty a Saquarema) – 0800 9995151
PMP-BC/ES (RJ) -0800 0262828
PMP-BC/ES (ES) - 0800 0395005
PMP-SEAL (Piaçabuçu/AL até Conde/BA) - 08000-793434 ou (79) 9 9683-1971
PMP-RNCE (RN) - (84) 98843 4621 e 99943 0058
PMP-RNCE (CE) - (85) 99800 0109 e 99188 213
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