Representantes da indústria sucroenergética do México, Guatemala e Peru falam sobre suas experiências na produção do biocombustível e políticas de descarbonização
Redação TN Petróleo/Assessoria DATAGROO quarto painel da 17ª edição do CITI ISO DATAGRO NY Sugar & Ethanol Conference, nesta quarta-feira (8), teve como tema "Experiência com etanol na América Latina: um modelo de desenvolvimento na luta contra as mudanças climáticas".
Mediado por Luis Miguel Paiz, gerente-geral da Asazgua, da Guatemala, palestraram Humberto Jasso, presidente-executivo da Câmara da Indústria de Açúcar e Álcool (CNIAA) do México; Jorge Leal, CEO da Ingenio Magdalena S.A., da Guatemala; e Carlos Castro, gerente geral da Perucaña, do Peru.
O México, destacou Humberto Jasso, possui 48 usinas processadoras de cana em 15 estados. A indústria sucroenergética mexicana é responsável pela criação direta de quase 500 mil empregos.
O desenvolvimento, ainda de acordo com Jasso, vai além do econômico. As usinas são grandes protagonistas no que se refere à sustentabilidade ambiental: geram, pelo menos, 90% da energia que consomem.
Olhando para o futuro, o México almeja um incremento na produção de biocombustíveis com a entrada do combustível de aviação sustentável (SAF). "Se a iniciativa SAF for bem-sucedida, poderia levar a nova administração a adotar programas mais agressivos de etanol", disse o presidente-executivo da CNIAA.
Jorge Leal ressaltou o "ecossistema criativo" da Guatemala, que conta com a experiência do Brasil no setor de biocombustíveis para alavancar a sua produção de etanol, proveniente da cana-de-açúcar – a partir do ano que vem, o país adotará a mistura de 10% de etanol na gasolina.
Já no Peru, Carlos Castro destacou que o país trabalha em projetos de comunicação com o público para mostrar os programas realizados em prol da descarbonização, a exemplo do uso do etanol. Segundo o gerente-geral da Perucaña, o Peru também pensa em outras alternativas, como os carros elétricos.
Essas e outras ações mostram que a América Latina, tendo o Brasil como grande player na produção de biocombustíveis, pode liderar as políticas de descarbonização, servindo de exemplo principalmente para os países em desenvolvimento.
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