Rio Grande do Sul

Porto projeta maior crescimento para os próximos anos

<P>Estão previstos para os próximos quatro anos a aplicação de mais de R$ 2 bilhões em Rio Grande para ampliação e implantação de empresas. A informação é do superintendente do Porto, Vidal Áureo Mendonça. O porto, que já se consagrou como o porto do Mercosul, batendo recordes consecu...

Jornal Agora - RS
05/02/2007 00:00
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Estão previstos para os próximos quatro anos a aplicação de mais de R$ 2 bilhões em Rio Grande para ampliação e implantação de empresas. A informação é do superintendente do Porto, Vidal Áureo Mendonça. O porto, que já se consagrou como o porto do Mercosul, batendo recordes consecutivos de movimentação, agora se posiciona como um importante atrativo de investimentos para o Rio Grande do Sul, em especial para a região Sul, salientou o superintendente.

De acordo com a assessoria de imprensa da Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg), em 2003, iniciou-se uma série de melhorias na infra-estrutura do porto rio-grandino com a revitalização de 450 metros do cais do Porto Novo, o que possibilita o aprofundamento do calado de 31 para 40 pés e a operação de equipamentos de maior porte. No mesmo ano, começou-se a dragagem de manutenção do canal de acesso ao porto. Em 2004, completando a revitalização do cais do porto foi adquirido pela iniciativa privada um guindaste móvel, com capacidade para 100 toneladas. Ainda em 2004 e ao longo de 2005, foram realizados investimentos na implantação do Programa de Segurança Pública Portuária, atendendo as exigências do Código Internacional para Proteção de Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code), com custo superior a R$ 6 milhões. No decorrer de 2005, foi concluída a obra do novo pórtico de acesso ao Porto Novo e o prédio da Unidade de Segurança Portuária, localizado no Portão 4, onde foram investidos entre obras civis e equipamentos de rádio e no circuito interno de TV cerca de R$ 2,5 milhões. Também foram aplicados recursos na aquisição da nova frota de veículos para a Suprg. Além disso, os armazéns do Porto Novo foram totalmente recuperados, sendo visível a mudança. Ainda em 2005, foi iniciada a dragagem de manutenção dos canais de acesso ao porto, com investimentos de R$ 17,5 milhões.

Conforme a assessoria, em 2006, os investimentos tiveram prosseguimento e um novo pórtico de controle de acesso do Porto Novo, no Portão 2, foi construído, só que desta vez destinado à fiscalização das cargas que entram e saem do complexo. Além do pórtico, foram edificados dois prédios administrativos que reuniram todas as autoridades envolvidas no processo de importação e exportação, dando maior agilidade aos trâmites burocráticos. Também foram investidos recursos em equipamentos de informática, aquisição de mobiliário, construção de novos prédios, construção de balanças automatizadas, entre outras obras. Ao todo, nos últimos quatro anos, cerca de R$ 64 milhões foram investidos no porto local pelo Executivo gaúcho. Mas o porto também foi contemplado com verbas do Governo Federal, contando com mais R$ 7,5 milhões, investidos na implantação do ISPS Code, na construção de uma Unidade de Inspeção para o Ministério da Agricultura, na duplicação da Via-1, na construção de dois trevos na Avenida Maximiliano da Fonseca, e no pátio para estacionamento de caminhões, em frente ao Tecon.

Na parte privada, estão sendo realizados diversos investimentos no Município, como a instalação do consórcio Quip, responsável pela construção da P-53, que fica junto ao Porto Novo, cujos investimentos deverão chegar a US$ 370 milhões, e a construção do Dique Seco, com investimentos de R$ 222,8 milhões. Além disso, obras de ampliação estão sendo realizadas nos terminais localizados no Superporto, como é o caso do Tecon Rio Grande, que está construindo seu terceiro berço de atracação e montando novos equipamentos, com recursos na ordem de R$ 90 milhões. Os terminais retroportuários também estão recebendo investimento em ampliações e melhorias em suas infra-estruturas.

Está prevista ainda a construção de mais uma unidade industrial desta vez do consórcio Queiroz Galvão com aplicação de R$ 20 milhões. Os terminais privados também investem em ampliações de cais e compra de equipamentos como é o caso da Bianchini e da Copesul. Na implantação de novos terminais na área do Superporto estão a Bunge Fertilizantes, com aplicação de R$ 100 milhões, e uma empresa de produtos florestais que deve investir cerca de R$ 70 milhões. Além disso, ainda existe a expectativa da implantação de um novo terminal de contêineres em Rio Grande. Também está prevista a implantação de mais de 30 empresas na área do Superporto.

Somam-se a isso a previsão de investimentos, para os próximos anos, de mais R$ 70 milhões por parte do Estado, que inclui obras de revitalização de mais 450 metros do cais do Porto Novo, recuperação da rede elétrica, compra de equipamentos de apoio, asfaltamento das áreas internas do terminal público, implantação de mais uma etapa dos sistemas de comunicação por rádio e TV, aquisição de novas viaturas e de uma lancha para o patrulhamento da área portuária e gerenciamento ambiental, entre outros. O porto organizado ainda contará com recursos do Governo Federal destinado à aquisição de três bóias de sinalização para o canal de acesso ao porto. Com verbas federais está prevista ainda a dragagem de aprofundamento do canal de 30 para 40 pés e do canal do Superporto, passando dos atuais 40 pés para 50, bem como a continuidade das obras de ampliação dos molhes da Barra.

O porto, formado por sua estrutura pública e privada, é um dos maiores empregadores do município do Rio Grande, contando atualmente com 3,3 mil empregados diretos. Desses, 329 postos de trabalho são originados pela Suprg, e os demais são gerados pelos oito terminais privados portuários. Além disso, o porto possui 1,2 mil trabalhadores avulsos ligados ao Órgão Gestor de Mão-de-Obra Avulsa e Portuária (OGMO), 1,1 mil terceirizados e 800 trabalhadores na construção naval contratados pelo consórcio Quip. A previsão é que em pouco tempo esse número tenha um crescimento expressivo. Somente o consórcio Quip deverá contratar mais 1,4 mil funcionários e a WTorre mais 1,5 mil trabalhadores para atuarem no Dique Seco. Ao todo, projeta-se que a estrutura portuária do Rio Grande, dentro de quatro anos, deverá empregar cerca de 13 mil trabalhadores.

Relatório divulgado na semana pela Suprg indica que o porto rio-grandino teve uma movimentação recorde em 2006, atingindo o total de 22.509.047 toneladas, apresentando um crescimento de 24,5% em relação ao ano anterior. O recorde anterior era de 22,3 milhões, otidos em 2004. Do total movimentado no ano passado, o maior volume se refere às exportações, que chegaram a 14.518.355 toneladas. As importações totalizaram 7.990.692 toneladas. O superintendente do porto salientou que esses números são muito bons e devem-se basicamente à exportação de produtos primários, como os grãos.

Fonte: Jornal Agora - RS

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