Paraná

Porto aposta em eficiência de gestão

<P>Apesar dos conhecidos gargalos que emperram o escoamento dos produtos nos portos brasileiros, as administrações portuárias das maiores docas do País dizem se empenhar para otimizar suas gestões administrativas em busca de melhores resultados. É o caso da Administração dos Portos de Parana...

DCI
07/02/2008 00:00
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Apesar dos conhecidos gargalos que emperram o escoamento dos produtos nos portos brasileiros, as administrações portuárias das maiores docas do País dizem se empenhar para otimizar suas gestões administrativas em busca de melhores resultados. É o caso da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), que nos Portos do Paraná viu um aumento na movimentação de cargas em 17% ano passado. Além disso, a companhia fechou 2007 com a receita cambial 25,5% maior do que em 2006, totalizando US$ 11,8 bilhões.

Outra que segue o mesmo enfoque de concentrar esforços na gestão e na área de logística é a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A empresa obteve lucro líquido de R$ 84,5 milhões, número maior do que a previsão anunciada anteriormente de R$ 70 milhões, e que reverte um prejuízo de R$ 120,8 milhões registrado no ano de 2006.

Ao potencializar a gestão, essas empresas antecipam a tendência levantada recentemente pelo ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República, Pedro Brito, que prometeu um novo modelo de gestão por resultados para as docas brasileiras, ao anunciar a retirada de oito portos do Programa Nacional de Desestatização (PND), entre unidades portuárias federais como a de Santos, que já sinalizava iniciativas nesse sentido, enquanto autarquias estaduais, como a Appa, aplicavam ações para aprimorar o gerenciamento dos portos.

Nas docas santistas, José Di Bella, diretor presidente do Porto de Santos, que assumiu em setembro passado o comando principal porto brasileiro, disse em entrevista exclusiva ao DCI que considera as questões de gestão como um dos fatores mais importantes neste ano. Estamos perseguindo a governança corporativa, elevando padrão de gestão do porto ao das empresas de capital aberto, afirmou, ao enfatizar que o objetivo é trabalhar com metas de crescimento, redução de custos e negociação de créditos.

O presidente do Porto de Santos diz que existem ações de longo prazo para a estruturação, como o convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai permitir um plano para preparar a empresa para o crescimento. Além disso, a promessa é que Santos terá recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para dobrar sua capacidade, agregando mais 120 milhões toneladas. Segundo o executivo, os planos incluem ainda a possibilidade de implantar mais 55 berços de atracação de navios, para complementar os 69 já existentes no local.

Além do resultado econômico superavitário da companhia, houve em 2007 movimento recorde de mais de 80 milhões de toneladas em Santos - quase 6% a mais do que no ano anterior, e número 2,5% superior ao esperado pela administração. O resultado é compatível com o histórico da empresa, que sempre foi superavitária. O que aconteceu em 2006 foi a consideração contábil de provisões de anos anteriores, que causou descontinuidade ao balanço da empresa, disse o presidente, ao explicar o prejuízo em 2006.

Pananaguá e Antonina

Os Portos do Paraná viram aumento na movimentação de cargas em 17% no ano passado, totalizando 38,22 milhões de toneladas e as cargas importadas cresceram 44%, resultados que o superintendente da Appa, Eduardo Requião, atribui ao bom uso da estrutura. Temos de saber usar o que temos, enfatiza.

Requião conta que a administração conseguiu sanear os portos, acabando com o pagamento de horas extras indevidas, bem como ações trabalhistas, que comprometiam o caixa, e que automaticamente se transformaram em que permitiram reformar a sede, construir novos prédios, além de revitalizar equipamentos. Vias de acesso foram concretadas e o sistema de segurança ISPS Code, implantado, diz.

Segundo o superintendente, a parte de logística teve um processo que finalizou as filas de caminhões carregados com grãos e a inclusão da exigência de nominar as cargas, que ao chegar vão a um armazém definido e a um navio programado. O tempo de espera dos navios hoje não passa de quatro horas, diz o executivo, que garante com isso obter um resultado acima da capacidade dos terminais, planejados e construídos para atender 30 milhões de toneladas. As modificações logísticas deram certo, demonstrando que o problema dos portos também é a gestão, e não só a discussão da infra-estrutura ou compra de equipamentos, declarou.

Para 2008, a meta é tocar obras como a de um novo silo graneleiro e um armazém público de fertilizantes. Para se ter uma idéia, esse produtos apresentaram altas consideráveis: o trigo, por exemplo, teve alta de 109%, seguido pela cevada, que aumentou 105%, enquanto os fertilizantes avançaram 53%, em relação a 2006.

Para o superintendente em exercício do Porto do Rio Grande, Sinésio Cerqueira Neto, o porto mais eficiente do País passará a contar com uma estrutura mais moderna, oferecendo serviços ágeis e um dos calados mais profundos do Mercosul, propagandeou. Cerqueira se refere aos investimentos que mudaram as instalações portuárias e que devem atrair, nos próximos quatro anos, R$ 2 bilhões para a ampliação e a implantação de empresas no entorno do porto.
 
Fonte: DCI

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