Desinvestimento

Por US$ 1,8 bilhão, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) é vendida para Mubadala Capital

Operação amplia a competitividade do mercado de combustíveis no Brasil e atende a acordo firmado entre a Petrobras e o CADE

Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
30/11/2021 18:30
Por US$ 1,8 bilhão, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) é vendida para Mubadala Capital Imagem: Agência Petrobras Visualizações: 1152 (0) (0) (0) (0)

A Petrobras finalizou nesta terça-feira (30/11) a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia e seus ativos logísticos associados para o Mubadala Capital. Após o cumprimento de todas as condições precedentes, a operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões*) para a Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. O contrato ainda prevê um ajuste final do preço de aquisição, que se espera seja apurado nos próximos meses. A refinaria é a primeira dentre as oito que estão sendo vendidas pela Petrobras a ter o processo concluído. A Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, assumirá a partir de 1º de dezembro a gestão da RLAM, que passa a se chamar Refinaria de Mataripe.
 De acordo com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, a conclusão da venda reflete a importância da gestão de portfólio e fortalece a estratégia da companhia: “Esta operação de venda é um marco importante para a Petrobras e o setor de combustíveis no país. Acreditamos que, com novas empresas atuando no refino, o mercado será mais competitivo e teremos mais investimentos, o que tende a fortalecer a economia e gerar benefícios para a sociedade. É também parte do compromisso firmado pela Petrobras com o CADE para a abertura do mercado de refino. Do ponto de vista da companhia, é um avanço na sua estratégia de realocação de recursos. No segmento de refino, a Petrobras vai se concentrar em cinco refinarias no Sudeste, com planos de investimentos que a posicionará entre as melhores refinadoras do mundo em eficiência e desempenho operacional”, afirmou Silva e Luna.
O presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren, afirmou: “A nossa prioridade é garantir excelência na produção e operação da refinaria, além de uma transição estruturada, serena e sem ruptura. É criar valor com atenção especial às pessoas e ao meio ambiente. Enfatizamos sempre o compromisso de longo prazo que temos com o país e as regiões onde atuamos. Este é certamente um dos objetivos da Acelen”.

Além da RLAM, outras duas refinarias já tiveram seus contratos de venda assinados: a Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas, cuja assinatura ocorreu em 25/8, e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, com contrato assinado em 11/11. Quando também forem concluídos os processos de desinvestimento dessas duas unidades, a Petrobras responderá por cerca de 50% do abastecimento do mercado de combustíveis no país. Além da Petrobras e dos novos operadores dessas refinarias, o mercado também é suprido por importadores e produtores de biocombustíveis.
Dentro da estratégia de reposicionamento do refino, a Petrobras reforça seu compromisso de vender as refinarias REGAP, LUBNOR, REPAR, REFAP e RNEST e está investindo em tecnologias para tornar as refinarias que continuarão na empresa duplamente resilientes, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. A empresa seguirá como a maior refinadora do país, com foco nas refinarias de SP e RJ mais próximas à produção de petróleo e aos maiores centros consumidores, com 50% da capacidade de refino do país. A projeção é dobrar, em 5 anos, a oferta de diesel S-10 nessas refinarias, produto com menores níveis de emissão, e a custos cada vez mais competitivos.

O processo de venda da RLAM foi lançado em junho de 2019 e em fevereiro de 2021 foi recebida a proposta vinculante. Todo o processo seguiu rigorosamente a Sistemática de Desinvestimentos. A venda da RLAM está em consonância com a Resolução nº 9/2019 do Conselho Nacional de Política Energética, que estabeleceu diretrizes para a promoção da livre concorrência na atividade de refino no país, e integra o compromisso firmado pela Petrobras com o CADE para a abertura do setor de refino no Brasil.

Próximos passos
Com a conclusão da venda, inicia-se uma fase de transição em que as equipes da Petrobras apoiarão a Acelen nas operações da Refinaria de Mataripe. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional. A Petrobras e o Mubadala Capital reafirmam o compromisso estrito com a segurança operacional na refinaria em todas as fases da operação.
Como já informado nas fases anteriores do processo de venda, nenhum empregado da Petrobras será demitido por conta da transferência do controle da RLAM para o novo dono. Os empregados da Petrobras poderão optar por transferência para outras áreas da empresa ou aderir ao Programa de Desligamento Voluntário, com pacote de benefícios.

Sobre a RLAM
A RLAM, situada no estado da Bahia, tem um perfil de produção de 48% de diesel e gasolina, 40% de óleo combustível e bunker, além de produtos especiais, como parafina e propeno. Seus ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria e os terminais, totalizando 669 km de extensão.
 
Sobre o Mubadala Capital
O Mubadala Capital é a subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company, um investidor soberano global com sede em Abu Dhabi. Além de gerir seu próprio portfólio de investimentos, o Mubadala Capital administra US$9 bilhões de capital de terceiros em nome de investidores institucionais em todos os seus negócios, incluindo dois fundos no Brasil focados em special situations, três fundos de private equity, dois fundos de venture capital com foco em companhias em early stage, e um fundo com investimentos em ativos líquidos.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Brandend Content
BR MED revoluciona o setor de Saúde Corporativa no Offsh...
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Desativação de instalações soma mais de R$ 57 bilhões em...
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Empresário mossoroense lança livro no maior evento onsho...
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Engepetrol marca presença na Mossoró Oil & Gas Energy
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Business Meeting revela oportunidades de negócios no onshore
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Mossoró Oil & Gas destaca integração energética
28/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
A Oil States marca presença na 9ª edição da Mossoró Oil ...
28/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Sócio da Progel participa de painéis no Mossoró Oil & Ga...
28/11/24
Etanol
ANP aprova a publicação do relatório de investigação de ...
28/11/24
Gás Natural
Naturgy apresenta perspectivas do Gás Natural para 2025
28/11/24
Seguro
Produção de petróleo e gás em alto-mar impulsiona mercad...
28/11/24
Acordo
Petrobras assina Acordo de Princípios com a European Energy
28/11/24
Exploração
ANP debate aprimoramento de normas sobre dados digitais ...
28/11/24
Robótica
Firjan SESI realiza Torneio de Robótica no Parque Olímpi...
28/11/24
Desinvestimento
Petrobras divulga teaser para cessão de participação min...
28/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Especialistas propõem melhorias no licenciamento ambient...
28/11/24
Diesel
Diesel comum e S-10 aumentam em novembro e atingem preço...
28/11/24
Royalties
Valores referentes à produção de setembro para contratos...
28/11/24
Reforma Tributária
Estudo mostra os impactos da reforma tributária no setor...
27/11/24
Reconhecimento
Foresea conquista Prêmio Inbrasc 2024 e se consolida com...
27/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Sistema FIERN participa da abertura e destaca apoio dado...
27/11/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21