Projeto

Polo petroquímico de Suape fica R$ 3 bilhões mais caro

Valor foi inflado em 50%.

Jornal do Commercio (PE)
14/03/2014 13:22
Visualizações: 806

 

A desvalorização do real e a escalada nos custos fez subir para R$ 9 bilhões o investimento projetado pela Petrobras na construção do seu Complexo Industrial Químico-Têxtil, em Suape. O valor foi inflado em 50%, na comparação com a previsão anterior de R$ 6 bilhões. Com a majoração, o empreendimento repete o que aconteceu com a Refinaria Abreu e Lima, que teve seu orçamento multiplicado por dez e foi apontada pela presidente da Petrobras, Graça Foster, como “um exemplo a não ser seguido”. Ontem, a PetroquímicaSuape (uma das três fábricas que integram o complexo) divulgou o balanço de 2013. O resultado aponta para um prejuízo superior a meio bilhão de reais (R$ 555,3 milhões) e o desafio de se tornar competitiva.
A Petrobras se impôs o desafio de construir em Suape o maior polo integrado de resinas de poliéster das Américas. O complexo vai fabricar o PTA (ácido tereftálico purificado), que é a principal matéria-prima para a produção da resina PET. Essa resina PET se torna conhecida da população quando vira fio de poliéster (para a fabricação de produtos têxteis) e garrafa PET. Para garantir uma produção integrada, o polo conta com três fábricas: uma de PTA, uma de fios e outra de resina PET. Antes da construção do complexo, o Brasil gastava US$ 1 bilhão por ano na importação de produtos petroquímicos, porque o País não era fabricante de PTA.
A PetroquímicaSuape (responsável pela produção de PTA) comemora um ano de operação agora em março. “A companhia começou a cumprir seu papel de reduzir o déficit na balança comercial de produtos químicos. Em 2012, o Brasil importou 450 mil toneladas de PTA e, no ano passado, esse volume caiu para 333,6 mil toneladas”, compara Maurício Jarosky, da MaxiQuim (consultoria especializada em química, petroquímica e plásticos). O Brasil importa PTA, principalmente, do México e da Ásia. A principal compradora é a M&G, maior fábrica de resinas PET do mundo, instalada também em Suape. Enquanto o polo de poliéster não entrava em operação, o governo federal reduziu para zero o imposto de importação do PTA vindo do México. Com o início da produção brasileira, a expectativa é que a tarifa volte a subir e a M&G aumente as compras na vizinha de porta.
Em 2013, as vendas da PetroquímicaSuape (PQS) somaram R$ 524,9 milhões, mas os custos foram astronômicos (R$ 727,4 milhões). “Isso acontece no início de produção de uma indústria porque os custos para rodar a fábrica são altos e a escala ainda não é suficiente para cobrir as despesas. Quando a unidade ganhar ritmo e aumentar a produção essa distorção será corrigida”, explica o contador José Campos, sócio da Campos & Garcia Consultores e Contadores e dirigente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de Pernambuco (Sescap). 
No balanço de 2013, a PQS iniciou um plano de redução de custos, tentando alcançar padrão internacional de competitividade.

A desvalorização do real e a escalada nos custos fez subir para R$ 9 bilhões o investimento projetado pela Petrobras na construção do seu Complexo Industrial Químico-Têxtil, em Suape. O valor foi inflado em 50%, na comparação com a previsão anterior de R$ 6 bilhões. Com a majoração, o empreendimento repete o que aconteceu com a Refinaria Abreu e Lima, que teve seu orçamento multiplicado por dez e foi apontada pela presidente da Petrobras, Graça Foster, como “um exemplo a não ser seguido”. Ontem, a Petroquímica Suape (uma das três fábricas que integram o complexo) divulgou o balanço de 2013. O resultado aponta para um prejuízo superior a meio bilhão de reais (R$ 555,3 milhões) e o desafio de se tornar competitiva.

A Petrobras se impôs o desafio de construir em Suape o maior polo integrado de resinas de poliéster das Américas. O complexo vai fabricar o PTA (ácido tereftálico purificado), que é a principal matéria-prima para a produção da resina PET. Essa resina PET se torna conhecida da população quando vira fio de poliéster (para a fabricação de produtos têxteis) e garrafa PET. Para garantir uma produção integrada, o polo conta com três fábricas: uma de PTA, uma de fios e outra de resina PET. Antes da construção do complexo, o Brasil gastava US$ 1 bilhão por ano na importação de produtos petroquímicos, porque o País não era fabricante de PTA.

A Petroquímica Suape (responsável pela produção de PTA) comemora um ano de operação agora em março. “A companhia começou a cumprir seu papel de reduzir o déficit na balança comercial de produtos químicos. Em 2012, o Brasil importou 450 mil toneladas de PTA e, no ano passado, esse volume caiu para 333,6 mil toneladas”, compara Maurício Jarosky, da MaxiQuim (consultoria especializada em química, petroquímica e plásticos). O Brasil importa PTA, principalmente, do México e da Ásia. A principal compradora é a M&G, maior fábrica de resinas PET do mundo, instalada também em Suape. Enquanto o polo de poliéster não entrava em operação, o governo federal reduziu para zero o imposto de importação do PTA vindo do México. Com o início da produção brasileira, a expectativa é que a tarifa volte a subir e a M&G aumente as compras na vizinha de porta.

Em 2013, as vendas da PetroquímicaSuape (PQS) somaram R$ 524,9 milhões, mas os custos foram astronômicos (R$ 727,4 milhões). “Isso acontece no início de produção de uma indústria porque os custos para rodar a fábrica são altos e a escala ainda não é suficiente para cobrir as despesas. Quando a unidade ganhar ritmo e aumentar a produção essa distorção será corrigida”, explica o contador José Campos, sócio da Campos & Garcia Consultores e Contadores e dirigente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de Pernambuco (Sescap). No balanço de 2013, a PQS iniciou um plano de redução de custos, tentando alcançar padrão internacional de competitividade.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Petrobras
Revap inicia produção de asfalto com conteúdo renovável ...
08/10/25
Pré-Sal
CNPE fixa valor mínimo de R$ 10,2 bilhões para Áreas Não...
07/10/25
Gás Natural
Petrobras realiza primeira importação de gás natural da ...
07/10/25
Petrobras
Novas embarcações de apoio a sistemas submarinos serão c...
07/10/25
Combustíveis
Cepea/Esalq: etanol anidro sobe 0,17% e hidratado recua ...
06/10/25
Pré-Sal
FPSO P-91 que será instalado no campo de Búzios tem cont...
03/10/25
Resultado
BRAVA Energia alcança recorde de produção no terceiro tr...
03/10/25
Oportunidade
Firjan SENAI SESI lança programa de empregabilidade para...
03/10/25
Sustentabilidade
Amazon Brasil e Petrobras anunciam iniciativa de colabor...
02/10/25
Etanol
Ampliar o consumo doméstico de etanol: desafio essencial...
01/10/25
Negócio
Vallourec conquista pedido com a Petrobras para o SUBMAG...
01/10/25
Pré-Sal
Vindo do Estaleiro Benoi, em Singapura o FPSO P-78 chega...
01/10/25
Combustíveis
Etanol aumenta mais de 1% em setembro, afirma Edenred Ti...
01/10/25
Negócio
PetroReconcavo conclui a compra de 50% dos ativos de mid...
01/10/25
PD&I
Brasil tem capacidade de desenvolver tecnologia própria ...
01/10/25
ESG
Pesquisa Firjan ESG 2025 revela amadurecimento das empre...
30/09/25
Evento
Setor de Energia entra na "era inteligente" com IA integ...
30/09/25
Documento
Plano Decenal de Pesquisa de Recursos Minerais 2026–2035...
30/09/25
Premiação
Conheça as ganhadoras do Prêmio Firjan de Sustentabilida...
29/09/25
Refino
Produtoras e distribuidoras de combustíveis montam força...
29/09/25
Evento
Agenda da ABPIP em Brasília reforça urgência de ajustes ...
29/09/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23