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Petroquímicas vão reduzir os custos

Jornal do Commercio
06/01/2009 03:58
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Braskem e Quattor prometem acelerar iniciativas para reduzir os custos de produção e aumentar a competitividade de suas operações para fazer frente ao início do ciclo de baixa nas margens do setor petroquímico mundial. Ao mesmo tempo, intensificarão ações para capturar sinergias originadas no processo de consolidação pelo qual passou a indústria petroquímica nacional.

 

As duas frentes de trabalho serão fundamentais para que o setor se mantenha competitivo em um cenário de aumento da concorrência, principalmente de petroquímicas sauditas, que produzirão resina a partir de insumos mais baratos do que a nafta utilizada no Brasil. A meta da Braskem para este ano é reduzir em 5% os custos fixos, revela o vice-presidente de Relações Institucionais, Marcelo Lyra.

 

A proposta a ser analisada pelo Conselho de Administração da companhia prevê ações em diversas áreas, a começar por redução de perdas físicas nas atividades industriais. Neste ano a Braskem promoveu paradas para manutenção nas duas centrais que controla (em Camaçari, na Bahia, e Triunfo, Rio Grande do Sul), o que eleva o nível de eficiência e melhora o consumo energético das unidades. Ainda na área energética, a petroquímica pretende implementar um novo sistema de gerenciamento.

 

Melhorias no sistema de medidores de pontos críticos, que analisa pontos como eficiência em co-geração, por exemplo, também são previstas. A companhia ainda irá revisar processos nas áreas de suprimento e logística, inclusive com a análise dos modais utilizados em cada atividade. "Nosso objetivo é simplificar e melhorar os processos adotados atualmente", afirma Lyra.

 

A racionalização nos custos com as embalagens utilizadas no transporte das resinas e outros produtos petroquímicos, assim como a otimização do mix de produtos, completam a lista de iniciativas que devem ser colocadas em prática pela Braskem ao longo deste ano. Em paralelo, a companhia deu início, no final do ano passado, a um programa que previa a redução de custos de R$ 100 milhões em bases anuais e recorrentes.

 

Para alcançar essa meta, explica Lyra, a Braskem previa desde negociações de tarifas telefônicas até revisão da política de viagens. "Até setembro atingimos 48% dessa meta e acredito que atingiremos os R$ 100 milhões no fechamento de dezembro."

 

Além de uma adequação a um cenário de menores margens, essas iniciativas são uma consequência da compra dos ativos petroquímicos do Grupo Ipiranga, em operação anunciada no começo de 2007. Desde então, a companhia tem promovido uma série de revisões de operações e custos, conforme o avanço do processo de unificação das atividades das duas empresas.

 

A incorporação de Copesul, Ipiranga Petroquímica e Ipiranga Química, empresas antes controladas pelo Ipiranga, foi concluída no último mês de setembro. "As capturas de sinergias estão acima do esperado. A partir do quarto trimestre de 2008 aceleramos esse processo", destaca Lyra.

 

Também no final de setembro a Braskem concluiu a incorporação da Petroquímica Paulínia, dando continuidade ao processo de reorganização negociado com a Petrobras, que aceitou repassar sua participação em companhias petroquímicas em troca de uma maior fatia no bloco controlador da Braskem.

 

A previsão da petroquímica é de que a união com a Ipiranga resulte em uma captura de sinergias equivalente a US$ 1,1 bilhão em valor presente líquido. O impacto dessas sinergias no Ebitda deve ser de aproximadamente R$ 200 milhões em bases anuais e recorrentes. Até setembro, no entanto, a companhia já havia registrado ganhos de R$ 143 milhões, acima da meta para o período, que era de R$ 108 milhões.

 

Para a concorrente Quattor, o próximo ano também marcará a intensificação do processo de captura de sinergias. União dos ativos petroquímicos controlados pela Unipar com as atividades da Suzano Petroquímica, adquirida em agosto de 2007 pela Petrobras, a companhia ainda mantém sob sigilo as previsões de ganhos oriundos da união das operações.

 

Um dos benefícios diretos será a possibilidade de a companhia substituir a compra de alguns produtos de terceiros por operações internalizadas. "Uma unidade que poderia comprar vapor de terceiros, por exemplo, agora pode obtê-lo junto a outras empresas da Quattor", afirma o presidente da companhia, Vítor Mallmann. A análise dos contratos assinados anteriormente pelas empresas que hoje compõem a Quattor também está prevista.

 

Com a união dos ativos, a companhia deverá aumentar o poder de barganha na negociação com fornecedores e clientes, situação que já ocorre com a Braskem. Além disso, a companhia irá traçar uma política comercial agressiva para o próximo ano. De acordo com Mallmann, os principais objetivos da Quattor em 2009 são ampliar a participação no mercado interno, reduzindo a fatia dos produtos importados, e ampliar as vendas ao mercado externo. Com essas iniciativas, a empresa pretende manter níveis elevados de utilização de capacidade, fundamentais para se manter competitiva no mercado internacional e nacional.

 

Encontrar novos mercados para seus produtos será fundamental para Quattor, que espera concluir, até o final deste ano, o projeto de expansão de capacidade nas unidades localizadas no pólo petroquímico do ABC paulista. O carro-chefe dos investimentos de R$ 2 bilhões feitos na região é o aumento na capacidade de produção de petroquímicos básicos da PQU.

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